Offside
30 Anos à Conversa

No ano do trigésimo aniversário do INESC TEC, o BIP foi em busca de histórias da casa, contadas por gente da casa.

Corporate

Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - Testemunho da Azevedos Indústria, pela voz de Tiago Resende Gomes.

Fora de Série

"O Diogo, com a sua perseverança e dedicação, foi fundamental para o sucesso do projeto, assim como toda a equipa CAP envolvida, e as fritadeiras que se disponibilizaram a colaborar no processo de recolha de amostras", Carla Carmelo Rosa (CAP)

A Vós a Razão

"Como é o INESC TEC para alguém que vem de fora? Nascido e criado na Venezuela, mas sempre “numa casa portuguesa com certeza” onde não faltava ora o bolo do caco, ora a aletria, Portugal foi a primeira opção quando decidi emigrar." Kelwin Fernandes (CTM)

Asneira Livre

"Quando recebi o convite para assinar a rubrica da “Asneira Livre”, a primeira reação foi: isto vai dar Syriza, como quem diz, vai dar Asneira.", Hugo Choupina (C-BER)

Galeria do Insólito

Segundo apurou o BIP, uma funcionária do INESC TEC foi surpreendida com uma declaração de amor durante o trabalho...

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC TEC...

Novos Doutorados

Venha conhecer os novos doutorados do INESC TEC...

Cadê Você?

O INESC TEC lança todos os meses no mercado pessoas altamente qualificadas...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC TEC, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género.

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

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O DALTONISMO

Qualquer política influencia comportamentos, pelas boas e más razões.

Mas se há coisa que uma boa política não dispense, é de ter uma perceção dos efeitos de longo prazo – e de, compreendendo-os abrangentemente, ter a intuição do caminho necessário. Afinal, a política é a coisa mais a via para lá chegar.

Infelizmente, se há maleita disseminada por muitos dos que são responsáveis por qualquer política ou programa, é o daltonismo – ou, se a metáfora não parecer adequada, é a visão simplista e linear da realidade, não compreendendo as subtilezas, cambiantes, variações, tonalidades que, parecendo menores ou marginais, têm afinal efeitos de bifurcação. Associada a esta cegueira, vem a incapacidade de compreender o princípio da retroação: que as consequências influenciam as causas, o que, por sua vez, altera as consequências o que de novo impacta sobre as causas. Se estamos com sorte, o sistema é estável – mas, as mais das vezes, nos sistemas sociais ou económicos, a malha de retroação é positiva, o que significa instabilidade, destruição de valor. Então, as medidas agravam o estado que se queria corrigir.

Uma política regional que afirme que só se deve apostar no que já se tem (a teoria do reforço apenas dos pontos fortes), traz como consequência impedir o arrojo, a inovação, a exploração de novas avenidas de conhecimento, de crescimento e de riqueza.

Imaginemos um exemplo: afirmar que a nossa oportunidade marítima é apenas a geração eólica offshore é explicar que qualquer exploração de outras visões sobre como implantar e desenvolver um conhecimento sobre uma nova economia do mar não será financiada, apoiada, sustentada. Então, os agentes económicos e da geração de ciência retirar-se-ão de qualquer esforço nesse campo, porque a política a isso os induz. Um dia, vem uma potência estrangeira, explora os minérios do nosso solo submarino e nós ficamos como terceiro-mundistas, cobrando umas taxas e deixando o valor acrescentado todo nos que nos venderão, depois, os produtos transformados.

Para um país que tem uma ambição de soberania sobre 4 milhões de quilómetros quadrados de Atlântida, talvez daltonismo não seja mesmo a melhor metáfora, a palavra é curta.

Créditos foto: http://www.daltonicos.com.br/daltonico/teste.html