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Casa da Música convida espectadores a fazer música com “smartphones"

05 out, 2015 - 11:08

O público vai poder descarregar uma aplicação e ter direito a um código específico individual: “A pessoa pode decidir quando é que vai tocar uma nota e pode articular-se com as pessoas que estão à volta dela. Qualquer nota que escolha vai estar integrada nesta harmonia”.

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Quem comprou bilhete para assistir ao concerto “a.bel” no dia 26 de Outubro, na Casa da Música (Porto), vai ser convidado, desde logo, a participar no espectáculo com os seus dispositivos móveis.

O concerto vai juntar músicos profissionais e espectadores – que, depois de instalarem uma aplicação específica (seja em “smartphones” ou “tablets” com sistema operativo iOS ou Android) vão poder transformar os seus dispositivos móveis em instrumentos.

“Todas as pessoas já vêm para o concerto com um instrumento musical no bolso. Uma pessoa num concerto que esteja a olhar para um telemóvel é uma pessoa que está alheada do que se passa. O desafio é como é que transformamos isto numa experiência que seja não disruptiva da experiência colectiva, mas uma ponte para que as pessoas se conectem”, explica o investigador e compositor Rui Penha à agência Lusa.

Ao descarregar a aplicação (que vai poder usar antes e depois do concerto), o espectador terá direito a um código específico individual: “A pessoa pode decidir quando é que vai tocar uma nota, pode-se articular com as pessoas que estão à volta dela. Só que esta decisão, ou seja, qualquer nota que escolha, vai estar integrada nesta harmonia”.

O concerto, que deve o seu nome a Abel Salazar e de Alexander Graham Bell, é organizado em conjunto pelo INESC TEC e pela Casa da Música.

Rui Penha, investigador no do INESC TEC, explica ainda que o projecto procura “perceber de que forma é que [se pode] dar a cada pessoa que está no concerto a sensação de que teve uma participação activa no concerto, de que foi um músico”.

Os três outros compositores participantes são Carlos Guedes, da Universidade de Nova Iorque em Abu Dhabi, Neil Leonard, da Berklee College of Music, e José Alberto Gomes, da Digitópia. Vão estar em palco com outros músicos, como o saxofonista Gilberto Bernardes e o percussionista André Dias, além do Digitópia Collective.

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