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Quem quer uma “Nuvem Segura”? Portugueses lideram projecto europeu

03 nov, 2015 - 10:44

Aplicação, que pode chegar ao mercado até ao final do ano, pretende tornar invioláveis todos os dados armazenados virtualmente, independentemente de quem seja o proprietário dos servidores e computadores, onde a informação esteja guardada.

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O “Safe Cloud” (Nuvem Segura) quer tornar invioláveis todos os dados armazenados virtualmente, independentemente de quem seja o proprietário dos servidores e computadores, onde a informação esteja guardada. É um laboratório português lidera esta investigação.

O projecto de investigação liderado pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), com financiamento da Comissão Europeia, que contribuiu com três milhões de euros para o projecto pretende tornar invioláveis todos os dados armazenados virtualmente, independentemente de quem seja o proprietário dos servidores e computadores, onde a informação esteja guardada.

A aplicação, que deverá ficar disponível até ao final do ano em várias plataformas e sistemas operativos, será gratuita para o utilizador final, e pretende ser o instrumento para chamar a atenção para os objectivos do projecto, explicou o coordenador Rui Oliveira à Lusa.

Privacidade, integridade dos dados e segurança na transmissão da informação para a “cloud” (nuvem - espaço de armazenamento virtual) são os objectivos da investigação que tem por objectivo desenvolver software e tecnologia de acesso público, que possa ser utilizado por cada cidadão, a nível individual, mas que também possa servir objectivos e necessidades de segurança das empresas.

Rui Oliveira disse que as garantias de privacidade actualmente existentes se traduzem em algo "muito vago", como acordos de utilização em que as empresas detentoras da tecnologia que permite armazenar informação de forma virtual se comprometem a "não vasculhar" o que é guardado e a defender a informação de ataques de piratas informáticos.

Quem violou a privacidade?

"Um objectivo deste projecto é que, de uma forma criptograficamente segura, nada na 'cloud' possa ser acedido por 'hackers' nem pelos donos da nuvem", explicou o coordenador do ‘Safe Cloud’, que acrescentou que, com o software que está a ser desenvolvido, a confiança nas garantias de privacidade dadas pela empresa que fornece o serviço deixa de ser necessária.

Outros dos objectivos passa pela garantia da integridade dos dados, impedindo qualquer manipulação, adulteração ou até eliminação de informação guardada na nuvem sem que essa violação dos dados seja "absolutamente visível" para o dono da informação.

O “Safe Cloud” pretende ainda tornar absolutamente seguro o processo de armazenamento, ao garantir que durante a comunicação dos dados do dispositivo para a nuvem não seja possível qualquer intervenção ou ataque externo. Poderá ainda ser possível através da aplicação ter uma identificação de quem violou a privacidade ou integridade da informação.

O projecto envolve 30 investigadores de laboratórios, universidades e empresas de Portugal, Suíça, Alemanha e Estónia.

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