Portugal é um dos quatro países europeus que vão receber demonstradores de redes elétricas inteligentes para desenvolver soluções que permitem melhorar o serviço e a participação dos consumidores no mercado energético, anunciou hoje o INESC TEC.
"Até 2017 vão ser instalados na Europa quatro grandes demonstradores de redes elétricas inteligentes, em Portugal, Espanha, Suécia e Polónia", refere uma informação da instituição de investigação do Porto.
O projeto UPGRID (Soluções inovadoras para a operacionalização e exploração avançada de redes de baixa e média tensão) inclui quatro demonstradores que vão ser instalados durante este ano no Parque das Nações, em Lisboa, em Bidelek Sareak Smart Grid, em Bilbao (Espanha), em Gdynia, na área de Gdansk (Polónia), e na cidade de Åmål, no sul da Suécia.
O objetivo é desenvolver "soluções de monitorização e controlo, incluindo novos equipamentos e sistemas, que permitirão potenciar a participação de consumidores finais no mercado energético", explica uma informação do INESC TEC.
"O impacto esperado deste projeto indica a eventual necessidade de implementação de novas medidas de acesso ao mercado elétrico, o que envolverá eventualmente a introdução de novas políticas regulatórias e de modelos de negócio que deverão diminuir os custos gerais de fornecimento do sistema, beneficiando os consumidores finais", segundo a explicação do coordenador do Centro de Sistemas de Energia do INESC TEC, Luis Seca, citado na comunicação.
O demonstrador português vai ser concretizado pela EDP Distribuição, Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), Withus e NOS e vai decorrer na freguesia do Parque das Nações em Lisboa, envolvendo mais de 20 mil consumidores residenciais.
O equipamento espanhol é da responsabilidade da Iberdrola, Eve, General Electric, Ziv e Tecnalia e envolve 190 mil consumidores, enquanto na Polónia serão abrangidos 14.700 consumidores e na Suécia 528 consumidores.
Envolvendo um investimento de 15,7 milhões de euros, dos quais 11,9 milhões têm origem na Comissão Europeia, o projeto começou no início de 2015, no âmbito do programa Horizonte 2020, e está a ser desenvolvido por um consórcio europeu composto por 19 parceiros de sete países europeus (Portugal, Espanha, Polónia, Suécia, Reino Unido, França e Noruega) até final de 2017.
