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HOMENAGEM NÃO CONVENCIONAL

Tendo Pedro e Oliveira óbvias interpretações bíblicas, pelo que seria ocioso discorrer sobre elas, resta-nos dissecar o nome Guedes, na esperança porventura vã de compreender a motivação e o êxito do sujeito portador de tais identificadores individuais.

Uma busca rápida pela internet não é conclusiva.

Há quem opine que Guedes seria uma corruptela de Agamedes, antigo grego arquiteto da Beócia que teria construído o templo de Apolo.  Teríamos então Pedro, o Agamedes, o que parece lógico dado que naquela Idade Antiga os templos, como é sabido, eram de pedra. Sobra o mistério da oliveira.

Em tese alternativa, há também quem alvitre que Guedes seria patronímico medieval: filho de Gueda, a variante galega do germânico gada, com significado de companheiro. Aí, a coisa varia: uns inclinam-se para D. Guido Arnaldes, senhor de Aguiar de Sousa (e Guedes seria filho de Guido), outros favorecem Gueda Guedeão “o Velho” como a origem da linhagem guedense.

Aplicando técnicas evoluídas de regressão e interpolação, ou não estivéssemos em instituto de engenharia, poderemos então estimar e de forma meridiana que Guedes simboliza o “companheiro arquiteto”: ao companheiro a oliveira, ao arquiteto a pedra.

E qual o templo que ele desenhou? O INESC TEC, então Porto, está bem de ver - está bem de referir, neste momento em que o alvo da crónica transita para o estatuto de Jubilado, a forma de beatificação que a Universidade concede.

A sua opus major… E os seus companheiros, que lhe reconhecem de forma não regateada irrepetíveis méritos e virtudes, visão, tenacidade e liderança, povoam-no. Deixou-nos um templo, vivemos-lhe a ética de que o impregnou.

É sempre educativo recordar a origem das coisas – e o sentido delas.