Comissão de Avaliação Externa visita e avalia o INESC TEC
Avaliação por especialistas internacionais
O Scientific Advisory Board (SAB) é constituído por um conjunto de investigadores internacionais do mais alto nível que são convidados periodicamente pela Administração para avaliar a atividade do INESC TEC e oferecer sugestões para uma melhoria contínua da instituição. Trata-se de um número diversificado de elementos, de múltiplas origens e áreas científicas, e oriundos de diferentes formas de organização, para assim se conseguir obter uma visão o mais profunda e transversal possível.
Uma comunidade interna
O INESC TEC recebeu, nos dias 6 e 7 de março, a visita do seu SAB, que teve como principal objetivo avaliar o progresso do INESC TEC: desenvolvimento e crescimento do instituto, estratégia, sucessos, realizações científicas e de transferência de tecnologia, bem como debilidades, identificação de oportunidades, no sentido de construir o futuro como ator com reconhecimento internacional.
Em atividade paralela à visita, foi preparado um workshop de caráter interno, que teve como principal propósito aproveitar o trabalho desenvolvido e apresentado ao SAB para informar a comunidade interna do INESC TEC, dar a conhecer o que se faz e como se faz, passando por todas as áreas, projetos, pessoas, edifícios e pisos. Tratou-se de uma atividade transversal, liderada pelo consultor da Administração e antigo Presidente do INESC TEC, Pedro Guedes de Oliveira, e que contou com a presença de Coordenadores e respetivos representantes dos quatro Clusters que atualmente condensam a essência da atividade da instituição: Informática, Indústria e Inovação, Redes de Sistemas Inteligentes e Energia.
O Auditório Magno do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) foi pequeno para acolher todos os interessados em saber mais sobre o INESC TEC, de que forma se estrutura e quais os seus principais intervenientes. Dar a conhecer “o que se passa no vizinho do lado” era o principal objetivo deste workshop, um desafio cumprido para que cada um percebesse melhor o seu papel numa estratégia global e tivesse acesso a informação sobre qual o caminho a percorrer, em conjunto com centenas de outros «inesctecquianos», que fica difícil conhecer individualmente.
Estiveram presentes investigadores provenientes de todo o universo INESC TEC e representantes dos 13 Centros que o constituem, incluindo dos laboratórios situados nas universidades do Minho, em Braga, e de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real. Foi uma reunião global que, dada a dimensão do INESC TEC, é difícil concretizar com frequência. Ainda sim, a adesão confirmou o sucesso duma primeira aplicação desta iniciativa em fase de experimentação.
Uma mostra de trabalho
Considerando a quantidade de projetos desenvolvidos na comunidade do INESC TEC, é impossível dar a conhecer conteúdos sobre todos eles a uma entidade externa que avalia esse trabalho como determinante para o futuro do Instituto. Apesar dessa dificuldade, o desafio lançado aos 13 Centros do Instituto de selecionar apenas três projetos de todo o seu universo de investigação foi acolhido de forma positiva, dando assim origem a uma estrutura informativa que tinha como objetivo mostrar o INESC TEC geral, mas de forma particular, dando oportunidade aos respetivos investigadores de apresentarem o seu trabalho e colocá-lo à consideração dos avaliadores.
A exposição, com um total de 60 posters, decorreu no Laboratório do Centro de Robótica e Sistemas Autónomos (CRAS) do INESC TEC, no ISEP. A linha temporal desta iniciativa contou ainda com apresentação de outros elementos que compõem a história do INESC TEC, nomeadamente algumas histórias de sucesso, que se iniciaram com trabalhos académicos de investigação e que terminaram numa fase de implementação de mercado com influências económicas e sociais, e a descrição das iniciativas TEC4, uma proposta de planeamento transversal e de desenvolvimento de parcerias que deve culminar no estabelecimento de uma relação com a sociedade e na consequente resposta aos seus problemas e desafios. Apesar de se encontrarem em diferentes fases de maturação, todos estes elementos são determinantes na definição da estratégia do INESC TEC para o futuro próximo.
Durante os dois dias, o Laboratório do CRAS acabou por ser visitado por centenas de profissionais da ciência, que assim tiveram a oportunidade de assistir a uma breve história sobre o INESC TEC e a sua essência, desenhada numa exposição que teve como primeiro promotor a comunidade interna da Instituição.
Algumas considerações finais
Desde o início do século que o INESC TEC é alvo da avaliação periódica do SAB. Apesar de se tratar de um momento no geral complexo, não deixa de ser relevante para a definição de estratégias, correção de opções e orientação de objetivos, informação importante e essencial para a Administração.
De acordo com a Presidência do SAB, e perante um conjunto de observações que, publicamente, apenas podem ser genéricas e abrangentes, o INESC TEC está bem organizado e já deu provas de profissionalismo e de inovação. Há pormenores para afinar, mas no geral é uma grande equipa, em número e em qualidade.
Nas palavras de José Carlos Príncipe, “a visita do SAB ao INESC TEC foi muito interessante, apesar de ter sido bastante intensa. Avaliamos a evolução da instituição e ficamos admirados com a crescimento do instituto, o seu sucesso em consolidar uma nova organização em Clusters e TEC4. A comunidade do INESC TEC deve sentir-se orgulhosa em contribuir para esse sucesso, resultado de muito trabalho e de importantes parcerias. O SAB espera que as nossas observações e recomendações ajudem a melhorar ainda mais o Instituto. Infelizmente, devido à partida antecipada de alguns dos membros do SAB, não conseguimos apresentar na última sessão da visita as avaliações de todos os Centros, e por isso pedimos desculpa”.
Esta apresentação de conclusões, que decorreu após o workshop no ISEP, foi apenas uma fase preliminar, seguida, em breve, por um relatório detalhado sobre o desempenho do INESC TEC. Esse suporte, ao espelhar considerações específicas, vai servir de base para a definição de linhas orientadoras de melhoramento, produzindo uma espécie guia prático dirigido a toda a comunidade interna e que será determinante para a posição do INESC TEC numa próxima visita, da qual se espera ainda mais e ainda melhor.
Membros:
José Carlos Príncipe (Universidade da Flórida, EUA) - Presidente
John O’Reilly (University College of London, Reino Unido)
Christian Cachin (IBM Research, Suíça)
Pedro Larrañaga (Technical University of Madrid – UPM, Espanha)
José Luíz Fiadeiro (Royal Holloway University of London, Reino Unido)
José A. B. Fortes (University of Florida, EUA)
Faramarz Farahi (University of North Carolina at Charlotte, EUA)
Leonardo Chiariglione (CEDEO, Itália)
Max Viergever (University Medical Center Utrecht, Holanda)
Pere Ridao (Institut de Recerca en Visió Per Computador i Robotica – VICOROB, Itália)
Tomaz Goméz (Universidad Pontificia Comillas, Espanha)
Steven P. Nichols (University of Texas at Austin, EUA)
Volker Stich (Aachen University of Technology, Alemanha)
James C. Spohrer (IBM University Programs World-Wide, EUA)
Bruno Siciliano (PRISMA Lab, Itália)