INESC TEC colabora em solução para derrames de petróleo no mar
Utilizar microrganismos nativos que degradam o petróleo no mar é a solução proposta pelo novo projeto europeu SpilLess, coordenado pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da U. Porto e que conta com a colaboração do Centro de Robótica e Sistemas Autónomos (CRAS) do INESC TEC.
De acordo com os investigadores do CIIMAR, o SpilLess - First-line response to oil spills based on native microorganism cooperation – “pretende produzir em larga escala microrganismos nativos, utilizados para biorremediação (remoção de contaminantes do ambiente através de organismos), a par das misturas de nutrientes para a sua bioestimulação (rápido crescimento)”.
No projeto vão ser também adaptados veículos autónomos não tripulados, tais como drones ou submarinos, responsáveis por transportar e libertar os microrganismos nas áreas afetadas.
De acordo com a líder do projeto, a tecnologia em causa apresenta uma nova forma de combater estas ocorrências e que pode “operar sob condições meteorológicas desfavoráveis e severas, com baixa intervenção humana” e de forma “rápida, eficiente e de baixo custo”. “Esta nova abordagem pode inclusive ser usada como uma primeira linha de resposta a derrames de petróleo associados a acidentes com navios, plataformas de petróleo, portos ou outros complexos industriais”.
Com a duração de 24 meses, esta iniciativa é financiada pela União Europeia, através do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP), e reúne em consórcio o CIIMAR, o INESC TEC, a Universidade de Vigo e as empresas ACSM, Biotrend e MARLO.
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