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"Convidado a escrever na “asneira livre”, aceitei convicto e despreocupado. Ocorreu-me então a asneira. Não sabia o que escrever. Para mais a asneira é livre e odeio Kierkegaard.", Pedro Almeida (DIL)

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Asneira Livre

Uma Dança de Serviço com o DIL

Por Pedro Almeida*

1. Convidado a escrever na “asneira livre”, aceitei convicto e despreocupado. Ocorreu-me então a asneira. Não sabia o que escrever. Para mais a asneira é livre e odeio Kierkegaard. Concentrei-me então no tema, escolhi-o, não pensei mais no assunto durante uns dias. Até porque já tinha tema, o difícil já estava, a coisa escreve-se a si mesma. Mas parece que afinal a coisa não é bem assim – bem fui avisado por alguns doutorandos!

Voltando ao tema, é simples pensei, só pode ser a minha integração no DIL – Departamento de Informação e Logística -, mais propriamente na área de Controlo de Gestão (DIL-CG), onde estou desde o dia 1 de junho. Desde aí passaram 17 dias úteis - 12 num lugar especial, no 4º andar, que considero o motor da máquina INESC Porto e 5 ainda no 2º andar, no espaço que me foi destinado e ao LIAAD em novembro de 2012 -, não que esteja a contar os dias, ou melhor, estou, mas não no espírito do prisioneiro que faz riscos na parede. Apenas o faço para realçar que a experiência no novo ofício é ainda muito limitada.

Claro que, devido às funções que desempenhei ligadas ao secretariado do LIAAD, já conhecia o DIL, particularmente as duas salas à direita da porta de acesso, a dos Recursos Humanos e a sala onde agora me encontro, habitada pelo Controlo de Gestão e Contabilidade e Finanças (DIL-CF). Recordo ainda a primeira vez, em setembro de 2011, em que entrei nesta sala e a impressão que me causou. Para quem não conhece, diria que a sala tem por volta de 75m2 e está forrada com pastas de arquivos de várias cores, organizadas por projetos, anos, rúbricas, etc. Para além deste mundo de papel rigorosamente e eficientemente organizado mas que manipulo ainda com dificuldade, há 10 – agora 11 – pessoas com os seus haveres e afazeres, a funcionar em alta rotação, e a Tiana, a impressora cá do sítio, quase no centro da sala e com solicitações constantes. Agora imaginem quando outras pessoas, tal como eu, acorrem a esta sala labiríntica. O espaço livre é mínimo. Na altura vim para me encontrar com as cinco “engenheiras” do DIL-CG - sim, porque é precisa muita engenharia financeira para garantir o máximo de elegibilidade nas despesas da Instituição – a propósito do Orçamento do LIAAD e também para conhecer a Máquina e o que fazia cada uma das pessoas.

O que destaco dessa altura é uma ideia que sai reforçada destes primeiros dias: aqui trabalha-se em Equipa. Claro está que cada um está mais especializado, mas o apoio e a troca de informações é constante. Para quem cá está, quitação, consolidação, ordem Interna, Iterações, margem, overheads, hidratos de carbono, são termos a reter e dominar – eu já tenho o meu orçamento de hidratos de carbono para esta semana, vamos lá ver o que executo, para já basta olhar para mim para perceber que vou bem lançado. Nas horas que cá estive apercebi-me dessa troca de signos, da linguagem própria dos colaboradores do DIL que agora tento decifrar. Aqui posso francamente referir que ninguém se arrasta para os arquivos, desmotivado, à espera que as horas passem. Nem há tempo para isso impressionando como com pequenas equipas se gerem os serviços INESC Porto. Há até uma certa elegância nos movimentos resolutos e objetivos, é uma dança de serviço em que tenho gosto em ser chamado a participar.

2. O meu primeiro contacto com o Billy Pilgrim foi no CCB à espera que a minha namorada voltasse do cabeleireiro. Pelo menos penso que era para isso que lá estávamos, mas não notei diferenças quando ela voltou. O CCB de que falo é o da Rua Miguel Bombarda, o único CCB onde se pode ler Kurt Vonnegut acompanhado por uma fatia de chocolate de 0,90€ que não caberia nos pratos que usam no Bar do INESC Porto (na altura ainda estava no LIAAD, não tinha orçamento para hidratos de carbono). Billy é protagonista do romance Matadouro 5, uma sátira sobre a II Guerra Mundial e o bombardeamento de Dresden, e que, segundo o autor, é contada à maneira esquizofrénica e telegráfica das Histórias de Tralfamadore. Billy é uma personagem semi-auto-biográfica, desorientada e fatalista, que testemunha o bombardeamento e sobrevive para contar a História. Ele viaja no tempo e é raptado por aliens do Planeta Tralfamadore que vêem tudo em 4 dimensões. Abordo este romance por duas razões. A primeira, obviamente, é o esforço presunçoso de valorizar este este texto referindo um dos melhores romances terráqueos de sempre. Depois, porque passei este mês a pensar em Billy. E é assim.

*Colaborador no Departamento de Informação e Logística (DIL) - Controlo de Gestão