Pensar Sério
Mãe, estou no Japão!
* por João Pereira, José Nuno Macedo e Lisandra Silva
Tenho desde criança um grande fascínio pelo Japão e, em particular, por Tokyo. Ao contrário de muitos amigos meus, este fascínio não tem origem na cultura dos manga e anime, coisa de que apenas me tornei fã muito recentemente, mas sim nas histórias aberrantes contadas por quem teve a oportunidade de visitar aquela parte do mundo tão distante.
Por esta razão, decidi candidatar-me a um estágio no National Institute of Informatics (NII), em Tokyo, quando esta oportunidade surgiu. Fui aceite e acabei por passar lá três meses no início deste ano.
Vista do 16o piso do NII
Experienciei em primeira mão a ‘estranheza’ do Japão, coisas como ruas frequentadas por dezenas de Cosplayers, metros cheios de pessoas com máscaras cirúrgicas e bares de Karaoke e Izakayas apinhados de grandes grupos de assalariados bêbados depois de um dia de trabalho normal.
Cosplayers em Sessão Fotográfica
No entanto, o choque cultural não foi tão forte quando esperava, provavelmente devido ao facto de, no meu dia a dia no NII, interagir com gente proveniente de todo o mundo.
Toda a experiência de viver no Japão e estagiar no NII foi incrível. Tal como um bom RPG, Tokyo compensa quem está disposto a explorá-la com easter eggs, sejam eles pequenos templos escondidos no meio de arranha céus ou vistas incríveis para a cidade. Por essa razão, não posso deixar de recomendar a experiência. Descobre mais em: https://www.nii.ac.jp/en/about/international/mouresearch/internship2019-1.
Templos "escondidos" pela cidade
* João Pereira, External Student, Edição 2019
Tive a oportunidade de estagiar em Tokyo, Japão, durante quatro meses, graças à colaboração entre o INESC TEC e o National Institute of Informatics, Tokyo. A viagem começou de manhã e acabou no dia a seguir à noite, portanto foi bastante cansativa. Esse cansaço, a diferença de fuso horário de oito horas e o jetlag fizeram os primeiros dias lá serem arrasadores. Passado esse choque, foi uma experiência absolutamente incrível. Chegar em março ao Japão deu-me oportunidade de assistir ao florescer das cerejeiras, que acontece durante cerca de uma semana, e é algo que eu considero que vale a pena viajar até ao Japão só para assistir.
O estágio em si foi bastante produtivo, mas os detalhes não têm lugar neste texto. Curiosamente, fiquei integrado numa equipa composta maioritariamente por professores e investigadores chineses. Portanto, quando ia almoçar com eles, íamos frequentemente a restaurantes chineses, que abundam em Tokyo. As outras vezes ia a restaurantes japoneses, e quando ia com outros amigos que lá fiz, eram os restaurantes indianos que procurávamos. Virei fã do ramen, tipicamente cozinha japonesa, e também do tantanmen, que é chinês, parecido com o ramen mas bastante mais picante. Sempre com um copo de chá a acompanhar, pois lá bebe-se muito mais chá e menos bebidas com açúcar.
E com isto tudo já me prolongo muito. Não consigo colocar neste texto todas as experiências que vivi, por mais que as queira partilhar. Resta-me desejar ao leitor a continuação de um bom dia desafiá-lo a visitar o Japão. Prometo que não se irá arrepender!
* José Nuno Macedo, External Student, Edição 2018
O estágio no Japão foi uma experiência única. Confesso que no início foi um bocadinho assustador: as multidões, os edifícios megalómanos, a comida tão diferente… Mas depois do período de habituação consegui desfrutar de uma das melhores experiências da minha vida.
O estágio no NII foi também uma experiência muito gratificante, o facto de estar numa das maiores metrópoles do mundo e num centro de investigação de excelência fez-me sentir o (bom) peso da responsabilidade de querer dar o meu contributo e fazer parte desse grupo. Durante a experiência o crescimento foi gradual e quase imperceptível, mas agora olhando em retrospetiva considero que cresci muito, quer profissionalmente quer pessoalmente. A experiência acabou, mas trago comigo as boas memórias do que vivi lá, dos sítios que visitei, das coisas novas e diferentes que experimentei, das emoções que senti, mas sobretudo das pessoas que conheci.
* Lisandra Silva, External Student, Edição 2019
* Colaboradores do Laboratório de Software Confiável (HASLab)