Director do INESC Porto em reunião sobre a rede de cooperação no Brasil
Vladimiro Miranda, director do INESC Porto, esteve presente, no dia 27 de Maio, em Brasília numa reunião com Carlos Aragão e Gláucius Oliva, respectivamente, Presidente e Director-Geral do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O objectivo desta reunião consistiu em apresentar o projecto de constituição de uma rede de cooperação no Brasil, Rede INESC Brasil (designação provisória), e o modelo de gestão da mesma, INESC P&D Brasil. Este modelo assume-se como inovador na gestão de ciência e tecnologia no Brasil, apresentando potencialidades para grandes projectos multidisciplinares e até uma vertente de internacionalização.
Na reunião estiveram ainda presentes representantes dos parceiros do projecto (sete universidades brasileiras): Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de São Paulo (USP) de são Carlos, Unicamp de Campinas, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade Federal do Pará (UFPA). A representar a UFSC e a UFRN estiveram presentes as pró-reitoras para a Pesquisa e Desenvolvimento, tendo as restantes universidades sido representadas pelos directores da Faculdade de Engenharia Eléctrica e Computação (ou equivalentes).
Nas palavras de Vladimiro Miranda “o facto de ter sido possível mobilizar a tão alto nível delegações e de estas terem sido veementes na defesa do projecto permite esperar que estejam reunidas condições para o êxito”. Por outro lado, a resposta “muito positiva” do CNPq ao projecto prevê também que o Conselho possa vir a credibilizar o mesmo com o seu reconhecimento. A vontade de formar um consórcio é “o melhor alicerce para garantir o sucesso”, garante o director do INESC Porto.
Na reunião discutiu-se ainda, além do tipo de gestão da rede de cooperação e da forma de convénio que pode ligar os parceiros, desde transferência de tecnologia até à incubação empresarial, passado pela gestão da propriedade intelectual. Todas estas temáticas foram abordadas no contexto de projectos internacionais, cobrindo os temas que o INESC P&D Brasil e a Rede INESC Brasil se propõem a atacar. “Estamos esperançosos de que agora só falte cumprir os aspectos jurídicos e legais da nova associação” afirma Miranda. De facto, a associação já começou a trabalhar, uma vez que estão em desenvolvimento vários projectos em que existe cooperação entre os parceiros, nomeadamente projectos que agregam sinergias entre o INESC Porto e instituições como a Unicamp e da Universidade Federal do Pará, a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Federal de Santa Catarina. Isto significa que “a rede tem uma dinâmica própria e que não precisou de esperar pela constituição jurídica para começar a dar resultados a ideias” conclui o director do INESC Porto.