A Vós a Razão
AS MINHAS PRIMEIRAS IMPRESSÕES DO PLANETA INESC PORTO
Por André Sá*
Acabadinho de aterrar no planeta INESC Porto, eis que surge o convite para escrever algo sobre as minhas primeiras impressões em relação a este planeta. Tarefa difícil? Certamente, mas ao mesmo tempo profícua para mim, já que no processo de elaboração do artigo, pude refletir sobre as impressões e sentimentos que se foram acumulando ao longo destes primeiros tempos no INESC Porto. Obviamente que essas impressões e sentimentos dirão mais respeito à UESP (Unidade de Engenharia de Sistemas de Produção) onde colaboro, mais concretamente na área da Consultoria.
Por onde começar? Não tenho dúvidas, pelas pessoas, não fossem elas o recurso mais valioso das organizações, ainda mais tratando-se de uma organização em que o principal produto é o conhecimento gerado nas cabecinhas dos seus Colaboradores.
Encontrei no INESC Porto um ambiente descontraído, muito pouco hierarquizado e informal, onde maioritariamente as pessoas se tratam por tu, sem perderem tempo com a célebre pergunta, baseada na da “a mousse é caseira?”: “posso tratá-lo por tu?”. O dress code é informal, tirando situações em que um maior formalismo se impõe, tais como reuniões com pessoas externas, se bem que mesmo nesses casos haja quem se prefira destacar por um look mais à cientista. Fruto do elevado número de estrangeiros no INESC Porto e do caráter internacional da maior parte dos seus projetos, sente-se também um ambiente de multiculturalidade, tendo este aspeto assumido o seu ponto alto, para mim, durante a festa de Natal. Na minha opinião, eventos como este deverão ser fortemente dinamizados e acarinhados pelo INESC Porto, já que no contexto atual esta multiculturalidade constitui, sem margem para dúvidas, uma vantagem competitiva.
Passando das pessoas para as instalações e, interrompendo por momentos os comentários favoráveis, começaria por me debruçar sobre a parte das instalações que de manhã me começa por acolher: o parque de estacionamento. Embora em termos de capacidade me pareça eficaz, julgo que pelo seu aspeto de inacabado não se enquadra com as restantes instalações do INESC Porto, situação que se agrava durante a época das chuvas, já que o terreno fica todo enlameado. A saída para a circunvalação, se possível, deveria ser revista, a bem das cartas de condução dos Colaboradores! Em relação às restantes instalações, como sejam os gabinetes, os open spaces, os espaços comuns, os WC e o refeitório, parecem-me adequados e confortáveis, com a vantagem de o último permitir identificar uma característica dos INESCs Porto: debruçam-se sobre a refeição!
Em relação à forma de trabalhar, trabalha-se verdadeiramente em equipa e tirando partido de ferramentas informáticas avançadas, nomeadamente para trabalho em simultâneo e à distância. Os trabalhos são conduzidos de uma forma muito pouco hierarquizada e com espírito de entreajuda. Se me é permitido apontar um ponto que poderá ser melhorado, julgo que se poderia dedicar mais tempo à fase de planeamento da execução.
Para terminar, gostaria de me pronunciar sobre duas questões: o acolhimento inicial e a minha impressão global atual sobre o INESC Porto.
Relativamente ao acolhimento inicial, sou da opinião que seria bastante proveitoso, quer para o INESC Porto, quer para o novo Colaborador, que existisse um programa de acolhimento formal, de forma a que o novo Colaborador pudesse contactar pela primeira vez com as pessoas, organigrama e instalações de uma forma estruturada e gradual.
Finalmente, e relativamente à minha impressão global atual sobre o INESC Porto, é sem qualquer dúvida que afirmo que se trata de um local excelente para se trabalhar e onde espero poder vir a acrescentar muito valor, numa relação que espero duradoira.
* Colaborador da Unidade de Engenharia de Sistemas de Produção (UESP)