Insólito
O fedor amigo
Apesar das dificuldades dos tempos que correm, ainda há quem se regale com belos manjares no INESC TEC. A "festa do camarão" decorreu rodeada de secretismo, a crise não recomenda exuberâncias - mas os convivas esqueceram-se de apagar o rasto do banquete e deixaram vestígios comprometedores no 2º piso. Um relato angustiado sobre o "after party" chegou até nós, pela boca do zeloso segurança: "Era um cheiro a animal morto. No outro dia ainda se sentia".
Lamentavelmente, não temos imagens que comprovem os factos, até porque fotos de cheiros é tecnologia pouco acessível. Mas nos dias posteriores à tainada não houve limpeza no edifício devido às interrupções de fim de ano, o que terá intensificado a fragrância. É coisa de cadáver.
O certo é que esse aroma de camarão defunto já começa a ser raro de sentir hoje em dia, para aqueles com carteiras menos abastadas. A falta de limpeza tratou-se, afinal, de um ato de altruísmo. Prenda de Natal. Podemos especular que a "guest list" do evento era restrita, mas os foliões tiveram uma atitude generosa e partilharam o fedor com quem não foi à festa. Não foi um gesto bonito?
Créditos foto: http://www.umapitanganacozinha.com/2012/04/camarao-flambado-com-cachaca.html