Offside
Fora de Série

"O INESC Porto é a minha carreira… Sempre me senti muito bem e extremamente realizado aqui pelo que nunca tive vontade de mudar." Luís Seca

A Vós a Razão

"Vou escrever sobre um tópico central a um artigo do blog “CiênciaHoje”, intitulado “Os cérebros já não fogem" (...) Como fui um dos “cérebros” que “fugiu” e estou agora com (quase) 37 anos, eis uma reflexão sobre o assunto." Rute Sofia

Asneira Livre

"Em 2007, verde como uma alface e com vontade de mudar o mundo, cheguei a esta mui nobre instituição, para colaborar (...) num projecto que ficou conhecido internamente como o “projecto das vacas” (...) tive direito a assistir a uma ordenha às 6h da manhã, e julgo ter sido esta a primeira vez que pensei “Consultor sofre…”.." Paula Gomes

Galeria do Insólito

O INESC Porto atingiu nos últimos tempos o auge do seu mediatismo... Ele é o Barack Obama que nos contrata, ele é a nossa Sónica Pinto a arrasar num jornal lido diariamente por um milhão e 14 mil pessoas. Onde iremos parar?

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC Porto...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC Porto, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

 

INESC Porto (inter)activo na Mostra da U.Porto

VII Mostra de Ciência, Ensino e Inovação BATEU RECORDE DE VISITAS

A presença do INESC Porto LA na Mostra da Universidade é já inevitável e este ano não foi excepção. De 26 a 29 de Março, 25 colaboradores participaram na 7ª edição da Mostra de Ciência, Ensino e Inovação, organizada pela Reitoria da U.Porto. Naquela que ficou marcada como a edição com um número de visitantes recordista, as 14 faculdades e 14 dos mais importantes institutos de investigação da U.Porto, onde se inclui a nossa instituição, levaram os seus laboratórios e salas de aula para o Pavilhão Rosa Mota. A par da Mostra, realizou-se, pela primeira vez, um ciclo de debates e conversas sobre ciência, “Sciense What Else?”, onde se destacaram investigadores do INESC Porto.

Especial 1

Mostra com maior número de visitantes de sempre

Este ano, a Mostra de Ciência, Ensino e Inovação da Universidade do Porto, recebeu mais de 14 mil visitantes, ultrapassando todas as expectativas da organização. O evento tem como principal objectivo dar a conhecer aos alunos do ensino básico e secundário todos os cursos da Universidade e desvendar um pouco do que lhes espera na vida académica. Nesta iniciativa, os alunos puderam também conhecer, com maior profundidade, a actividade de investigação que os institutos da Universidade desenvolvem e o impacto que têm na comunidade e no desenvolvimento científico e tecnológico.

Medir a tensão arterial, fazer rastreios de funções visuais e até mesmo avaliar o grau de gestação do feto de uma vaca através de um simulador, foram apenas algumas das várias experiências que as faculdades e alguns dos mais importantes centros de investigação da U.Porto, colocaram à disposição do público.

Especial 2

Multidisciplinaridade de projectos marca espaço do INESC Porto

Este ano, a diversificação e a interactividade pautaram no espaço do INESC Porto. Os projectos apresentados no evento têm aplicações nas mais diversas áreas, desde a saúde, à dança, passando pela segurança rodoviária e puderam ser "experimentados" pelos visitantes.

Em exposição, estiveram os protótipos do projecto Europeu "CAALYX - Complete Ambient Assisted Living Experiment", e um "Sistema Optoelectrónico para Detecção e Sinalização da Presença de Peões numa Passadeira", que despertaram o interesse de miúdos e graúdos pelo contributo que podem dar para melhorar o dia-a-dia das pessoas. Além destes projectos, o INESC Porto levou até à Mostra um sistema de “Extracção de Informações Rítmicas de Movimentos de Dança através de um Sinal de Vídeo" e ainda um "Tapete de Medição da Altura do Salto", que fez grande sucesso entre os mais novos.

Especial 3

Monitorização médica de idosos em casa

O protótipo que despertou a especial atenção dos mais velhos, incluindo o próprio Reitor da U.Porto, foi o projecto Europeu CAALYX, que se traduz num sistema que pretende oferecer uma maior autonomia aos idosos que necessitam de atenção médica, através da oferta de serviços de acompanhamento remoto, permitindo-lhes continuar a viver em suas casas, e contribuindo para uma melhor qualidade de vida.

O CAALYX fornece uma plataforma de monitorização do idoso e um sítio internet, no qual os médicos podem aceder à informação enviada em tempo real. Em casa, o idoso é monitorizado com o auxílio de um computador e um conjunto de sensores “pesados” (balança e pressão arterial) e, fora de casa, por um telemóvel e por um sensor que permite “ler” a oxigenação sanguínea, o batimento cardíaco, o número de respirações por minuto e a temperatura. Além disso, o sistema é capaz de detectar quedas, enviando, neste caso, um alerta imediato para o INEM.

Especial 4

Sensores melhoram segurança rodoviária

O "Sistema Optoelectrónico para Detecção e Sinalização da Presença de Peões numa Passadeira", uma demonstração didáctica interactiva, procurou demonstrar aos visitantes como seria possível alertar os condutores para a presença de peões nas passadeiras, através de sensores de presença. No caso da existência de más condições atmosféricas, de obstáculos visuais, ou até mesmo no caso de distracção do condutor, este sistema poderia ajudar a evitar possíveis atropelamentos, melhorando assim a segurança rodoviária.

Na verdade, o INESC Porto e a FiberSensing trabalham com outros sensores, bem mais dispendiosos, também em exposição na Mostra (amavelmente cedidos por este spin-off), baseados na utilização de redes de Bragg. Estes sensores foram já instalados na Ponte D. Luís I, Túnel do Rossio, Viaduto de S. Roque, Ponte Móvel de Leça, Ria de Aveiro, Torres de Exaustão da Petrogal, e Pontes do trajecto do “TGV espanhol”, sem esquecer os diversos projectos com a Agência Espacial Europeia (ESA).

Especial 5

Produzir música a partir do movimento

No espaço do INESC Porto LA esteve também em exposição um sistema de "Extracção de Informações Rítmicas de Movimentos de Dança através de um Sinal de Vídeo". Esta aplicação é capaz de detectar objectos que se movem em frente a uma câmara de vídeo. Depois da segmentação correcta do objecto, pretende analisar-se, em tempo real, várias características do mesmo, nomeadamente o ritmo, ou tempo musical, a que esse objecto se move.

Após a obtenção do ritmo, a aplicação transmite sons que lhe correspondam. Desta forma, as pessoas conseguem interagir com a máquina e controlar o ritmo da música. A ideia é aliar a tecnologia ao improviso na coreografia, facultando, desta forma, aos bailarinos por exemplo, a interacção com computadores, através de um vasto vocabulário de movimentos expressivos, o que lhes permitirá executar e controlar a sua coreografia e exibição, das mais diversas formas.

Especial 6

O sucesso do tapete de medição de altura de salto

Apesar de não ser novidade no espaço do INESC Porto, o “tapete de medição de altura de salto” não deixou de ter sucesso. Na verdade, foi, de todos os protótipos apresentados, aquele que mais captou o interesse dos mais novos, que chegaram mesmo a querer fazer competições de salto em altura. O projecto, com fins didácticos, utiliza sensores de fibra óptica para medir a altura do salto, através de um osciloscópio.

A vontade de experimentar foi tanta que, no segundo dia do evento, um dos sensores danificou-se e, a partir dessa altura, os participantes tiveram por vezes que repetir o salto em vários pontos do tapete para conseguirem ser "detectados" pelo sensor "sobrevivente". Mas isto só prova o êxito que o tapete teve no espaço do INESC Porto.

Especial 7

Conferências “Sciense What Else?” com investigadores "inesquianos"

O INESC Porto LA esteve também presente no primeiro ciclo de debates e conversas sobre ciência, “Sciense What Else?”, que decorreu paralelamente à Mostra da Universidade, no auditório da Biblioteca Almeida Garrett.

O evento incluiu as vertentes “Encontro de Comunicadores de Ciência”, nos dias 26 e 27 de Março, e “Conversas e Debates sobre Ciência”, na noite do dia 27 e nos dois dias seguintes. O ciclo de conferências colocou em palco vários cientistas, maioritariamente da Universidade do Porto, conhecidos pela capacidade de tornar compreensíveis temas complexos, dos quais se destacaram alguns investigadores do INESC Porto.

Especial 7

Ciência com todos e para todos: encontros e debates

No primeiro dia, o “Sciense What Else” contou com a apresentação de Pedro Guedes de Oliveira (antigo presidente do INESC Porto), inserida na vertente “Encontro de Comunicadores de Ciência”, que procurou dar a conhecer experiências, identificar necessidades e estabelecer estratégias colaborativas que permitam desenvolver a cultura científica em geral. Nesta vertente  participaram comunicadores de ciência, professores, jornalistas, responsáveis institucionais e organizadores de iniciativas nesta área.

No evento estiveram ainda presentes, por parte do INESC Porto, João Peças Lopes e Cláudio Monteiro (respectivamente coordenador e investigador da USE) na palestra “Produção e Eficiência Energética”. Representando o LIAAD, Pavel Bradzil falou das promessas da inteligência artificial, no debate sobre “Utopia e Ciência”.

Especial 8

 

Discurso directo

Para oferecer aos leitores uma visão mais real do que foi a Mostra, o BIP entrevistou alguns colaboradores que participaram no evento, representando o espaço do INESC Porto.

Com que impressão ficou deste evento?

Filipe Magalhães

Filipe Magalhães (UOSE) – “Apesar de não ter tido oportunidade para visitar os restantes "stands", acho que o evento despertou o interesse do público em geral e que o empenho das diferentes instituições na participação e organização deste tipo de iniciativas tem vindo a aumentar. Os diferentes temas em exibição, pareceram-me todos bastante apelativos e interactivos.
Teresa Andrade (UTM) – “De que é um evento com cada vez mais popularidade e que realmente tem algo a mostrar de interessante a diversos níveis”.

Ana Silva

Ana Silva (UOSE) -  “O balanço final do evento foi muito positivo! Iniciativas como esta são importantes não só na ajuda a jovens na tomada de decisão acerca do seu futuro (quer ele passe por enveredar por uma carreira de investigação, ou não), mas também no estreitar da relação com a cidade e os seus habitantes. A U.Porto não deve estar desligada da sua cidade, e os habitantes deverão sentir que possuem uma instituição que forma verdadeiramente profissionais e trabalha em prol do desenvolvimento social e económico”.
Ricardo Sousa (UTM) - “A impressão foi bastante positiva. Independentemente de haver projectos mais pomposos do que outros, é impressionante como os visitantes são extremamente curiosos. Muitos deles, inclusive, vêm ter connosco para pedir que expliquemos o funcionamento e o propósito dos mais variados projectos apresentados. Outras vezes, é até hilariante com certas e determinadas "experiências". Em suma, nota 20!”

Na sua opinião, qual é a importância da participação do INESC Porto nesta Mostra? 

Filipe Magalhães (UOSE) – “Acho extremamente importante a participação do INESC Porto nesta Mostra. Permite não só que o público em geral (e não apenas as pessoas da área) contacte com uma realidade que por vezes lhe é apresentada de modo distorcido, mas também que tome conhecimento da actividade desenvolvida pelo INESC Porto e que muitas vezes contribui para um aumento da sua qualidade de vida sem que disso se tenham apercebido”.

Teresa Andrade

Teresa Andrade (UTM) – “Este evento parece-me que pode servir dois propósitos: 1) dar a conhecer o INESC Porto ao público em geral, como sendo uma entidade ligada à tecnologia e investigação; 2) fomentar a troca de informação entre os diferentes institutos e grupos de investigação das faculdades que participam no evento e mesmo entre as diferentes Unidades do INESC Porto.”
Ana Silva (UOSE) -  “O INESC Porto como instituição de excelência em I&D tem todo o direito de estar presente no evento e tem o dever/obrigação de divulgar o conhecimento que os seus investigadores produzem no decorrer da sua actividade. Por isso, é fulcral a presença do INESC Porto nesta Mostra”.

Ricardo Sousa

Ricardo Sousa (UTM) - “É importante a presença e participação do INESC Porto neste evento. Uma instituição em franca expansão necessita deste tipo de visibilidade, e é neste evento que se consegue atingir o âmago da questão: captar e cativar a atenção dos mais pequenos (aqueles que em maior número visitam este evento), e que num futuro talvez não muito distante, possam vir a trazer novas e frescos conceitos a fim de fortalecer esta ilustre instituição que é o INESC Porto”.

Em relação aos projectos em exposição, notou interesse por parte dos visitantes? A que níveis?

Filipe Magalhães

Filipe Magalhães (UOSE) – “Acho que o maior interesse recaiu sobre o tapete de salto e pelo sistema CAALYX. A mala com os sensores de fibra óptica primava pelo bom aspecto e pela originalidade. O plinto com os sensores de presença, a meu ver, não causou o efeito pretendido. O sistema para extracção de ritmo a partir de imagens vídeo teria causado um impacto maior se não se colocassem os problemas de iluminação e detecção de cor. Quanto ao tapete de salto, toda a gente queria experimentar e ver qual o máximo que conseguia saltar. O princípio de funcionamento também era de fácil compreensão. O sistema CAALYX,  estando relacionado com uma preocupação transversal a todas as pessoas - a saúde, também suscitava o interesse dos visitantes. Os sensores de fibra óptica despertavam o interesse pela originalidade e bom aspecto (como já disse) mas também porque é algo aparentemente desconhecido para o público em geral. O sistema de extracção de ritmo, creio que após alguns melhoramentos, poderia causar grande impacto.”
Teresa Andrade (UTM) - “Sim. Este ano o público mais novo estava muito interessado no tapete com as fibras ópticas e também no sistema de tracking de um objecto e geração de sons de acordo com o movimento do objecto. De uma forma geral o interesse é pela utilização, isto é, pelo valor ou resultado que o projecto oferece e não tanto pelos pormenores científicos e tecnológicos. No entanto, numa percentagem mais pequena, também houve visitantes com interesses mais detalhados”.

Ana Silva

Ana Silva (UOSE) - “No geral, os visitantes mostraram-se interessados pelos projectos que obrigaram a uma maior interactividade. O Tapete de Salto, embora fosse um exemplo muito simples de um sensor, despertou muita atenção por parte dos visitantes. O facto de se conseguir captar a atenção das pessoas serviu depois para introduzir algumas noções das actividades desenvolvidas pelo INESC Porto”.
Ricardo Sousa (UTM) - “Como já referi, o nível de interesse por parte dos visitantes foi bastante elevado tendo emergido de diversas formas. Por iniciativa própria, ou mesmo através dos pais, os mais novos divertiram-se com as mais variadas experiências que eles próprios criavam. Seguidamente, por meio dos colaboradores, ficavam a saber como estes funcionavam. Em todos os casos, quer miúdos, quer graúdos saiam sempre do balcão do INESC Porto com um sorriso e um brilho no olhar por bons momentos desfrutados”.

O que poderia ser melhorado no espaço do INESC Porto e na organização da nossa participação em geral? 

Filipe Magalhães (UOSE) – “Sei que é difícil (quase impossível), mas creio que seria fundamental para quatro experiências/temas estarem presentes mais colaboradores, senão corremos o risco de não conseguir "atacar os vários fogos". Foi a terceira vez que participei na Mostra e acho que este ano foi nitidamente o ano em que tivemos as melhores experiências em exibição, resultado de um esforço antecipado e concertado entre as diferentes unidades e pessoas.”

Teresa Andrade

Teresa Andrade (UTM) – “Havendo espaço, colocar um pequeno poster junto a cada projecto com descrição breve do projecto e áreas de aplicação. Utilizar vídeos para o mesmo efeito”.

Ana Silva (UOSE) - “O principal aspecto a ser melhorado passa por corrigir a relação entre os projectos apresentados e as pessoas do INESC Porto que os apresentam. Isto é, dado o número reduzido de pessoal envolvido na Mostra (para todos os dias), talvez seja mais benéfico apresentar menos projectos, mas com um grau de interactividade superior”.

Ricardo Sousa

Ricardo Sousa (UTM) - “É de minha opinião que a organização e participação em geral foram bem conseguidas, não sendo necessário para isso, notas de melhorias a atingir”.