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Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - Testemunho da PHC, pela voz de Paulo Costa.

Fora de Série

"No INESC Porto sinto essa responsabilidade dado que é uma instituição de I&D de referência a nível nacional e internacional, em especial a USE pela importância dos diversos projectos em que se encontra envolvida e pela dimensão das empresas que confiam recorrentemente na capacidade técnica da Unidade", Ricardo Rei

A Vós a Razão

"(...) como cientistas temos a responsabilidade de, pelo menos, tentar ajudar a ciência como um todo a evoluir melhor e mais rapidamente", Luís Torgo

Asneira Livre

"Na USE, também podem ser ouvidas, em simultâneo, conversas com um dialecto bastante estranho que, na realidade parece russo! Palavras como “Dobro jutro” e “Kako si” são regularmente ouvidas", Bernardo Silva

Galeria do Insólito

Saiba como conseguir projectos, mesmo sendo expulso da reunião. Foi o que aconteceu a um dos nossos investigadores...

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC Porto...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC Porto, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

 

Asneira Livre

Um inesc porto internacional

* Por Bernardo Silva

Antes de ingressar no INESC Porto já sabia dos fortes laços desta instituição com instituições estrangeiras, nomeadamente no acolhimento de alunos. Após o ingresso, deparei-me com esse cenário no seu extremo.

Pertenço à Unidade de Sistemas de Energia, e o meu local de trabalho é o openspace. Pode dizer-se que é um openspace modesto comparado com os de outras unidades (só em tamanho e em mobiliário), que já tive possibilidade de bisbilhotar. No openspace encontravam-se na altura dez pessoas com o seu respectivo posto de trabalho. Das dez, quatro eram estrangeiras. Os portugueses estavam em maioria! Quando entrei, a minha presença não afectou a estatística pois fui contabilizado como meio brasileiro (sim, eu nasci no Brasil apesar de não ter sotaque nem bronze) e meio português (tenho dupla nacionalidade e mais anos em Portugal do que no Brasil – sou tipo “Fátima Felgueiras” – mas só nesse aspecto!!).

Passado um mês, chegaram mais três brasileiros e, nessa altura, as nossas conversas eram adocicadas por um sotaque melódico. Todas as manhãs ouvíamos e falávamos o clássico: “Oie, Tudo bem c’ocê?”, “Tudo legal?”. Para além do convívio, cultura e conhecimento científico, a presença de colaboradores estrangeiros, nomeadamente brasileiros, é uma mais-valia no que toca ao torneio de futebol INESC Porto. Neste momento, o rácio de brasileiros reduziu um bocado (não quer dizer que o torneio esteja perdido): dois regressaram ao Brasil pois estavam cá somente por um ano a fazer doutoramento Sanduíche (Um Big-Mac outro double cheese).

Na USE, também podem ser ouvidas, em simultâneo, conversas com um dialecto bastante estranho que, na realidade parece russo! Palavras como “Dobro jutro” e “Kako si” são regularmente ouvidas. São os nossos colaboradores da Europa de Leste que se encontram cá em doutoramento! Em primeira estância chega a ser estranho o modo como articulam as palavras, os sons produzidos, a velocidade rápida com que falam porque parece que estão sempre a discutir, mas ao fim de dois dias habituamo-nos.

Nos últimos tempos chegaram mais dois. Não, não eram brasileiros desta vez! Um congolês com percurso italiano. É engraçado conversar com ele porque começamos a falar em inglês, arranhamos no francês, passamos para o italiano e acabamos no português; o outro colaborador veio do Irão. Imaginei que comunicar com ele seria impossível. Contudo, ele havia estado nos Estados Unidos por 3 anos pelo que fala inglês muito bem! O problema começa quando ele pretende aprender falar Português! Pediu-me ajuda…e eu dei. Neste momento se alguém lhe perguntar: Então, como estas?”, ele já sabe que deve responder: “Estou bem, tou como o aço, pah!”.

O mais recente talento angariado para a USE provém dos Açores e bem sabemos que é português mas às vezes vejo-me grego para o compreender. Para concluir, ainda temos um trunfo! Quando pessoas externas visitam a Unidade, há sempre um tempo para explicar que esta unidade é bastante internacional e começa-se por apresentar as origens de cada um. Quando um dos nossos colaboradores é apresentado, o visitante diz logo: “Ah! Esse eu adivinho, ele vem do Japão!” e aí temos que explicar que o nosso mais japonês é brasileiro e até sabe jogar futebol!

*Colaborador na Unidade de Sistemas de Energia (USE)