Fora de Série
Este espaço destina-se a prestar homenagem a um colaborador que mensalmente se distinga com especial relevo na sua actividade. A escolha final é da responsabilidade da Redacção do BIP mas a colaboração das Coordenações de todas as Unidades é preciosa pois as sugestões e motivações são fundamentalmente da sua responsabilidade...
Pedro Almeida
1. Lembra-se da primeira vez que ouviu falar do INESC Porto? Como surgiu a oportunidade de trabalhar cá??
Não me recordo exactamente… Mas ao longo do curso tomei conhecimento do INESC Porto através de alguns Professores que colaboram com a instituição.
O meu primeiro contacto com o INESC Porto surge pouco tempo antes de iniciar o trabalho final de curso. Na altura, resolvi antecipar-me ao lançamento das propostas de projecto e contactar o Professor Peças Lopes, no sentido de conseguir um tema do meu agrado. Daí em diante, a ideia foi aceite, o trabalho correu bem e o convite para concorrer a uma bolsa BI-BL apareceu.
2.Qual é a sensação de trabalhar na USE? Na sua opinião, a que se deve o sucesso e a fama desta Unidade?
Um misto de orgulho e de responsabilidade, num ambiente amigável, onde cada colaborador é dotado de grande autonomia de trabalho.
A fama e sucesso da USE assentam nas pessoas que nela trabalham, toda a equipa , que a coordenam, Professor Matos e coordenadores de área, e que conseguem captar novos trabalhos para a Unidade, Professor Peças Lopes.
3. O seu sonho passa por seguir uma carreira académica ou pretende tentar uma experiência profissional na indústria?
É engraçado que me coloquem esta questão, pois muito recentemente dei início a um processo de reflexão sobre o meu futuro profissional. O doutoramento está a entrar na “recta final” e pondero duas situações. A primeira, seria a de dar continuidade ao trabalho que tenho desenvolvido e apontar para uma carreira académica. A segunda, seria a de rumar para a indústria e quem sabe no médio prazo complementar a minha formação com um MBA.
O gosto pela investigação e o medo da estagnação suportam a primeira via, enquanto o desafio de uma nova experiência com uma nova tónica e, mais uma vez, o medo da estagnação sustentam a segunda.
4.A sua nomeação surge no âmbito do projecto MERGE. Qual a importância deste projecto para USE, em concreto, e para o INESC Porto, no geral?
Para a USE o projecto MERGE veio reafirmar a qualidade do trabalho desenvolvido pela Unidade na área temática das redes inteligentes, dando continuidade ao caminho iniciado nos projectos Europeus Microgrids e More Microgrids e ao projecto InovGrid no panorama nacional, introduzindo o elemento Veículo Eléctrico até então pouco ou nada relevante no estudo dos sistemas eléctricos de energia. Assim, o projecto MERGE permitiu à USE manter-se líder no conhecimento científico específico da sua área de actuação e, com a experiência adquirida, foi possível lançar o consórcio nacional de empresas e institutos de investigação que deu origem ao projecto REIVE, liderado pelo INESC Porto.
O projecto MERGE contribuiu para o engrandecimento da imagem do INESC Porto, fixando a instituição como uma referência na área da mobilidade eléctrica e promovendo-a como líder em inovação nos panoramas nacional e internacional.
5. Terminaremos este questionário, pedido que comente a seguinte citação de Manuel Matos, coordenador da Unidade de Sistemas de Energia.
O Joel e o Pedro, sendo estudantes de doutoramento, têm tido sempre um grande envolvimento, com muita dedicação, em diversos projectos, salientando-se a contribuição de ambos para o exigente projecto europeu MERGE. Recentemente, colaboraram também (com outros elementos da Unidade) no estudo de avaliação dos níveis de integração de produção renovável num país africano, realizando por diversas vezes sessões de trabalho que se prolongaram pela noite fora, de forma a podermos cumprir prazos contratuais, sem diminuição da elevada qualidade dos resultados desta actividade.
Ver o nosso trabalho elogiado pelo Professor Matos, cujo carácter de rigor é unanimemente reconhecido pelos colaboradores da USE, é uma honra e uma responsabilidade acrescida em trabalhos futuros nos quais possa vir a estar envolvido.
joel soares
1.Há quanto tempo integra o INESC Porto e qual a sua ligação à instituição?
Sou colaborador do INESC Porto há cerca de 3 anos. Ingressei na instituição quando iniciei o Doutoramento na área dos sistemas sustentáveis de energia. como bolseiro da FCT, sendo o INESC Porto a instituição científica de acolhimento.
2. Quais são, na sua opinião, as principais mais-valias oferecidas pelo INESC Porto/USE a um investigador em início de carreira que opte por “arrancar” aqui?
Eu encaro o INESC Porto como uma fonte de conhecimento, onde os colaboradores das diversas unidades têm acesso a um leque variado de informações relacionadas com inúmeros assuntos de elevado interesse para a sociedade e com bastante relevância do ponto de vista científico e tecnológico.
AUSE, a Unidade onde me integro, está repleta de especialistas em diversas áreas de investigação relacionadas com os sistemas eléctricos de energia e com as energias renováveis. No meu caso específico, o ingresso na USE foi bastante profícuo, pois o tema da minha tese de Doutoramento não está relacionado com a minha área de formação, uma vez que sou licenciado em Física. Através da interacção com os diversos colaboradores que integram a USE, fui capaz de adquirir as competências necessárias para aplicar na minha tese e enveredar por uma carreira enquadrada com os sistemas eléctricos de energia.
Assim, do meu ponto de vista, o “arranque” da carreira de investigador no INESC Porto traz inúmeras vantagens, uma vez que nos facilita o acesso ao conhecimento e nos envolve directamente em projectos com a indústria, nas mais variadas áreas de investigação, melhorando não só as nossas capacidades enquanto investigadores, mas também as nossas competências na gestão de projectos.
3. Que conselhos daria a um investigador em início de carreira?
Procurar enquadrar-se, o mais rapidamente possível, na filosofia de trabalho existente na instituição, tentar apreender o máximo de informação possível, pois os fluxos de informação (pelo menos na USE) transitam em grandes quantidades e a altas velocidades, ser capaz de trabalhar em grupo, mostrar-se flexível em relação às opiniões dos restantes colaboradores, ser bastante rigoroso no trabalho desenvolvido e, de uma forma geral, manter o grau de excelência em todas as actividades desenvolvidas.
4. Para além do Pedro e do Filipe, se pudesse destacar outro elemento que tenha sido chave para o sucesso do projecto MERGE, no âmbito do qual surgiu a sua nomeação, quem seria?
O Professor João Peças Lopes, sem margem para dúvidas. Sem o seu contributo, nomeadamente na fase de elaboração da proposta, o projecto MERGE nunca teria ido avante. O seu empenho e dedicação, tanto na elaboração da proposta, como no trabalho desenvolvido após a mesma ter sido aprovada pela Comissão Europeia, tem sido fulcral na definição do rumo científico dado ao projecto, bem como na execução de todas as tarefas inerentes.
5. Terminaremos este questionário, pedido que comente a seguinte citação de Manuel Matos, coordenador da Unidade de Sistemas de Energia.
O Joel e o Pedro, sendo estudantes de doutoramento, têm tido sempre um grande envolvimento, com muita dedicação, em diversos projectos, salientando-se a contribuição de ambos para o exigente projecto europeu MERGE. Recentemente, colaboraram também (com outros elementos da Unidade) no estudo de avaliação dos níveis de integração de produção renovável num país africano, realizando por diversas vezes sessões de trabalho que se prolongaram pela noite fora, de forma a podermos cumprir prazos contratuais, sem diminuição da elevada qualidade dos resultados desta actividade.
É sempre agradável que a qualidade do nosso trabalho seja reconhecida por alguém com a competência e rigor científico do Professor Manuel Matos. É uma declaração que encaro com bastante orgulho e que me motiva a continuar a desenvolver o meu trabalho de forma rigorosa e com elevados padrões de qualidade..