Fora de Série
Este espaço destina-se a prestar homenagem a um colaborador que mensalmente se distinga com especial relevo na sua atividade. A escolha final é da responsabilidade da Redação do BIP mas a colaboração das Coordenações de todas as Unidades é preciosa pois as sugestões e motivações são fundamentalmente da sua responsabilidade...
Pedro Ribeiro
1. O que significa para si ter sido distinguido pelo coordenador da UESP como “Fora de Série” do mês de junho?
É sempre uma satisfação ver o nosso trabalho reconhecido, mas acima de tudo é uma motivação extra para continuar a dar o meu melhor enquanto colaborador desta instituição.
2. Como surgiu a sua ligação ao INESC Porto?
A minha ligação ao INESC Porto surgiu em meados de 1999, no âmbito do projeto SABE. Tive conhecimento que, para este projeto, o INESC Porto procurava alguém com competências na área do desenvolvimento de software e com conhecimentos de Delphi para integrar uma equipa, cujo objetivo era implementar uma solução de apoio ao balanceamento e escalonamento de linhas de produção. Escusado será dizer que fui selecionado e por aqui fui ficando.
3. O INESC Porto tem vindo a crescer exponencialmente nos últimos anos. O que é que mais mudou desde que integrou a instituição, há 12 anos?
Logo à partida verifico que o INESC Porto, ao longo destes anos, foi ganhando uma nova dimensão e cresceu não só em “tamanho”, mas principalmente em competências. Mas, acima de tudo, penso que se faz mais e melhor investigação, os resultados obtidos são mais valorizados e a prova disso está, por exemplo, na criação de várias empresas spin-off que, de uma ou outra forma, estão ligadas à investigação feita no INESC Porto e ao facto de vermos cada vez mais os resultados dos nossos projetos de cariz científico aplicados na realidade industrial nacional e internacional.
4. Como vê o crescimento do INESC Porto, nomeadamente com a entrada de novas Unidades de investigação para o Laboratório Associado?
Na resposta anterior, quando referi que o INESC Porto tem vindo a crescer de modo significativo não só em “tamanho”, mas principalmente em competências, estava já a considerar a entrada destas novas Unidades. Para além disso, acho que as mesmas acrescentaram notoriedade ao INESC Porto e deram um claro contributo para a realização de mais e novos projetos.
5. Quais as principais mais-valias que trabalhar no INESC Porto trouxe para a sua carreira? O que é que o motiva a continuar a trabalhar no INESC Porto?
Eu diria que o INESC Porto me deu a possibilidade de alargar conhecimentos em diversas áreas de intervenção e, acima de tudo, permitiu que eu desenvolvesse mais e melhores competências no âmbito das minhas funções.
6. Para além da sua competência técnica, a nomeação dos coordenadores da UESP destaca também o facto de o Pedro trabalhar bem equipa e de ser um ótimo colega. Sente que há um bom espírito de camaradagem na UESP (Unidade de Engenharia de Sistemas de Produção)?
Julgo que sim. Isso é notório no desenrolar da maioria dos nossos projetos onde, de facto, existe um verdadeiro espírito de entreajuda e cooperação entre todos os envolvidos. Saliento que este sentimento se estende ainda a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, consideram que podem dar o seu contributo para a obtenção de um melhor resultado.
7. O Pedro divide o seu tempo entre trabalhos de consultoria para a indústria e projetos europeus de I&D. Qual é a área que prefere?
Qualquer das áreas referidas tem os seus desafios e, por isso mesmo, para mim seria difícil optar. Acho que o importante é poder continuar a contribuir de forma inovadora para a obtenção de resultados positivos nas diferentes áreas.
8. Alguma vez considerou enveredar por uma carreira na indústria?
Tenho de confessar que por diversas vezes considerei enveredar por uma carreira mais industrial. Porém, e considerando que já tenho cerca de 17 anos de experiência profissional, cinco dos quais a exercer a mesma atividade fora do INESC Porto, posso afirmar que aqui tenho mais possibilidades de continuar a melhorar as minhas competências profissionais e a alargar as minhas áreas de conhecimento.
9. O Pedro Ribeiro foi eleito colaborador “Fora de Série” de junho no âmbito do projeto MIBPET. Pode dizer-nos a importância que este projeto assume no contexto da UESP e do INESC Porto em geral?
Em primeiro lugar, tenho de dizer que eleger um colaborador “Fora de Série” no âmbito de um projeto é extremamente redutor, visto que, na maior parte das vezes, os resultados alcançados se devem ao contributo de um conjunto de pessoas que neles trabalharam com igual esforço e dedicação.
Agora, e respondendo concretamente à questão, posso dizer que neste projeto o INESC Porto foi subcontratado por um valor considerável para ajudar na especificação e desenvolvimento de uma solução de monitorização e apoio à decisão, tendo por base o paradigma do Balanced Scorecard. Do seu desenvolvimento resultaram várias ferramentas e conceitos que podem ser usadas nos mais diversos projetos, nomeadamente em trabalhos de consultoria e afins.
10. Terminaremos este breve questionário, pedindo que comente a seguinte citação da coordenação da sua Unidade, a UESP.
O MIBPET (Manufacturing Industries Performance Evaluation Toolkit) é um projeto QREN a decorrer na UESP. Trata-se de um projeto muito inovador e exigente do ponto de vista das soluções de software adotadas. O projeto tem conclusão no mês de julho e apresenta neste momento resultados de destaque.
Enquanto responsável pelo desenho e desenvolvimento da solução, o Pedro Ribeiro tem revelado uma atitude excecional, produzindo consistentemente resultados inovadores e de muita qualidade. Considerado pela equipa como um ótimo colega, o Pedro não limita o seu trabalho às atividades de desenvolvimento, participando ativamente na procura de soluções inovadoras para os inúmeros desafios que o projeto coloca, o que foi determinante para os resultados alcançados.
Fico orgulhoso pela distinção e desde já agradeço o reconhecimento, esperando que no futuro o meu trabalho continue ao nível das expectativas.