Cadê Você?
O INESC TEC lança todos os meses no mercado pessoas altamente qualificadas. Muitas vezes, essas pessoas vão ocupar lugares de destaque nas melhores empresas nacionais e internacionais ou optam por formar spin-offs. Como a melhor forma de transferir tecnologia é transferir pessoas, nesta secção a voz é dada aos colaboradores que se formaram no INESC TEC e agora brilham noutras empresas e instituições.
Margarida Carvalho, Polytechnique Montréal, IVADO Fellow
- Ano em que entrou e saiu do INESC TEC: 2010-2017
- Centro(s) do INESC TEC com que colaborou: CESE e CEGI
- Título(s) do(s) projeto(s) em que participou: COORDINATOR, KEP, mKEP
Testemunho relativo a sua experiência desde a sua saída do INESC TEC
Saí do INESC TEC em março de 2017 para enfrentar um novo desafio científico no Canadá. Esta oportunidade concretizou-se graças à aceitação do meu plano de investigação pelo instituto canadiano recentemente criado, IVADO (Institute for Data Valorization).
Assim, fui trabalhar para o Polytechnique Montreal que se situa no campus da universidade da cidade, a norte do centro de Montréal. Este politécnico é composto por diferentes departamentos de engenharia. Eu trabalho na equipa “Canada Excellence Research Chair in Data Science for Real-Time Decision-Making”, fazendo parte do departamento de matemática e engenharia industrial.
Vivemos num tempo de rápida evolução tecnológica a qual é acompanhada por uma grande tendência para a recolha de dados e seu tratamento. Neste contexto, o objetivo da nossa equipa é contribuir na área de métodos de apoio à decisão através da combinação das áreas de Machine Learning (ML) e Otimização Matemática. Desta forma, seguindo a linha do que já vinha a aprofundar no INESC TEC, o meu trabalho consiste essencialmente em minimizar a perda de oportunidades de transplantes renais no contexto do funcionamento do sistema de saúde canadiano. Para isso usamos bases dados com informação sobre pacientes, dadores e transplantes executados para treinar os modelos de ML, permitindo prever a qualidade de um transplante e posterior integração dessa informação qualitativa na otimização do planeamento.
Na sua opinião como é que a sua experiência no INESC TEC ajudou no novo papel?
O INESC TEC foi fundamental para este meu novo trabalho em duas frentes: formação científica e construção do meu networking. Em 2014 fui integrada no projeto KEP e, mais tarde, no projeto mKEP que lhe deu seguimento. Devo a estes projetos a minha formação avançada no contexto do planeamento de transplantes renais. Foi também graças à atividade que exerci no INESC TEC que tive a oportunidade de conhecer investigadores de outros países e com quem continuo a exercer investigação.
Na sua opinião, o INESC TEC mudou em quais aspetos desde a sua saída?
Dado que a minha saída do INESC TEC é recente e o meu contacto frequente com inesquianos, não noto mudanças significativas.
Mantenho a opinião sobre a forma empenhada e inovadora de como é exercida a atividade de investigação no INESC TEC!