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Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - SILAMPOS, pela voz de Marco Rui Ermo.

Fora de Série

"Tivemos uma excelente recepção por parte do INESC Porto. Sinto que o nosso trabalho é adequadamente valorizado e temos tido óptimas condições e diversas oportunidades para desenvolver novos projectos." Aníbal Matos

A Vós a Razão

"Agir sem reflectir pode conduzir a maus resultados. Mas também é verdade que reflexão sem acção não leva a lugar algum. O sucesso consiste em conjugar ambos os verbos e, também por isso, universidades e empresas se complementam", Paulo Teixeira de Morais

Asneira Livre

"...para além do aroma a canela, por vezes também se sente no ar uns outros cheiros peculiares, tais como a iscas de bacalhau, méchoui de borrego, sopa de grelos, angu de banana, consomê de mandioquinha com vinagrete de legumes e no outro dia até nos cheirou a crostone negro com truta defumada!", Ivone Amorim e Rute Ferreira

Galeria do Insólito

Tal como no Orçamento português de há uns anos, a resposta para o mistério que assolou o INESC Porto este Natal foi, quem diria... queijo!

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC Porto...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC Porto, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

 

Recursos Humanos do INESC Porto chegam a todo mundo

Dissertação de Mestrado revela presença do INESC Porto na maioria dos continentes

Sabia que o know-how do INESC Porto está presente na maioria dos continentes, da Europa aos EUA, passando pelo Brasil até à Austrália? Imaginava que investigadores que passaram pelo INESC Porto contribuem agora para o sucesso de empresas e instituições como o CERN, ESA, Sony, Nokia, Google, Microsoft, Cisco Systems, Texas Instruments, Alstom, EDF ou Nintendo? E ainda que investigam e ensinam na Queen Mary College London, Columbia University, MIT, Max Planck Institute ou na Universität Karlsruhe? Esta é a conclusão de um estudo da investigadora Cristiana Pedrosa sobre redes, mobilidade e ligações entre recursos humanos que teve por base o INESC Porto e veio confirmar a sua crescente presença em instituições estrangeiras que beneficiam não só da experiência e conhecimento adquiridos por antigos colaboradores da nossa instituição, mas também de uma contínua troca de conhecimento, que poderá levar a valiosas parcerias.

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O INESC Porto como caso de estudo

A investigadora da Unidade de Inovação e Transferência de Tecnologia (UITT), Cristiana Pedrosa, escolheu o INESC Porto como caso de estudo para a sua Dissertação no âmbito do Mestrado em Inovação e Empreendedorismo Tecnológico (MIETE) da FEUP. Intitulado The Strength of Weak or Strong Ties - Assessing the influence of Technology Research Organizations based on Human Resources mobility, este estudo tinha por objectivo avaliar a influência de instituições de I&D com base na mobilidade de recursos humanos. Questionada sobre a escolha deste tema, a investigadora explica que achou “interessante adoptar um método baseado na mobilidade de recursos humanos por ser inovador” e porque lhe permitiu “explorar um pouco na área da Sociologia”, uma área muito diferente da sua (Engenharia).

De acordo com a Cristiana Pedrosa, o INESC Porto foi a escolha imediata devido à proximidade e à ligação de professores do MIETE à instituição, como é o caso da orientadora da dissertação, Aurora Teixeira. A intenção com o trabalho era conseguir perceber de que modo a cultura INESC Porto influencia os seus colaboradores e como as instituições que os acolhem beneficiam da experiência e conhecimento adquiridos na instituição. Os resultados são claros: a influência do INESC Porto tem vindo a crescer, assim como a presença dos seus colaboradores em todo o mundo. “De facto, foi possível perceber que o INESC Porto está presente na maioria dos continentes e em empresas internacionais tão conceituadas como o CERN, ESA, Sony, Nokia, Google, Microsoft, Cisco Systems, Texas Instruments, Alstom, EDF ou Nintendo”, salienta Cristiana Pedrosa, recordando ainda instituições de prestígio tais como a Queen Mary College London, Columbia University, MIT, Max Planck Institute ou a Universität Karlsruhe.

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Os antigos colaboradores e a relação com o INESC Porto

Para o seu estudo, Cristiana Pedrosa contactou directamente, no ano de 2009, 155 dos mais de 700 antigos colaboradores do INESC Porto na tentativa de perceber o percurso, contactos e a influência que a instituição teve nas suas carreiras. Verificou então que a influência do INESC Porto é proporcional ao tempo que os colaboradores passaram na instituição. Baseando-se na "Weak ties theory" de Granovette, uma teoria sociológica que adaptou ao seu trabalho, estabeleceu que colaboradores com ligações superiores a um ano teriam “strong ties” (laços fortes) e os colaboradores com ligações inferiores a um ano teriam “weak ties” (laços fracos). Neste caso, “a influência do INESC Porto será maior em colaboradores com strong ties, enquanto que para os weak ties essa influência já não será muito significativa”, explica a investigadora.

Como foi possível concluir, o INESC Porto é geralmente visto como uma referência, tendo sido mesmo crucial “no desenvolvimento de competências técnicas e pessoais, tais como a criatividade, profissionalismo, trabalho de equipa, entre outras”, revela Cristiana Pedrosa. Estes antigos colaboradores, a trabalhar agora em países como a Dinamarca, Noruega, Holanda, Reino Unido, Espanha, Bélgica, França, Itália, Suíça, Alemanha, EUA, Brasil, Austrália, e claro, Portugal, destacam ainda a “cultura mista e os valores adquiridos no INESC Porto como grandes influências na sua carreira, o que depois será transportado e reflectido no seu trabalho nas instituições de acolhimento”. Para além disso, ao acolher diversos estagiários anualmente, o INESC Porto “é visto como uma transição entre o mundo académico e o mundo empresarial”, acrescenta a engenheira.

Destaque 3

Uma abordagem baseada na mobilidade de recursos humanos

Na sua tese, a investigadora propõe uma nova abordagem para avaliar a influência de instituições de I&D baseada na mobilidade dos seus recursos humanos, por contraponto a uma abordagem meramente econométrica (na qual são analisados os resultados directamente ligados ao impacto destas instituições, tais como royalties, licenças, patentes, empregos e spin-offs gerados), ou cientométrica e bibliométrica (onde se analisa a produção científica das instituições, por exemplo, através de publicações e análise de citações).

Ao considerarem apenas estes indicadores, as abordagens exploradas anteriormente são, de certa forma, limitadoras. Ainda assim, estes modelos não se excluem e acabam mesmo por se complementar, até porque, de acordo com Cristiana Pedrosa, com a “abordagem baseada na mobilidade de recursos humanos ficamos com uma nova perspectiva sobre a influência de instituições de I&D e conseguimos construir uma rede de empresas e organizações que estão ligadas ao INESC Porto através das pessoas que por lá passaram”, afirma. Desta forma, “ficamos com uma ideia da extensão da influência do INESC Porto a nível geográfico e sectorial e do potencial que os antigos recursos humanos podem representar”, acrescenta.

Destaque 4

Investigadores do INESC Porto no mundo

Como seria de prever, de acordo com este estudo, todas as partes envolvidas têm a ganhar com esta ligação. De facto, se os antigos investigadores do INESC Porto “se mantiverem de alguma forma ligados à instituição, continua a haver troca de informação e daí poderão surgir potenciais ligações formais e parcerias com as instituições que os acolhem”, revela a investigadora. Por sua vez, “a instituição de acolhimento irá beneficiar da experiência e conhecimentos adquiridos pelos recursos humanos no INESC Porto, e desta troca de informação contínua que é feita através de ligações informais entre este e os seus antigos colaboradores”, esclarece a engenheira.

A mobilidade de recursos humanos é então vista como uma forma de promover fluxos de conhecimento entre empresas e instituições. Apesar de estas organizações se encontrarem maioritariamente em Portugal, a rede internacional do INESC Porto tem vindo a aumentar consideravelmente, registando já antigos colaboradores em 17 países e na quase totalidade dos continentes. Questionada sobre se a multidisciplinaridade e a excelência cultivadas no INESC Porto poderiam ser atractivos para as instituições de acolhimento, Cristiana Pedrosa responde peremptoriamente: “Sem dúvida. Principalmente em áreas de base tecnológica, em que o conhecimento é também de natureza tácita e está implícito nos recursos humanos, sendo esta mobilidade de recursos humanos uma forma de transferir esse conhecimento de uma organização para outra”, conclui.