Cadê Você?
O INESC TEC lança todos os meses no mercado pessoas altamente qualificadas. Muitas vezes, essas pessoas vão ocupar lugares de destaque nas melhores empresas nacionais e internacionais ou optam por formar spin-offs. Como a melhor forma de transferir tecnologia é transferir pessoas, nesta secção a voz é dada aos colaboradores que se formaram no INESC TEC e agora brilham noutras empresas e instituições.
FILIPE SOUSA, Fraunhofer Portugal, Investigador
- Ano em que entrou e saiu do INESC Porto: 1999-2009
- Unidade(s) do INESC Porto com que colaborou: Unidade de Telecomunicações e Multimédia (UTM)
- Título(s) do(s) projeto(s) em que participou: VISNET II, Inovgrid, DAIDALOS II, DAIDALOS, VISNET, RTCM,CT-157,WANDER, NUGGETS, ASSET, Consultoria na Infineon Technologies, WINMAN, ARROWS
Testemunho relativo a sua experiência desde a sua saída do INESC Porto
Saí do INESC Porto para ir trabalhar para o Fraunhofer Portugal (FhP) que iniciou a sua atividade no dia 5 de maio de 2008 e encontra-se, hoje, instalado no Campus da Universidade do Porto da Asprela, na Rua Alfredo Allen. O Fraunhofer Portugal desenvolve atividades de investigação e desenvolvimento na área de ambientes assistidos de informação e comunicação também conhecido por “Ambient Assisted Living”. O objetivo é desenvolver soluções para a indústria e fornecedores de serviços que permitam o desenvolvimento de novos produtos dirigidos a segmentos da população que, hoje em dia, têm pouco ou mesmo nenhum acesso às modernas tecnologias de informação e comunicação.
Tenho tido oportunidade de manter a cooperação com o INESC Porto, nomeadamente no âmbito do projeto eCAALYX, em que o INESC Porto e o Fraunhofer Portugal são parceiros neste consórcio. Recentemente, elaborámos uma candidatura a projetos FCT em conjunto, OPEN4AAL, uma rede social distribuída aberta para fornecimento seguro de serviços AAL. Infelizmente, e apesar da boa classificação, a proposta de projeto foi rejeitada para financiamento por parte da FCT.
Atualmente, participo e coordeno o projeto AAL4ALL (Ambient Assisted Living for All) que envolve 35 parceiros nos quais se inclui o INESC Porto. O objetivo do projeto AAL4ALL é o desenvolvimento de um ecossistema de pro-dutos e serviços de Ambient Assisted Living (AAL) com um modelo de negócio associado e validado através de um piloto de grande escala. Para além da gestão deste projeto, colaboro ainda na angariação e execução de projetos nacionais e internacionais, bem como na orientação de alunos nos seus trabalhos de dissertação.
Em resumo, tenho tido a possibilidade de manter uma colaboração contínua e profícua com o INESC Porto a qual, espero, se vá consolidando com o tempo.
Na sua opinião, como é que a sua experiência no INESC Porto o ajudou no novo papel?
Uma das mais-valias que adquiri no INESC Porto é a frequentemente denominada cultura “inesquiana” que se caracteriza por ser uma cultura aberta, de confronto de ideias e sem grandes formalismos; prima pela procura contínua da excelência como resposta aos novos desafios das sociedades.
Por outro lado, a hibridez única da cultura do INESC Porto permitiu-me conhecer as idiossincrasias do mundo académico e do mundo empresarial, preparando-me para colaborar com ambos.
Na sua opinião, o INESC Porto mudou em quais aspetos desde a sua saída?
Penso que o INESC Porto cresceu muito nos últimos anos, quer em número de investigadores, quer no número de unidades de I&D. Este crescimento rápido trouxe novas competências e novas oportunidades mas, na algibeira, também carrega algumas ameaças. O convívio interno do INESC Porto no Luso, para o qual fui convidado, permitiu que se discutissem alguns destes novos desafios, nomeadamente a mudança do modelo de governação e o fomento de novas lideranças, mantendo-se sempre o grau de “Excelente”. Acima de tudo, espero que o INESC Porto não perca a sua cultura “inesquiana” e se mantenha uma Unidade de I&D de referência nos próximos 25 anos.