Offside
Lado B

Pé de salsa.

Corporate

Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - Testemunho da EGITRON, pela voz de Armindo Oliveira.

Fora de Série

"Saber que, devido à relevância de uma instituição como o INESC TEC, esperam de nós a criação das soluções mais inovadoras é muito desafiante.", João Pedro Aguiar (CPES)

Pensar Sério

"A adoção de tecnologias avançadas pelas empresas é um processo complexo e tem impacto em vários aspetos da sua gestão.", Ana Simões (CESE)

Galeria do Insólito

Acham que há muitos insólitos numa instituição de investigação? Há mais do que pensam: imensos!

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC TEC...

Novos Doutorados

Venha conhecer os novos doutorados do INESC TEC...

Novos Colaboradores

No mês de dezembro entraram 21 novos colaboradores no INESC TEC.

Cadê Você?

O INESC TEC lança todos os meses no mercado pessoas altamente qualificadas...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC TEC, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

 

Alargar o debate cívico

O progresso de Portugal, em ciência e tecnologia, nas últimas duas décadas, é impressionante. As razões desta evolução vitoriosa foram já muito dissecadas, mas é bom recordar o papel essencial, introduzido por Mariano Gago, de uma cultura de avaliação e exigência.

As universidades e os centros de investigação constroem conhecimento e formam pessoas, mas só poderão fazer mais se a matéria prima que lhes chega vier bem preparada. Por isso, a visão estratégica da ciência em Portugal tem que abranger a formação anterior – tem que contribuir para a qualificar.

Assim, é nosso dever cívico olhar para o ensino secundário e, antes disso, o básico. E básico, básico, para quem tem a engenharia como foco, é a matemática.

É, pois, preocupante observar o faz-desfaz-faz-desfaz que periodicamente ocorre na definição de programas e metas, num oscilar de pêndulo exasperante. Portugal é um país de formação de engenheiros (só atrás da Alemanha, na EU, segundo as estatísticas oficiais) – então, porque é que não se pergunta às escolas de engenharia, e aos centros de investigação em engenharia, o que pensam do assunto?

A cultura de avaliação tem a virtude de emitir os sinais de comportamento corretos de que, sem esforço, não é devido benefício - nullum praemium sine labore. O benefício não é um direito, é uma conquista, é um reconhecimento, é um merecimento. Obriga a combate, que conduz à superação – e foi isso que aconteceu ao sistema científico nacional.

Que está a acontecer no ensino básico e secundário? Os sinais comportamentais estão corretos? Ou, pelo contrário, na busca de um certo tipo de êxito, estimula-se o ensino a não ser exigente?

Importa que os atores da universidade e da ciência participem neste debate.

Uma política humana tem que servir os cidadãos todos. Mas a necessidade de inclusão e sucesso escolar não pode ser face oposta de um imperativo de exigência e avaliação. É preciso, incontornavelmente, imaginação para conciliar estes objetivos. Os cientistas têm-na, com certeza – perguntem-lhes.