Offside
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Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - Testemunho da Flowmat, pela voz de Manuel Resende.

Fora de Série

"O reconhecimento do trabalho desenvolvido é o aspeto mais importante desta nomeação, que alio a um forte sentido de responsabilidade futuro para continuar a enfrentar os desafios que me vão sendo colocados." Carlos Moreira (USE)

A Vós a Razão

"For me, INESC TEC is not just a working place; it is a second home, a place where I am surrounded by loving and supporting friends...", Samaneh Khoshrou (UTM)

Asneira Livre

"Nunca imaginei que no instituto (INESC TEC) teria a oportunidade de conhecer e falar com as pessoas cujos artigos sempre li e admirei...", Paola Soto Rojas (UESP)

Galeria do Insólito

Foi na cozinha do bar do INESC TEC que um aparatoso incêndio veio pôr a nu um segredo há muito oculto: há um super herói entre nós.

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC TEC...

Novos Doutorados

Venha conhecer os novos doutorados do INESC TEC...

Cadê Você?

O INESC TEC lança todos os meses no mercado pessoas altamente qualificadas...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC TEC, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

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O PERIGOSO PASSO ATRÁS

Quando se fala e merecidamente do enorme, quase incrível progresso de Portugal em ciência e tecnologia nas últimas duas décadas, esquece-se muitas vezes a justa referência à revolução que o permitiu.

Essa revolução não se materializou por adição de dinheiro ou de cientistas: foi resultado da completa reestruturação do setor em função da emergência do modelo das instituições sem fins lucrativos.

À rigidez litosférica da organização universitária, a sociedade portuguesa respondeu com inusitado vigor. Criou-se assim, em paralelo, um sistema alternativo de gestão de ciência e tecnologia. Em competição com a vetusta ortodoxia, o novo sistema provou ser mais ágil, mais produtivo e melhor utilizador dos fundos públicos – e mais transparente.

Esta relativa originalidade do Sistemas de Ciência e Tecnologia Nacional, que nos distingue de muitos outros (e nos aproxima de alguns) deve o mérito ao reconhecimento do papel das organizações.

Ou seja: o voluntarismo individual e do interesse próprio de cientistas, ainda que de valor, sempre andou de mão dada com uma propensão para uma pulverização fragmentadora e para uma falta de estratégia coletiva – para não falar do inevitável alinhamento dos oportunismos.

Em contraponto, foram as grandes organizações, nomeadamente as instituições sem fins lucrativos, que ordenaram a atividade, colocaram estratégia, ganharam economias de escala, puderam impor modelos de avaliação de desempenho e, finalmente, proporcionaram fenómenos sem precedentes de transferência de tecnologia para o tecido social e industrial. A expansão de exportações de natureza tecnológica de Portugal não é alheia a este fenómeno.

Quando se fala, e bem, em apostar no mérito e excelência dos cientistas, importa, num equilíbrio tão necessário à política pública, que sejam igualmente dados sinais fortes de apoio às organizações e de garantia de sustentabilidade às instituições. Nos últimos 12 anos, sempre as instituições puderam planear-se num quadro plurianual. Esta estabilidade foi o esteio do progresso havido.

É preocupante que, passado já um terço de 2012, ainda não haja uma ideia conhecida de como poderão as instituições sobreviver em 2013 e que apenas se escutem apelos ao financiamento individual. Se apenas isto sobrar na crise, estará anunciada a desestruturação da ciência em Portugal.