Offside
Corporate

Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - Testemunho do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA, I.P.), pela voz do Comandante Paulo Oliveira.

Fora de Série

"A dedicação e desempenho do Leonel Dias e do André Rodrigues foram fundamentais para o desenvolvimento e lançamento deste Portal, com a qualidade por todos reconhecida", António Gaspar (USIG)

A Vós a Razão

"...será que temos a ousadia para caminharmos o nosso caminho ou aquilo que poderemos ter em excesso em conhecimento nos falta em carácter?", Manuel Loureiro (UITT)

Asneira Livre

"A instituição oferece um fim de semana a todos os seus colaboradores e eu consegui entrar 10 dias depois…. aahhh destino!!", Ivo Costa (USE)

Galeria do Insólito

Quando o carteiro nos traz o seu maço de correspondência, esperamos encontrar no destinatário designações como “Doutor” ou “Engenheiro”. Mas… “Juíza Desembargadora”? É obra.

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC TEC...

Novos Doutorados

Venha conhecer os novos doutorados do INESC TEC...

Cadê Você?

O INESC TEC lança todos os meses no mercado pessoas altamente qualificadas...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC TEC, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

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O REI VAI NU

Hoje pode afirmar-se, já sem receio do contraditório, que a asfixia da Ciência e Tecnologia prossegue em Portugal na sua marcha de rolo compressor.

Todas as razões invocadas remontam a uma mesma fonte: a teia kafkiana tecida pelo QREN. Escolham a metáfora – o delta do Nilo, os braços de lava de um vulcão, os tentáculos de um polvo: tudo conflui a montante para uma única fonte de absurdo.

Este programa anuncia a abundância mas gera a falência. A anunciada injeção de capital no tecido económico traduz-se, afinal, numa simples frase: injeção de mais dívida. E porquê? Porque as mentes iluminadas que conceberam o programa decidiram aplicar o princípio de “primeiro pagas, depois sofres, no dia de são nunca talvez recebas”.

Para executar QREN, portanto, é preciso dispor de tesouraria. Quanto mais importante for o projeto, mais tesouraria é precisa. Somos todas uns ladrões, parece, e é preciso açoitar estes energúmenos, nada de adiantamentos, portanto.

Tudo indica que a realidade portuguesa é olimpicamente ignorada – a realidade que crise e dívida são sinónimos.

O QREN é duplamente pernicioso à economia portuguesa: porque nesta fase de crise obriga à geração de mais dívida, em vez de injetar dinheiro na economia – e porque gera expectativas irrealizáveis, com a consequente frustração e desvio de energias das ações que poderiam ser mais úteis.

O financiamento da FCT, para fora das regiões de Lisboa e Vale do Tejo, é QREN. Para o INESC TEC e outros Laboratórios Associados, tem o nome poético de PEst (programa estratégico). Resultado? O desastre anunciado.

Têm as instituições de ciência em Portugal a disponibilidade de tesouraria para aguentar “adiantamentos” de milhões do bolso próprio?

Têm os recursos humanos acesso às doses de Prozac, Xanax e similares para enfrentar o delírio burocrático inventado escusadamente pelo QREN?

Quem põe mão nisto? Onde está a força do poder político, para fazer imperar o bom senso nesta máquina desgovernada?

A frustração maior talvez seja a provocada pela cega obstinação em manter o absurdo – a demonstração régia de que os conluios de delirantes burocratas têm mais poder que os políticos que nos governam.

Créditos foto: Flickr