PRA MELHOR ESTÁ BEM, ESTÁ BEM
Passou o quarto aniversário da Assembleia Geral fundadora do INESC P&D Brasil neste mês de março. Que poderemos dizer? Foi desde sempre uma aposta de risco e segue o seu caminho – apesar deste ser tumultuoso e pejado de riscos.
Brazil is not for beginners, diz-se – e com razão. Algumas da expetativas originais ainda não se cumpriram, e um dos fatores determinantes é a reconhecida crise que invalidou grandes projetos, preparados, prometidos e acertados até ao detalhe por poderes públicos mas a que faltou o detalhe final da “assinatura” – e agora, com a crise, tão cedo tal assinatura não se gravará no papel. Nada de desanimar, outros projetos já estão a caminho.
Entretanto, notícias boas também há. Uma delas corresponde a uma mudança no quadro legislativo brasileiro, que “desengessa” muita da burocracia universitária. Qual a mudança significativa, no nosso modo de ver? As Universidades públicas passam a poder ser associadas (e criar) empresas e instituições sem fins lucrativos. Até agora, era muito difícil (para alguns impossível e para outros até inconstitucional).
Para nós, faz todo o sentido ver o Brasil aproximar-se do modelo Europeu: do INESC TEC, como do TNO, do Fraunhofer, do SINTEF, etc. No que respeita à Ciência e Tecnologia, isto reforçará o papel de institutos como o INESC P&D Brasil, se conduzir à visão de que as Universidades passam a poder ter ao seu dispor um instrumento flexível para materializarem as suas visões e políticas – estimulando a ciência graças a novos modelos de gestão e agilizando as necessárias transferência de tecnologia e valorização do conhecimento.
Não admira que, quem não tem, desejasse ir para melhor.
Admiraria, se fosse o contrário: quem tem, desejasse ir para pior.