INESC TEC coopera com Siemens no desenvolvimento de micro-redes
Um dos fatores de sucesso para obter maiores taxas de penetração de fontes de energia renovável na rede elétrica é desenvolver o conceito de micro-rede e apostar no armazenamento de energia. As micro-redes podem tornar possível o fornecimento de energia elétrica, de forma totalmente autónoma, a regiões remotas, independentemente de estas se encontrarem ou não ligadas à rede principal.
Foi nesse sentido que o INESC TEC e a Siemens AG assinaram no dia 27 de julho, no edifício sede do instituto, um contrato que tem como objetivo desenvolver modelos de simulação e metodologias de cálculo a implementar sobre uma plataforma de simulação comercial com o objetivo de identificar as capacidades máximas de integração de energia primária renovável nestas redes e desta forma aumentando este modelo de negócio a nível mundial.
A assinatura foi feita por José Manuel Mendonça, presidente do Conselho de Administração do INESC TEC, e Klemens Wegehaupt, Project & Solution Engineer da Siemens AG. A ferramenta que vai ser desenvolvida pelo INESC TEC irá permitir analisar o funcionamento das micro-redes em diversas condições, sendo uma mais valia para dimensionar as soluções que melhor se adequam a cada caso.
“Queremos criar um modelo que nos permita fazer estudos de integração de energias renováveis, como a solar, fotovoltaica ou eólica, em redes isoladas para maximizar a possibilidade de integração de fontes renováveis em microredes”, explica João Peças Lopes, administrador do INESC TEC, que vai participar no projeto.
“Procurámos o INESC TEC pela sua grande experiência e conhecimento na área das soluções para redes isoladas e fornecimento de energia em áreas remotas. Estas duas características dão-nos a possibilidade de implementar de forma eficiente uma simulação robusta que se adeque às necessidades dos nossos clientes à escala mundial”, explica Luís Marçal, diretor de Smart Grids da Energy Management da Siemens Portugal.
A utilização eficiente das micro-redes tem impacto não só na redução de emissões de CO2, mas também na diminuição dos custos totais do sistema elétrico, uma vez que com a integração segura de fontes de energia renovável é possível reduzir significativamente os custos associados aos combustíveis fósseis que estão tipicamente na base da operação destas redes.
O investigador do INESC TEC mencionado no corpo da notícia tem vínculo à UP-FEUP.