INESC TEC e Marinha Portuguesa reforçam compromisso estratégico
O INESC TEC recebeu no final de julho uma delegação do Estado-Maior da Armada. Mais do que dar a conhecer a instituição, o encontro permitiu aos responsáveis da Marinha ter um contacto direto com alguns dos mais recentes projetos desenvolvidos na área do mar (e não só).
Responsável pelas palavras de boas-vindas, João Claro, Presidente da Comissão Executiva do INESC TEC, sublinhou que “para o INESC TEC, o mar é um compromisso estratégico”, constituindo uma área com especial importância pela multidisciplinaridade e expressão na instituição. No passado, mas também para o futuro a médio e longo prazo. “É um futuro que já existe”, afirmou João Claro, certo da mais-valia, para ambos os lados, do reforço da colaboração com a Marinha Portuguesa.
Recorde-se que, em 2011, o INESC TEC e a Marinha assinaram um acordo de parceria para o desenvolvimento de sistemas marítimos autónomos que podem prestar apoio a atividades de busca e salvamento em caso de catástrofe.
Vladimiro Miranda, Diretor Associado do INESC TEC, integra, desde 2015, o Conselho Científico dos Laboratórios de Defesa Biológica e Química do Exército, e fez uma pequena "viagem" pelas principais áreas de atuação do INESC TEC, identificando algumas características que têm levado a instituição à excelência, e que podem representar um bom exemplo a seguir: “imaginação, flexibilidade e coragem para questionar a ordem natural das coisas”.
O Assessor do Almirante Chefe de Estado-Maior da Armada para a Inovação, Comandante Costa e Sousa, afirmou que a visita da Marinha Portuguesa ao INESC TEC e “tudo o que aqui estamos a aprender vale ouro”. “A ligação que vocês conseguem entre a Academia e as empresas é muito interessante e algo que queremos replicar à nossa escala”, disse o representante do Estado-Maior da Armada.
Estiveram presentes na sessão, além de Vladimiro Miranda, João Claro e o Comandante Costa e Sousa, o Comandante Anjinho Mourinha, Capitão de Fragata de Estado-Maior da Armada, e Victor Lobo, Diretor do Centro de Investigação Naval.
O INESC TEC fez-se representar, ainda, pelo coordenador do Centro de Robótica e Sistemas Autónomos (CRAS), Eduardo Silva, Carlos Pinho, coordenador adjunto do CRAS e representante do Serviço de Apoio a Parcerias Empresariais (SAPE), além dos investigadores Nuno Cruz e José Carlos Alves.
Da teoria à prática, a comitiva seguiu para o Centro de Fotónica Aplicada (CAP), no polo da Faculdade de Ciências da UP, para ver de perto o trabalho realizado pelos investigadores do INESC TEC na área das tecnologias de sensores, e dali para o CRAS, no polo do ISEP, para conhecer o laboratório e diversos equipamentos e soluções.
No final, foi ainda discutida a participação do INESC TEC no Rapid Environmental Picture (REP), um exercício anual para teste, avaliação e validação dos veículos autónomos não-tripulados em rede em ambientes operacionais definidos de acordo com as especificações da Marinha Portuguesa.
Para Vladimiro Miranda, um dos principais resultados deste encontro é o constatar da “convergência das competências e capacidades do INESC TEC com as necessidades da Marinha nos temas dos sistemas robóticos autónomos”, mas também num “quadro de cooperação alargado”.
Os investigadores mencionados na notícia têm vínculo ao INESC TEC, à UP-FEUP e ao P.Porto-ISEP.