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"... a evolução tecnológica fez com que muito do trabalho desenvolvido pelos INESC TECianos nos leve a passar horas a fio sentados.", Catarina Carvalho (C-BER)

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Pensar Sério

Os INESC TECianos e os problemas de costas…

por Catarina Carvalho¨

 

Olá a todos, o meu nome é Catarina Brito Carvalho e trabalho no C-BER há um ano e uns meses. Um dos meus objetivos de vida (ou mania talvez), é o de ser tão saudável quanto possível.

Venho através desta crónica (acho que lhe posso chamar assim) falar-vos de um problema de saúde que penso afetar alguns dos INESC TECianos. Este é um dos problemas de saúde mais vulgarmente desvalorizadas, conhecido por Dor de Costas

Infelizmente (ou felizmente*), a evolução tecnológica fez com que muito do trabalho desenvolvido pelos INESC TECianos nos leve a passar horas a fio sentados. A rotina de um INESC TECiano é composta maioritariamente pelos seguintes tipos de deslocações: 1) deslocar-se para a secretária e sentar para trabalhar; 2) deslocar-se para ir tomar café e sentar; 3) deslocar-se para ir almoçar e sentar; 4) deslocar-se para lanchar e sentar (estando este tipo de “deslocações” dependente do grupo/centro/cluster). Para agravar a situação, muitos de nós faz o percurso casa-trabalho utilizando transportes públicos (sentado) ou o seu carro (sentado naturalmente**).

Como conseguem perceber nesta descrição não muito interessante e que roça o aborrecido, das 8h de trabalho (ou mais) que passamos no INESC TEC, talvez 6/6:30h sejam passadas sentadas. Adicionando a este número os períodos de deslocação, passamos talvez 7h sentados (na melhor das hipóteses). Claro que todos nós gostamos de relaxar e descontrair depois de um dia de trabalho por isso, quando chegamos a casa, o que fazemos e que nos sabe tão bem é passar mais umas horas sentados no sofá a ver televisão.

Resumidamente, os níveis de sedentarismo associados ao nosso tipo de trabalho, agravados por longos períodos de sedentarismo no tempo-livre, podem ser responsáveis pelo desenvolvimento de vários problemas de saúde, tais como doenças cardiovasculares, diabetes tipo II e cancro [1-4]. Para além destas consequências, um dos problemas associados ao elevado sedentarismo é a tal “dor de costas”, “lombalgia”, ou como eu gosto de chamar à minha, “inflamação dos piriformes” :).

Este tipo de patologia acontece porque, ao estarmos sentados, descontraímos os músculos das costas e os músculos abdominais, o que nos faz adquirir uma posição curvada. A lordose (curvatura fisiológica da coluna vertebral) que devíamos manter o dia inteiro (ombros para trás, peito para a frente e barriga para dentro), fica desta forma completamente “destruída”. No fim, passámos o dia a contrair músculos que não devíamos, levando a inflamações e dor em determinadas regiões das costas.

As tais dores de costas tendem a piorar com o tempo e é preciso dizer “BASTA” e depressa. Uma das atitudes mais saudáveis a tomar é aumentar os nossos níveis de atividade física. Este aumento de atividade física pode envolver, entre outros, caminhadas (como a iniciativa INESC TEC on foot), jogar futebol, nadar (que todos os ortopedistas recomendam), correr (a FEUP + FCUP têm um bom percurso de corrida) ou fazer ginásio. Felizmente temos perto de nós 3 ginásios bons (e baratos) que nos permitem ter acesso a aulas de grupo, musculação e/ou aulas com personal trainer. Estes estão normalmente abertos das 7h às 21h ou 23h e a sua proximidade e flexibilidade de horários faz com que seja bastante fácil passar pelo ginásio antes ou depois do trabalho.

Claro que quando forem para o ginásio, ao fim de muito tempo de sedentarismo, vão sair de lá pior do que entraram ;). Mas não se preocupem, depois de uns dias com dificuldades em andar, vão ver que as vossas costas vos vão agradecer e toda a vossa condição física, disposição e energia melhorará significativamente.

Espero ter despertado “o bichinho” do exercício em algum de vós e estou disponível para qualquer discussão acerca desta crónica.

 

* Quem quereria andar a ceifar com 40º à sombra no Alentejo?

** Aqui está uma ideia interessante. Seria possível desenvolver um carro para pessoas que estejam de pé em vez de sentadas? Talvez este trabalho tivesse mérito para um Prémio Nobel ;).

 

¨ colaboradora do C-BER - Centro de Investigação em Engenharia Biomédica    

 

 ___________

[1] Kim, Y., Wilkens, L. R., Park, S.-Y., Goodman, M. T., Monroe, K. R., & Kolonel, L. N. (2013). Association between various sedentary behaviours and all-cause, cardiovascular disease and cancer mortality: the Multiethnic Cohort Study. International Journal of Epidemiology, 42(4), 1040–1056. https://doi.org/10.1093/ije/dyt108

[2] Ekelund, U., Steene-Johannessen, J., Brown, W. J., Fagerland, M. W., Owen, N., Powell, K. E., … Lancet Sedentary Behaviour Working Group. (2016). Does physical activity attenuate, or even eliminate, the detrimental association of sitting time with mortality? A harmonised meta-analysis of data from more than 1 million men and women. The Lancet, 388(10051), 1302–1310. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(16)30370-1

[3] Warren, T. Y., Barry, V., Hooker, S. P., Sui, X., Church, T. S., & Blair, S. N. (2010). Sedentary behaviors increase risk of cardiovascular disease mortality in men. Medicine and Science in Sports and Exercise, 42(5), 879–885. https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e3181c3aa7e

[4] van der Ploeg, H. P., Chey, T., Korda, R. J., Banks, E., & Bauman, A. (2012). Sitting Time and All-Cause Mortality Risk in 222 497 Australian Adults. Archives of Internal Medicine, 172(6), 494. https://doi.org/10.1001/archinternmed.2011.2174