Fora de Série

TÂNIA LEANDRO

1. É o membro mais jovem da equipa de Controlo de Gestão do DIL. Esperava ser nomeada “Fora de Série”?

Por muito que queira, não vou conseguir escapar ao cliché “não estava nada à espera”, mas é o que corresponde à realidade. Aliás, quando a Teresa (minha partner neste Fora de Série) me disse para ir ver a minha caixa de e-mail, eu estava à espera de tudo menos desta nomeação.

2. Entrou em 2007 como estagiária e agora já é contratada. Como tem sido a experiência de colaborar no INESC Porto?

Colaborar com uma instituição como o INESC Porto é realmente uma experiência muito enriquecedora e gratificante a nível profissional, dada a diversidade de actividades que tenho de executar e a necessidade constante de ultrapassar novos desafios. Permite-me, assim, estar em evolução contínua, contornando a monotonia que é muitas vezes associada aos serviços administrativos.

3. Numa instituição onde a maioria dos colaboradores são homens, a equipa em que trabalha é exclusivamente constituída por mulheres. Considera isto uma vantagem ou uma desvantagem?

Dada a natureza intrínseca das tarefas que tenho de executar é, a meu ver, uma vantagem trabalhar maioritariamente com mulheres, pois normalmente estas têm uma maior capacidade de planeamento e gestão, características imprescindíveis à boa execução das actividades. Aproveito, assim, esta ocasião para dar uma palavra de apreço à equipa do DIL em geral e à de Controlo de Gestão em particular.

4. Esta distinção decorre da sua prestação na elaboração da candidatura ao programa ON2 do QREN do projecto para a construção do novo edifício do INESC Porto. Quais foram os principais desafios deste projecto?

Os principais desafios desta candidatura assentaram essencialmente na dimensão do projecto, uma vez que para apresentar um projecto desta natureza foi necessário realizar um esforço em várias frentes; no formulário que não era particularmente acessível e, por último, na escassez de tempo que também se fez sentir.

5. É a primeira vez que temos um “Fora de Série” duplo! Como foi trabalhar com a Teresa no âmbito de um projecto com uma dimensão destas?

Na minha opinião, este deveria ser um “Fora de Série” múltiplo pois a candidatura contou com o esforço de uma vasta equipa, que não teve mãos a medir para que esta fosse submetida com sucesso a tempo e horas.

6. Quem é o seu maior exemplo dentro do INESC Porto?

Seria injusto nomear uma só pessoa, pelo que vou abster-me de responder.

7. Terminaremos este questionário, pedido que comente a seguinte citação de Graça Barbosa, responsável do DIL, e que a nomeou para esta distinção.

Venho propor a nomeação, não de uma, mas de duas pessoas, pelo mesmo motivo (pelo que não posso nomear só uma delas; ou as duas, ou nenhuma).
São elas a Tânia Leandro e a Teresa Raposo Antunes, de resto já ambas anteriormente nomeadas por outros motivos. Esta nomeação pontual, relativa ao mês de Julho, justifica-se pela valiosa, empenhada e profissional contribuição (de resto, já reconhecida pela Direcção), para a elaboração da candidatura ao programa ON2 do QREN do projecto para a construção do novo edifício do INESC Porto. Tanto a Tânia como a Teresa, cada uma na sua área de competência, fizeram grande parte do trabalho de base que uma grande candidatura implica e que, como é costume, se concentrou nos últimos dias do prazo. É de destacar o profissionalismo e a autonomia, bem como a capacidade de formar uma boa equipa, que ambas revelaram, não obstante serem dos elementos mais jovens do DIL.

É impossível deixar de sentir uma pitada de brio quando recebemos elogios das pessoas que trabalham connosco. Contudo, aproveito para dizer que não é somente mérito meu e da Teresa, mas sim de uma vasta equipa de colaboradores que contribui diariamente para que os serviços administrativos do INESC Porto consigam ultrapassar os obstáculos burocráticos que muitas vezes se atravessam na actividade de Investigação. Este “Fora de Série” tem, assim, um sabor especial pois simboliza o reconhecimento da importância dos Serviços Administrativos, que juntamente com os colabores da área da Investigação contribuem para engrandecer e fortalecer a imagem do INESC Porto enquanto Instituição de I&D.

TERESA ANTUNES 

1. Contratada desde Fevereiro, é a “Fora de Série” de Julho! Como vê estas sucessivas provas de reconhecimento do INESC Porto?

Ver o nosso trabalhado reconhecido, seja porque meio for, é sempre muito bom. Embora tenha sido “contratada” em Fevereiro de 2009, a verdade é que estou no INESC Porto há pouco mais de um ano (desde Junho de 2008) e, felizmente, tenho sentido que o meu trabalho é reconhecido. Ultrapassado o choque inicial, é sempre agradável ser agraciado com um Oscar® made in INESC Porto!

2. Lembra-se da primeira vez que ouviu falar do INESC Porto? Como surgiu a oportunidade de trabalhar cá?

A primeira vez que vi o nome INESC Porto foi num domínio de um e-mail enviado pela Graça Barbosa aos colegas do curso de Alemão do qual eu fazia parte. Na altura “googlei” o INESC Porto e fiquei com uma ideia daquilo de que se tratava de uma instituição que trabalhava na área da engenharia informática e das novas tecnologias. A oportunidade surgiu mais tarde e por mero acaso, numa conversa com a Graça Barbosa que comentou que, dado a avalanche de trabalho que viria com o CCP (Código dos Contratos Públicos), possivelmente precisariam de mais um jurista. Enviei o meu CV e aqui estou eu...

3. Uma jurista num mundo de engenheiros… Quais são os maiores desafios que uma jurista enfrenta quando trabalha numa instituição com as características do INESC Porto?

O maior desafio que coloca uma instituição com as características do INESC Porto a um jurista é a necessidade de trabalhar em áreas do Direito que são novas, complexas, para as quais não somos preparados na faculdade e que exigem um conjunto de conhecimentos muito especializado – refiro-me, por exemplo, às questões ligadas às tecnologias de informação ou à propriedade intelectual e industrial. Por outro lado, o Direito exige um nível de rigor e precisão de conceitos que é por vezes difícil de conseguir quando os conceitos em causa pertencem a áreas de conhecimento que não dominamos.
Quanto a ser jurista num mundo de engenheiros... é uma das várias maneiras de ganhar o Céu!  ;) .

4. Esta distinção decorre da sua prestação na elaboração da candidatura ao programa ON2 do QREN do projecto para a construção do novo edifício do INESC Porto. É o projecto de que mais se orgulha em ter participado desde que integrou o INESC Porto?

É com certeza um projecto do qual me orgulho! O “Centro de Saber para a Energia Sustentável”, para além de ser um projecto de dimensão considerável, será um marco na sua área e não podemos deixar de sentir um certa “vaidade” em também ter contribuído para a sua criação.

5. Para além da Teresa e da Tânia, se pudesse destacar outro elemento que tenha sido chave para o sucesso deste projecto, quem seria?

Penso que a Tânia concordará comigo se disser que este projecto, dada a sua dimensão e complexidade, contou com o esforço e colaboração de um conjunto de pessoas das mais diversas áreas para que tudo corresse bem e estivesse concluído em tempo! Embora possa parecer um lugar-comum, o facto é que seria injusto destacar uma só pessoa na medida em que o contributo de todos os envolvidos foi essencial. Não posso contudo, deixar de referir que foi a Tânia quem, para além de todo o trabalho de preparação, lutou com um formulário demoníaco e quase sofreu uma síncope no momento da submissão da candidatura…

6. Quem é o seu maior exemplo dentro do INESC Porto? 

I’ll take a rain check. Mais uma vez, seria injusto destacar alguém…

7. Terminaremos este questionário, pedido que comente a citação de Graça Barbosa, responsável do DIL, e que a nomeou para esta distinção.

É difícil não nos sentirmos honrados com uma prova de reconhecimento vinda de alguém com quem trabalhamos de perto. No que a mim diz respeito, e sem desmerecer outras opiniões, a opinião da Graça Barbosa tem um peso diferente já que é a única pessoa no INESC Porto que tem a mesma formação que eu e que, portanto, poderá avaliar o meu trabalho também de uma perspectiva técnica e não só de eficácia de resultados.
Claro que, como a Graça também disse, quando se consegue formar um boa equipa, tudo corre muito melhor. Foi isso que aconteceu: uma “parceria” mais directa com a Tânia, do que com os restantes, que correu sobre rodas (alimentadas por energias renováveis e não poluentes, claro!).
Correndo o risco de ser repetitiva, volto a dizer que foi um esforço de equipa e, desse modo, penso que se trata também de reconhecer todo o trabalho de bastidores que é levado a cabo pelos serviços diariamente e que, pela sua natureza, não é tão público ou identificável.