Comemoração dos 25 anos do INESC Porto – Especial ROBIS
O BIP associa-se às comemorações dos 25 Anos do INESC no Porto. Como tal, a rubrica “Especial” vai, ao longo dos próximos meses, visitar cada unidade de I&D e grupo que integra o instituto. Mais do que um “regresso ao passado”, pretende-se dar a conhecer o momento actual do INESC Porto LA no ano em que se celebram os 25 anos do INESC no Porto, bem como as grandes metas e desafios que se colocam para o próximo quarto de século da instituição.
Um passado recente
Tudo começou em 1998, com as primeiras actividades registadas de Futebol Robótico. Desde essa altura, as acções daquele que viria a ser o grupo Robótica e Sistemas Inteligentes (ROBIS) do INESC Porto têm sido constantes e o percurso tem sido, segundo António Paulo Moreira, coordenador do grupo, ”muito natural com um forte crescimento de actividade, desde que integrámos o INESC Porto”.
O ROBIS nasceu em 2009, como fruto da colaboração entre diferentes docentes e investigadores do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) que desenvolviam as suas actividades de investigação na área da Robótica e Sistemas de Controlo Inteligentes. Inicialmente o grupo estava um pouco dividido entre a Robótica terrestre (veículos terrestres autónomos e manipuladores) e a Robótica “aquática” (barcos autónomos e submarinos autónomos). Actualmente existe uma maior união e cooperação entre os investigadores do grupo.
Os três marcos da ROBIS
Apesar de recente, a história do ROBIS conta já com importantes projectos. Para o coordenador do grupo, existem três com especial destaque: o projecto Environmental Assessment and Modeling of Wastewater Discharges using Autonomous Underwater Vehicles Bio-optical Observations (WWECO), o projecto Sistema para o Incremento da Inteligência Artificial em Robótica Industrial (SIIARI) e o já tão conhecido Robot Vigilante (ROBVIGIL).
O objectivo principal do WWECO é desenvolver métodos que permitam melhorar as capacidades de avaliação de impacto ambiental de exutores submarinos e de modelização tirando vantagem dos recentes desenvolvimentos na instrumentação bio-óptica e da capacidade de recolha de dados adaptativos dos Veículos Submarinos Autónomos, em escalas espaciais e temporais relevantes. O SIIARI é um projecto que traz benefícios imediatos para os promotores e para a indústria em geral, tais como o aumento da produtividade e competitividade, aumento da capacidade produtiva instalada e das vendas, e a capacidade para oferecer novas soluções a clientes, através do desenvolvimento de um sistema robotizado inteligente capaz de adquirir de forma rápida e intuitiva o know-how acumulado por técnicos especializados ao longo de vários anos. Por seu turno, o ROBVIGIL vai permitir aplicar os robots numa nova área, a vigilância.
O balanço de um quarto de século
António Paulo Moreira conhece o INESC desde a sua fundação no Porto e fez parte da instituição logo do início. Depois de um período afastado, voltou para acompanhar de perto a actividade do INESC Porto, tendo acabado por reintegrar a instituição em 2009 como coordenador do ROBIS.
Nas palavras do coordenador, “nestes 25 anos o INESC Porto contribuiu para a mudança, para melhor, do ensino e da investigação no ensino superior e da forma como se efectua a transferência de tecnologia para o mundo exterior”. “Penso que temos agora um INESC Porto cada vez mais organizado e profissional e com uma postura que permitirá a evolução da carreira de investigação e de um melhor aproveitamento da potencial de I&D e Inovação existentes em Portugal com aplicações nacionais e internacionais”, acrescenta o coordenador que vê o acolhimento de empresas spin-off no INESC Porto como um “sinal muito positivo”.
Um grupo onde reside a confiança e o bom relacionamento
“A confiança e o bom relacionamento que existem entre a generalidade dos elementos do grupo, juntamente com uma admirável base científica, associada a uma capacidade de implementação e desenvolvimento de tecnologias próprias,” são para António Paulo Moreira os ingredientes que compõem a força actual do ROBIS. Estas qualidades, segundo o coordenador, “raramente estão associadas e são na verdade um ponto forte do grupo”.
O coordenador aproveitou para referir as mais-valias do ROBIS enquanto grupo: a “juventude e a estabilidade que o caracterizam devido ao elevado número de estudantes de doutoramento admitidos e à sua elevada qualidade”. Além disso, destaca ainda o papel crucial de Aníbal Matos e Nuno Cruz pelo “excelente empenho na angariação e preparação de novos projectos muito interessantes, nomeadamente em parceria com instituições brasileiras”.
Um amanhã promissor
Quando questionado sobre o futuro do grupo, António Paulo Moreira não tem dúvidas de que será um “amanhã muito promissor”. “O nosso objectivo é sermos um grupo de referência, quer nacional quer internacional, no desenvolvimento de conhecimento, concepção e implementação de soluções inovadoras nos domínios da robótica terrestre, robótica aquática, robótica industrial e dos sistemas inteligentes”, salienta o coordenador.
Os principais desafios num futuro recente passam por “concluir com elevado sucesso os projectos importantes que se estão a iniciar neste momento” e potenciar “a visibilidade internacional, quer através de nossos parceiros, quer aumentando o nosso número de publicações em revistas internacionais”, remata António Paulo Moreira.
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