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Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - Testemunho da Micro I/O – Serviços de Electrónica, Lda, pela voz de Paulo Bartolomeu.

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"Nos dias maus, tenho a sensação que somos [Secretariado] infantaria em plena guerra de trincheiras. Nos dias bons, somos o rosto visível do sucesso da unidade." Pedro Almeida (LIAAD)

A Vós a Razão

"(...) o INESC TEC incorpora muitas mais áreas de atuação e parece-me que a sua crescente colaboração deve ser perseguida no futuro", Luís Pessoa (UTM)

Asneira Livre

"O fabuloso mundo da UESP é, de facto, um espaço onde as pessoas partilham as suas experiências profissionais, as vitórias dos seus projetos e os novos métodos que aprenderam", Maria Almeida (UESP)

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Sabe a diferença entre uma mini e uma meia de leite? E entre um copo de vinho e um pingo?

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Asneira Livre

Desenganem-se: as pessoas ao vosso lado vão moldar-vos para todo o sempre!

Por Maria Almeida*

A aprendizagem organizacional resulta normalmente da partilha de dois tipos de conhecimento. O primeiro é o conhecimento explícito, codificado, que se encontra sedimentado e escrito nos documentos que produzimos e lemos diariamente e que nos transmitem algum tipo de informação de uma forma “física”. Por outro lado, temos o conhecimento dito tácito, que não está escrito nem sedimentado, a não ser unicamente na mente das pessoas, e que só pode ser partilhado de uma forma “social”.

Este tipo de conhecimento é-nos intrínseco e agrega o conjunto de crenças, opiniões, paradigmas, exemplos e pontos de vista que moldam a nossa postura social e maneira de ser, bem como outras componentes mais “técnicas”, como é o caso do know-how e skills que aplicamos num determinado contexto e que resultam da nossa experiência mais profissional.

A partilha deste tipo de conhecimento é difícil e dá-se somente através de mecanismos conhecidos como de “personalização” (personalization knowledge-sharing mechanisms): o contacto cara-a-cara em reuniões mais ou menos formais, ou uma simples conversa de café ou de almoço entre os nossos co-workers, que nos permite conhecer as suas formas de pensar e postura no mundo, debater ideias, partilhar histórias e vivências que inevitavelmente nos fazem refletir e que acabam por se intrincar na nossa conduta social e profissional. Desenganem-se: as pessoas ao vosso lado vão moldar-vos para todo o sempre!! (e já dizia a frase: “You are the average of the five people you spend the most time with. Choose them wisely!”)

Devaneios motivacionais à parte (sintoma de quem tem uma dissertação de mestrado a ocupar-lhe demasiado tempo livre…), desde o início da minha experiência aqui no INESC TEC, que senti que este era um sítio com uma agradável cultura de aprendizagem, na medida em que os seus elementos procuram sempre inovar-se e estar a par dos projetos que decorrem e do que as pessoas da mesa ao lado vão fazendo. Tratando-se de uma organização tão orientada a projetos, a partilha de conhecimento entre os seu membros é crucial, para que o mesmo não fique retido e estagnado no projeto e no pequeno grupo de pessoas que o executaram, mas sim que se propague e passe a fazer parte da cultura organizacional da instituição e das suas competências internas. Considero um privilégio poder fazer parte deste processo de aprendizagem e partilha, na medida em que me vejo como uma pessoa curiosa por natureza e sempre disposta a conhecer coisas diferentes ou desconhecidas.

O fabuloso mundo da UESP é, de facto, um espaço onde as pessoas partilham as suas experiências profissionais, as vitórias dos seus projetos e os novos métodos que aprenderam. Como habitante do piso 1 da UESP, faz já 19 mesinhos (que devo dizer terem passado a correr). Sem dúvida que sinto que evoluí como profissional, como estudante e como pessoa, naquilo que molda sobretudo a forma como me relaciono com os outros, e cujos mais diretos responsáveis (culpados!) são as pessoas que trabalham comigo mais de perto. Sem dúvida que vocês me transformaram numa pessoa ainda mais curiosa, arrojada, ponderada e também paciente!!

Mas o piso da UESP também tem a sua própria realidade paralela… que também nos preenche a mente de outro tipo de vivências e curiosidades. No mini-espaço da máquina de café cabe sempre mais um ou dois, com alguns resmungos pelo meio e umas cotoveladas (mansinhas!). Trocam-se receitas e segredos culinários mais ou menos internacionais entre os mais expeditos destas andanças, ou tenta-se subornar o fiel detentor do código do elevador, esse segredo precioso para os mais alérgicos a uma subida pelas escadas. Um chazinho a meio da tarde serve de desculpa para um encontro mais fortuito em línguas diversas sobre política ou a chuva que não para de cair lá fora. E sai mais um café quentinho. Nas horas mais tardias umas colunas intrépidas emanam jazz pelos corredores já vazios, mas atentos àquela melodia bizarra. E amanhã é outro dia.

E é este o fabuloso mundo do piso da UESP que, também esta sua faceta mais indelével e humanizada, nos faz querer andar por cá mais umas temporadas!

*Colaboradora da Unidade de Engenharia de Sistemas de Produção (UESP)