Cadê Você?

O INESC TEC lança todos os meses no mercado pessoas altamente qualificadas. Muitas vezes, essas pessoas vão ocupar lugares de destaque nas melhores empresas nacionais e internacionais ou optam por formar spin-offs. Como a melhor forma de transferir tecnologia é transferir pessoas, nesta secção a voz é dada aos colaboradores que se formaram no INESC TEC e agora brilham noutras empresas e instituições.

António Almeida, Karlsruhe Institute of Technology (KIT), Investigador

• Ano em que entrou e saiu do INESC Porto: 2004
• Unidade(s) do INESC Porto com que colaborou: Unidade de Optoeletrónica e Sistemas Eletrónicos (UOSE)
• Título(s) do(s) projeto(s) em que participou: IP over WDM – Wavelength Conversion in Optical Networks (Projeto de fim de curso)

Testemunho relativo a sua experiência desde a sua saída do INESC TEC

Após a minha saída do INESC Porto, exerci funções de Software Developer ao abrigo do programa "Estágio de Formação de Engenheiros" da FCT-AdI (Fundação para a Ciência e Tecnologica - Agência de Inovação), no CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear).

Aí, tive a oportunidade de trabalhar, em ambiente internacional, em dois grupos distintos. Fui responsável pelo desenvolvimento de aplicações em clusters de computadores, bem como de middleware para a Computing Grid do CERN.

De seguida, dado o meu interesse pela ciência e, em especial, pela informática, resolvi empenhar-me na elaboração de uma tese de doutoramento. Assim sendo, encontro-me atualmente no Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (KIT), uma instituição alemã que surgiu, em 2009, da fusão da antiga Universidade de Karlsruhe com o antigo Centro de Investigação de Karlsruhe (Forschungszentrum Karlsruhe) e que tem competências em áreas muito diversas, desde a informática, fotónica, processos industriais, biológicos e químicos, até à pesquisa nuclear.

Trabalho no Instituto de Criptografia e Segurança (IKS) onde desenvolvo, no âmbito do meu projeto de doutoramento, um tema relacionado com Segurança (Informática) na Camada Física, procurando desenvolver métodos para a geração de chaves criptográficas secretas, usando propriedades do meio físico envolvente.

Tenho tido também várias responsabilidades letivas. Sou atualmente responsável pela disciplina de Master "Ataques de canais auxiliares em Criptografia", que combina conceitos de informática com conhecimentos relacionados com engenharia eletrotécnica.

Na sua opinião como é que a sua experiência no INESC TEC ajudou no novo papel?

Apesar de ter vindo a exercer a minha atividade profissional em áreas distintas daquela em que me empenhei enquanto estive no INESC Porto, várias são as características transversais a todas essas áreas de que ainda hoje me sirvo e que tento sempre melhorar.

Destaco o contacto com a rotina da ciência e com o método científico, a curiosidade e a vontade de querer melhorar, que são qualidades que desenvolvi no INESC Porto.

Na sua opinião, o INESC TEC mudou em quais aspectos desde a sua saída?

Embora presentemente não tenha um contacto contínuo com o INESC Porto (senão através da leitura atenta do BIP), parece-me que tem sido feito um esforço claro no sentido de melhorar e dinamizar a sua comunicação, estabelecendo pontes de ligação com as diversas partes interessadas em I&D (como Universidades, Indústria, colaboradores presentes e passados e entidades estrangeiras).

O BIP é, desta forma, um instrumento exemplar dessa comunicação e um testemunho desse esforço.