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Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - Testemunho da ANARIC - Indústria de Estofos, Lda, pela voz de Ana Carvalho.

Fora de Série

"Tanto a Tânia como a Teresa, cada uma na sua área de competência, fizeram grande parte do trabalho de base que uma grande candidatura implica e que, como é costume, se concentrou nos últimos dias do prazo." Graça Barbosa

A Vós a Razão

"(...) I was positively surprised by what Portugal was doing in terms of research and innovation. I discovered in Porto that it is possible to achieve excellent results in a “stressless” way, in an environment where human relations are fostered.", Jean Akilimali

Asneira Livre

"Meu primo já dizia que, após alguns meses, a “curta” viagem de 45 minutos tornar-se-ia um desafio diário. Foi difícil de acreditar, só que hoje já compartilho, em parte, de seu ponto de vista", Daniel Delgado

Galeria do Insólito

Este Insólito é o mais extenso de sempre, mas vale MESMO a pena. Garantia da Redacção.

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC Porto...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC Porto, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

 

INESC PORTO AJUDA A PREPARAR EUROPA PARA A MASSIFICAÇÃO DO CARRO ELÉCTRICO

Em Portugal os carros eléctricos serão mais amigos do ambiente

O INESC Porto é o líder científico do projecto MERGE (Mobile Energy Resoures for Grids of Electricity) - o maior projecto de investigação com financiamento da EU que vai preparar o sistema eléctrico europeu para a massificação da utilização de veículos automóveis eléctricos. O objectivo deste projecto, orçamentado em 4,5 milhões de euros, consiste em encontrar soluções que minimizem a necessidade de reforço de infra-estruturas das redes eléctricas e dos sistemas electroprodutores, de modo a evitar sobrecustos que teriam que ser suportados pelos utilizadores dos veículos eléctricos.

O consórcio do projecto MERGE, o maior projecto de investigação europeu do 7º Programa-Quadro (2007-2013) destinado a avaliar o impacto no sistema eléctrico de uma utilização em larga escala de veículos eléctricos na Europa, envolve 16 empresas e instituições de IDT europeias (entre as quais está o INESC Porto através da USE - Unidade de Sistemas de Energia) e o MIT (EUA). Neste projecto participa também a REN – Redes Energéticas Nacionais.

Foto Destaque 02

O futuro é agora

E se amanhã, em vez de encher o depósito do carro com gasolina ou gasóleo, carregasse a bateria directamente na sua garagem? Parece um cenário improvável, mas a necessidade de reduzir as emissões dos gases poluentes e a futura escassez de petróleo devem conduzir à massificação da utilização de veículos eléctricos. 
Esta nova realidade implica a emergência de três novos modelos de negócio no mercado energético: substituição rápida /carregamento rápido de baterias (em estações de serviço especiais que terão que ser entretanto criadas para servir os novos veículos eléctricos) e carregamento lento de baterias (em parques públicos, privados ou mesmo nas casa do cidadão comum).
A viabilidade deste novo paradigma de mobilidade assenta no carregamento nocturno das baterias, por corresponder aos períodos em que a rede eléctrica está menos carregada, e de preferência quando existir também disponibilidade de recursos energéticos renováveis para a produção de electricidade. Enquanto líder científico do projecto MERGE, o INESC Porto vai contribuir para a construção de um sistema “inteligente” que adapte os carregamentos das baterias dos veículos eléctricos à disponibilidade dos recursos energéticos e da infra-estrutura das redes eléctricas, tendo em conta as características dos sistemas eléctricos Europeus.

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Sustentável para o ambiente, para a rede energética e… para o bolso!

O congestionamento da rede e as dificuldades dos centros produtores em alimentarem os acréscimos de consumo de electricidade (que podem resultar da ligação dos veículos eléctricos à rede) constituem problemas técnicos, eventuais barreiras a esta mudança de paradigma. O anoitecer de um dia frio de Inverno é um exemplo de uma situação destas: na rua o sistema de iluminação pública é ligado mais cedo; em casa, luzes e aquecimento juntam-se ao fogão, televisão, etc. Imagine que, por essa altura do dia, os condutores dos veículos eléctricos ao retornarem do trabalho para casa, ligam o carro à tomada para carregar as baterias das viaturas. A simultaneidade destes consumos provoca uma situação em que o sistema não é capaz de dar resposta à totalidade das necessidades do consumo de electricidade.
São exactamente estas situações que o projecto MERGE pretende resolver, ao mesmo tempo que se propõe viabilizar economicamente a implementação da infra-estrutura que permite o abastecimento em electricidade dos veículos eléctricos na Europa. Uma das linhas orientadoras do projecto em que o INESC Porto participa consiste em minimizar a necessidade de investimento no reforço das infra-estruturas da rede eléctrica existente, bem como do parque produtor de energia eléctrica. Evitam-se, desta forma, também um conjunto de sobrecustos que acabariam por ter que ser suportados pelos utilizadores dos veículos eléctricos. Maximizar a utilização de energias renováveis para o carregamento das baterias dos veículos eléctricos é outro dos objectivos do MERGE.

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Portugal está na linha da frente da Europa

O sistema electroprodutor português, pela presença de uma forte componente renovável, pode assegurar a produção de mais electricidade a partir de fontes de energia “verdes”. Assim, em Portugal os veículos eléctricos podem ser mais amigos do ambiente do que em outros países, nomeadamente na Europa Central (fortemente dependente de combustíveis fósseis para a produção de electricidade). Estima-se que em 2025 a potência eólica instalada em Portugal possa atingir os 9000 MW (actualmente esta potência já ultrapassa os 3000 MW).

João Peças Lopes, Director do INESC Porto e orientador estratégico da USE, é o líder deste projecto, que conta com a participação de Luís Miguel Seca, Joel Soares, Carlos Moreira e Pedro Almeida (todos investigadores da USE).