Especial CRACS
Especial cracs
O BIP associa-se às comemorações dos 25 Anos do INESC no Porto. Como tal, a rubrica “Especial” vai, ao longo dos próximos meses, visitar cada unidade de I&D e grupo que integra o instituto. Mais do que um “regresso ao passado”, pretende dar-se a conhecer o momento actual do INESC Porto LA no ano em que se celebram os 25 anos do INESC no Porto, bem como as grandes metas e desafios que se colocam para o próximo quarto de século da instituição.
O resultado da vontade de criação de uma unidade de excelência
O Centro de Investigação em Sistemas Computacionais Avançados (CRACS) nasceu da motivação de se criar uma unidade de excelência científica com impacto internacional, visando áreas de aplicação com elevada exigência computacional onde novas linguagens e modelos computacionais escaláveis são fundamentais. Criado em Junho de 2007, o CRACS nasce a partir da proposta de uma nova unidade I&D à Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), liderada por Fernando Silva, desde então coordenador do grupo. Até esse momento, o CRACS contava com a colaboração de oito doutorados, todos membros do Departamento de Ciência de Computadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), e 10 alunos de doutoramento.
Actualmente a equipa do grupo é constituída por 10 doutorados, como membros efectivos e cerca de outros 50 colaboradores, dos quais 18 são alunos de doutoramento e 20 alunos de mestrado. De acordo com Fernando Silva, nos últimos três anos, o grupo “foi relativamente bem sucedido na obtenção de financiamento através de concursos competitivos, nomeadamente em seis projectos FCT nos quais foi líder e quatro como participante”. O CRACS esteve ainda envolvido em dois projectos europeus, e três projectos QREN, “totalizando um financiamento superior a um milhão de euros”, afirma o coordenador.
A ligação ao INESC Porto
A ligação do CRACS ao INESC Porto é relativamente recente. Desde a sua formação, o CRACS aderiu ao Laboratório Associado do INESC Porto como unidade autónoma. Foi a “excelente infra-estrutura de apoio que o INESC Porto coloca ao dispor das suas unidades, a sua enorme experiência em projectos com a indústria e o potencial de sinergias que possibilita” que levou, segundo o coordenador, a essa decisão. Por outro lado, a adesão do CRACS, assim como do Laboratório de Inteligência Artificial e Apoio à Decisão (LIAAD), aumentou a massa crítica no INESC Porto na área de informática, “contribuindo para elevar a investigação nesta área para os níveis de excelência das demais áreas científicas da instituição”, salienta Fernando Silva.
“A nossa perspectiva do INESC Porto é que é uma instituição que tem conseguido agregar com sucesso diferentes áreas multidisciplinares, valorizando-as e permitindo o estabelecimento de sinergias que hoje constituem uma mais-valia muito relevante tanto a nível nacional como internacional”, refere o coordenador.
Os três marcos do grupo
Quando questionado sobre os projectos que mais marcaram o grupo, Fernando Silva, admite ser difícil falar em “projectos mais importantes num espaço de tempo curto de vida” como é o caso do CRACS, acrescentando que “todos os projectos recentes têm sido extremamente importantes já que têm desempenhado um papel catalisador da investigação, possibilitando a contratação de jovens investigadores que muito contribuem para potenciar e consolidar o trabalho de investigação no grupo”. Mesmo assim, atreve-se a destacar três projectos “pela relevância que desempenham ou podem desempenhar no grupo”: o Logic Environments with Advanced Parallelism (LEAP), o Breadcumbs e o Calculi and Languages for Sensor Networks (CALLAS), todos projectos FCT.
O LEAP é um projecto que “recupera uma área de excelência no grupo”, esclarece Fernando Silva,”visando a exploração eficiente de paralelismo nas novas arquitecturas de clusters de multicores”. O Breadcrumbs centra-se na recolha de fragmentos de notícias e na organização e agregação dos mesmos através dos leitores, bem como na demonstração de relações entre os leitores e na de relações entre notícias. Este é um projecto realizado no âmbito do programa UTAustin-Portugal. Por sua vez, o CALLAS visa o desenvolvimento de linguagens de programação para redes de sensores wireless. Aqui, as linguagens são desenhadas e implementadas de forma a garantir que os programas nelas desenvolvidos não apresentem uma classe de erros de execução.
Um futuro promissor
E porque são as pessoas que todos os dias contribuem para a excelência do INESC Porto e dos seus grupos de investigação, quisemos saber quem mais se destacou na recente história deste grupo que dedica a sua actividade às áreas de linguagens de programação, computação paralela e distribuída, data mining, sistemas inteligentes e arquitectura de software. Para Fernando Silva “a maioria dos membros do CRACS tem uma projecção internacional reconhecida, com inúmeros artigos publicados nas conferências de topo nas áreas em que trabalham”. Nos últimos três anos, “é de realçar o salto qualitativo evidenciado no trabalho de investigação desenvolvido por três dos membros do CRACS, nomeadamente Álvaro Figueira, José Paulo Leal e Manuel Eduardo Correia”, refere o coordenador que acrescenta ainda que “os projectos conseguidos, os alunos de pós-graduação que orientam, e as publicações conseguidas muito contribuem para a valorização e reconhecimento do CRACS”.
Os três primeiros anos de vida do CRACS traduzem-se no actual sucesso do grupo, quer do ponto de vista científico quer financeiro, “deixando antever que os anos mais próximos deverão permitir consolidar o grupo e, possivelmente, elevar para um patamar de excelência o reconhecimento pelos pares”, prevê Fernando Silva. O coordenador do grupo destaca que “o principal desafio é, na conjuntura actual, diversificar as fontes de financiamento, procurando incidir em projectos europeus, de modo manter a equipa de jovens investigadores pelo menos na dimensão actual”. No futuro, o grupo ambiciona atingir o patamar de excelência na próxima avaliação externa e aumentar o número de membros efectivos doutorados, sobretudo com membros formados pela unidade ou novos colaboradores com um forte enquadramento nas áreas científicas actuais da unidade. O CRACS revela-se, assim um exemplo de excelência da actividade do INESC Porto, a par de todas as unidades e grupos.
Choradinho da Memória
O Sole mioooo!!! Vou matar aquela mosca com o meu olhar!
Estamos na crista da onda do teletransporte!