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Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - Testemunho GESTO Energia S.A. (Grupo MARTIFER), pela voz de Carlos Matos Gueifão.

Fora de Série

"O INESC Porto abre imensas portas e proporciona imensas oportunidades a todos os seus colaboradores.(...)Acho que é um sítio fantástico para começar uma carreira." Ricardo André

A Vós a Razão

"O HASLab está a dar passos firmes no sentido de se integrar no INESC Porto como Unidade Associada. É uma estratégia importante para o laboratório, uma oportunidade para interagir com outras unidades, explorar complementaridades, encarar novos desafios...", José Nuno Oliveira

Asneira Livre

"Olá a todos! Quando fui convidado a escrever para a "Asneira Livre" passaram-me algumas coisas pela cabeça, nomeadamente histórias muito engraçadas... mas na verdade nenhuma que queira tornar pública... deixo à vossa imaginação!", Henrique Ormonde

Galeria do Insólito

Numa viagem à terra desconhecida, chamada Bruxelas, este português inesquiano, cansado da longa viagem, procurava apenas uma simples cama onde dormir. É caso para dizer: tem cuidado com o que desejas!

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC Porto...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC Porto, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

 

Fora de Série

Este espaço destina-se a prestar homenagem a um colaborador que mensalmente se distinga com especial relevo na sua atividade. A escolha final é da responsabilidade da Redação do BIP mas a colaboração das Coordenações de todas as Unidades é preciosa pois as sugestões e motivações são fundamentalmente da sua responsabilidade.

RICARDO ANDRÉ

1. Lembra-se da primeira vez que ouviu falar do INESC Porto? Como surgiu a oportunidade de colaborar na instituição?

Ouvi falar do INESC Porto pela primeira vez quando cheguei à Faculdade, mas apenas compreendi realmente o que era o INESC Porto quando comecei a minha bolsa. Nessa altura compreendi que o INESC Porto, em especial a UOSE (Unidade de Optoelectrónica e Sistemas Eletrónicos), era muito mais do que um Laboratório Associado, sendo, na realidade, uma comunidade de trabalho com um lado familiar e uma abertura extraordinária para com os novos colaboradores. A primeira oportunidade que tive de colaborar com a instituição surgiu no âmbito de uma bolsa de integração na investigação da FCT e, embora os meus conhecimentos fossem limitados visto apenas estar no segundo ano do curso, a UOSE acolheu-me de braços abertos e deu-me a conhecer o mundo da investigação científica.

2. A UOSE é a Unidade do INESC Porto Laboratório Associado (LA) com um maior índice de produção científica. Na sua opinião, a que se deve este sucesso científico?

A UOSE tem um sistema hierárquico muito horizontal. A relação fantástica entre todos os colaboradores, quer estes sejam professores ou jovens investigadores, gera um ambiente propício à investigação. Na UOSE juntam-se investigadores de diversas partes do mundo e, devido a esta diversidade de culturas e de percursos académicos, aparecem ideias novas todos os dias que, consequentemente, conduzem ao aumento da produtividade científica. A produção científica na UOSE não é forçada, mas decorre de um trabalho diário que, graças  ao empenho dos seus colaboradores, resulta em artigos de qualidade.

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3. O seu sonho passa por seguir uma carreira académica ou pretende tentar uma experiência profissional na indústria?

Já tentei responder a esta pergunta várias vezes, mas nunca me consegui decidir. Gostava, sem dúvida, de trabalhar numa empresa, mas acho que gosto demasiado do ambiente de investigação para abdicar dele completamente. No futuro, dependendo das oportunidades, logo se verá.

4.Quais são, na sua opinião, as principais mais-valias oferecidas pelo INESC Porto/UOSE a um investigador em início de carreira que opte por “arrancar” aqui?

Oportunidades. O INESC Porto abre imensas portas e proporciona imensas oportunidades a todos os seus colaboradores. Não me canso de referir o ambiente fantástico que existe no INESC Porto e na UOSE, o qual propicia a investigação científica. Acho que é um sítio fantástico para começar uma carreira.

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5. Que conselhos daria a um investigador em início de carreira?

Novamente oportunidades. É preciso agarrar todas as oportunidades que se apresentam. É preciso trabalhar arduamente e tentar dar sempre o nosso melhor para podermos chegar o mais longe possível. Outro conselho que deixo é o de respeitar aquilo que foi feito antes, mas questionar sempre se tem de ser assim e porquê. Fazer investigação é fazer algo novo e não podemos fazer algo novo se estivermos presos àquilo que já foi feito.

6. O Ricardo foi um dos investigadores envolvidos no projeto ESA-Fly Your Thesis, que foi desenvolvido em parceria com a European Space Agency (ESA). Qual foi o principal desafio de colaborar neste projeto?

Sabíamos, desde início, que seria difícil uma selecção logo na primeira fase, uma vez que o programa era direccionado para alunos no fim do mestrado ou já no doutoramento. Nós apenas estávamos a iniciar o segundo ano da licenciatura. Passada esta fase e as seguintes, fomos selecionados para realizar a nossa experiência de microgravidade na drop tower em Bremen. Creio que o principal desafio deste projeto foi, de facto, construir uma experiência de raiz de modo a satisfazer todos os requisitos impostos. Tivemos de idealizar uma montagem que satisfizesse todos os requisitos de segurança, dimensões, alimentação, etc., bem como que cumprisse os nossos objetivos, isto é, que fizesse aquilo que queríamos que fizesse. Foi, de facto, uma experiência extremamente enriquecedora.

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7. Mais recentemente, o Ricardo esteve igualmente envolvido da organização da conferência EWOFS’2010 (European Workshop on Optical Fibre Sensors), que foi organizada pelo INESC Porto/UOSE. Como descreveria esta experiência?

Foi uma experiência extraordinária. Como membro da organização (ajudante apenas) foi extremamente gratificante poder ajudar a minha Unidade a organizar este evento, que segundo muitos dos participantes, foi dos melhores a que alguma vez assistiram, senão o melhor. Como participante, foi fantástico poder apresentar o meu trabalho através de um poster e discuti-lo com os investigadores mais conceituados da área. Foi mais uma oportunidade única, pela qual tenho de agradecer à UOSE e ao INESC Porto.

8. Como surgiu a sua candidatura ao programa de Estímulo à Investigação da Fundação Calouste Gulbenkian?

No seguimento do trabalho desenvolvido durante a bolsa de integração na investigação, o Dr. Orlando Frazão propôs-me que nos candidatássemos ao programa de Estímulo à Investigação da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi, assim, esboçada e submetida a concurso uma proposta de trabalho para a produção de nanofios em fibra ótica.

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9. Como é que soube que tinha sido um dos vencedores daquele Prémio da Gulbenkian? Contava ser um dos contemplados?

Lembro-me que estava em casa e fui, por acaso, ao site da Fundação Calouste Gulbenkian. Lá, vi que tinha sido um dos vencedores do prémio. Fiquei extremamente surpreendido com o facto de ter sido escolhido. Não que duvidasse da qualidade da proposta, mas fiquei sobretudo surpreendido porque na área da física apenas seriam premiados dois candidatos.

10. Terminaremos este questionário, pedindo que comente a sua nomeação, a qual foi feita pela coordenação da UOSE.

A UOSE sugeriu ao Ricardo uma parceria para que ele pudesse submeter um projeto no programa de Estímulo à Investigação da Fundação Calouste Gulbenkian [que foi entregue no último mês de fevereiro]. O Ricardo foi, sem grande surpresa para nós, um dos contemplados com um prémio na área da Física das Nanoestruturas e suas Aplicações. (…) Não restam dúvidas quanto ao seu futuro promissor no mundo da ciência.

É com muito orgulho que recebo esta nomeação. Encaro-a como uma motivação para continuar a trabalhar cada vez mais e melhor. Só tenho que agradecer ao INESC Porto e em particular à UOSE pelas oportunidades que me deram. Não posso deixar de agradecer igualmente ao Departamento de Física da FCUP (Faculdade de Ciências da Universidade do Porto) e a todos os meus colegas, pois todos contribuíram para esta distinção.