Open Day Indústria e Inovação debate a transição para o mercado de trabalho
promover os trabalhos desenvolvidos pelo cluster foi um dos objetivos
O cluster Indústria e Inovação do INESC TEC organizou um Open Day, que decorreu no dia 24 de maio, dirigido essencialmente a estudantes de engenharia, com o objetivo de promover os trabalhos desenvolvidos pelo cluster e sensibilizar estes jovens para as vantagens da passagem pelo INESC TEC como primeiro contacto com a atividade de investigação e preparação para ingresso no mercado de trabalho.
O painel de oradores convidados para debater a transição dos jovens investigadores para o mercado de trabalho incluiu nomes como António Almeida (Farfetch), Roberto Silva (IKEA), Nuno Rodrigues e Justino Santos (OMRON) e Martingo Pato (Deltamatic). Além das suas próprias experiências de passagem pelas instituições de ensino e pelo INESC TEC, estes profissionais deram também a conhecer aquilo que os empregadores procuram no recrutamento de jovens engenheiros.
A sessão contou ainda com a presença de José Manuel Mendonça, presidente do Conselho de Administração do INESC TEC, e José Marques dos Santos, antigo reitor da Universidade do Porto.
INESC TEC, as experiências
“O INESC TEC é uma instituição grande, mas sem pretensão de achar que sabe tudo. Daí a importância das parcerias em curso com outras instituições e o recebermos opiniões e críticas construtivas de ex-membros da nossa comunidade”. António Paulo Moreira, coordenador do Centro de Robótica Industrial e Sistemas Inteligentes do INESC TEC, dá assim início ao debate com profissionais ligados às áreas de engenharia, indústria e robótica, que aproveitaram a oportunidade para partilharem com os presentes as suas experiências de trabalho e que papel teve a sua formação na situação profissional atual.
“A minha experiência com o INESC TEC deu-me algumas ferramentas para aquilo que eu faço hoje em dia, uma vez que o trabalho aqui desenvolvido é muito próximo da realidade”, afirma Roberto Silva, do IKEA, reforçando que “algumas coisas que aqui são novas, uns anos depois começam a surgir no mercado e daí a formação no INESC TEC ter sido muito importante”. Além disso, Roberto Silva referiu a importância de um engenheiro da área de Automação ter conhecimentos em pneumática e hidraúlica. A única falha que sentiu na sua formação de base.
Para António Almeida, da Farfetch, concluir o doutoramento no INESC TEC permitiu “estar envolvido em projetos europeus com orçamentos altos e prazos apertados e estabelecer contactos com diferentes instituições”, e essas atividades ajudam a “desenvolver as soft skills de um profissional, uma lacuna que por vezes é sentida na formação puramente académica das universidades”. Para este profissional, “o INESC TEC obriga a correr atrás de respostas e soluções, por vezes sob pressão”, e isso é muito importante no mercado de trabalho.
Em jeito de conclusão, vários dos intervenientes defendem que “o importante não é só estudar, o importante é aprender, ficar com o conhecimento”. Por outro lado, “não é só importante o que se aprende, mas também a capacidade que se ganha em resolver novos problemas e aprender novas ferramentas e matérias”, sendo que “a atitude correta e a autoconfiança são fundamentais para se ter sucesso”.
Indústria e Inovação, o cluster
“Complementar a formação académica com uma formação avançada, orientada para uma investigação relevante e direcionada para o tecido empresarial português”. Foi com este desígnio que António Lucas Soares, coordenador do cluster Indústria e Inovação do INESC TEC, abriu as atividades deste primeiro Open Day e procurou chamar a atenção dos participantes para uma aposta mais forte na sua carreira.
A iniciativa teve como principal objetivo mostrar a relevância do trabalho que se faz no INESC TEC no âmbito das áreas de Indústria e Inovação, apresentando aos estudantes que estiveram presentes alguns dos projetos de investigação a decorrer e que resultados se têm obtido com esses trabalhos.
Nesse sentido, redes e cadeias de abastecimento, logística, gestão de operações e de recursos, robotização e interação com o cliente são apenas algumas das preocupações deste cluster. “Os projetos são distribuídos por diferentes empresas e instituições, que vêm ao INESC TEC buscar soluções para os seus problemas”, afirma Pedro Amorim, coordenador do Centro de Engenharia e Gestão Industrial (CEGI).
O cluster Indústria e Inovação agrega diferentes centros do INESC TEC: o Centro de Engenharia de Sistemas Empresariais (CESE), o Centro para a Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo (CITE), o Centro de Robótica Industrial e Sistemas Inteligentes (CRIIS) e o CEGI, que trabalham em cooperação e se complementam.
Open Day, a mostra
As atividades desta primeira edição contaram ainda com uma mostra de tecnologias e de projetos de cada um dos Centros que compõem o cluster, bem como uma demonstração de robôs em ação. Os participantes tiveram a oportunidade de passar pelos vários stands expostos no Auditório do INESC TEC e conhecer as novidades relacionadas com os projetos em curso, aproveitando para recolher informação sobre oportunidades de recrutamento em aberto.
Os investigadores do INESC TEC mencionados nesta notícia têm vínculo à UP-FEUP.