Cadê Você?
O INESC TEC lança todos os meses no mercado pessoas altamente qualificadas. Muitas vezes, essas pessoas vão ocupar lugares de destaque nas melhores empresas nacionais e internacionais ou optam por formar spin-offs. Como a melhor forma de transferir tecnologia é transferir pessoas, nesta secção a voz é dada aos colaboradores que se formaram no INESC TEC e agora brilham noutras empresas e instituições.
João Luís Pinto, Efacec Engenharia e Sistemas, Analista de Sistemas/Programador
- Ano em que entrou e saiu do INESC Porto: 1998-2006
- Unidade(s) do INESC Porto com que colaborou: USE
- Título(s) do(s) projeto(s) em que participou:
- Desenvolvimento de um módulo de simulação da evolução dinâmica de um Sistema Elétrico de Energia quando submetido a perturbações.
- Colaboração com o CED (Centro de Excelência em Distribuição de Energia Elétrica) e a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) de São Paulo, Brasil, no desenvolvimento de uma aplicação para estudo do impacto dinâmico, económico e de fiabilidade de geradores independentes na rede elétrica.
- Projeto europeu CARE.
- Projeto europeu MORECARE.
- Projeto de instalação do software MORECARE na Ilha das Flores (Açores).
Testemunho relativo a sua experiência desde a sua saída do INESC Porto
Após oito anos de colaboração no INESC Porto, tinha chegado em 2006 o momento de encerrar um ciclo e de partir para ver novas realidades. Tinham sido oito anos preenchidos. Preenchidos de pessoas, de novos conhecimentos, de novos desafios.
A mudança não foi, contudo, para um total desconhecido, tendo ingressado posteriormente em 2007 nas fileiras da na altura denominada Efacec Sistemas de Engenharia, e mais concretamente em funções de I&D da sua unidade de Automação, grupo de Gestão de Redes. Acabava afinal por mudar para um parceiro de longa data do INESC Porto, envolvido há muito no desenvolvimento de um software de DMS (Distribution Management System) com o qual também tinha tido o inevitável contacto aquando da estadia no INESC Porto.
A realidade mudava, apesar de tudo, alguns dos seus contornos. Além dos mais óbvios, como o passar de um ambiente mais próximo do universo académico para um ambiente de cunho vincadamente industrial, acrescentou-se também - por vontade própria e pela realidade operacional das novas paragens - a migração do domínio das aplicações de Energia para um domínio mais próximo da Engenharia de Software, fortemente alicerçado nas aplicações distribuídas e nas arquiteturas por componentes.
Na sua opinião como é que a sua experiência no INESC Porto ajudou no novo papel?
Em termos imediatos, perdurou a ligação ao INESC Porto e à área de Energia, já que desempenhei funções na integração de um módulo entretanto desenvolvido por este de DTS (Dispatcher Training Simulator) na plataforma do DMS da Efacec. Mas, entretanto, tem sido trilhado um caminho que me tem feito coabitar de forma dominante com a Engenharia de Software.
Dos tempos passados no INESC Porto perdurou muita coisa. Perdurou o que aprendi e que me melhorou como profissional e como técnico, tanto ao nível dos conhecimentos na área de Energia como dos conhecimentos mundanos obtidos nas tarefas de gestão de alguns serviços em redes informáticas e no desenvolvimento de software em que estive envolvido, bem como em coisas que podem parecer triviais (mas o não são, como todos com certeza o sabem) como escrever um artigo ou preparar e fazer uma apresentação. Mas perdurou principalmente a memória do contacto com os meus colegas de então, e as experiências que partilhámos, a sensação de “ser um da equipa” com que sempre fui presenteado.
Não posso, quando me lembro disso, deixar de lembrar com saudade as conversas, o tempo bem passado e o aprendido na companhia do Prof. Manuel Matos. Personifico também nele o meu agradecimento por tudo o que de bom ficou dessa página de oito anos da minha vida, e o meu desejo de que possamos continuar no futuro, eu e o INESC Porto, a colaborar nas matérias que nos venham a aproximar.
