Cadê Você?
O INESC TEC lança todos os meses no mercado pessoas altamente qualificadas. Muitas vezes, essas pessoas vão ocupar lugares de destaque nas melhores empresas nacionais e internacionais ou optam por formar spin-offs. Como a melhor forma de transferir tecnologia é transferir pessoas, nesta secção a voz é dada aos colaboradores que se formaram no INESC TEC e agora brilham noutras empresas e instituições.
André Rocha, Nokia Siemens Networks, Gestor de Programas
- Ano em que entrou e saiu do INESC Porto: 2003 - 2004
- Unidade(s) do INESC Porto com que colaborou: Unidade de Telecomunicações e Multimédia (UTM), Grupo de Áudio
- Título(s) do(s) projeto(s) em que participou: Projeto TAPASAD – Advanced Processing Techniques Applied to Audio Signals
Testemunho relativo a sua experiência desde a sua saída do INESC Porto
Logo após a minha saída do INESC Porto, em janeiro de 2004, entrei para a Siemens Information & Communications, nos escritórios do Freixieiro, iniciando uma colaboração que viria a manter-se por quase oito anos, até dezembro de 2011.
Na Siemens trabalhei quase sempre na área de Operations Support Systems, mais especificamente em sistemas de software para Performance Management de redes de telecomunicações. Quer isto dizer que os nossos clientes eram essencialmente operadores de comunicações em todo o mundo, que utilizavam os nossos produtos para assim poderem monitorar e gerir as suas redes fixas ou móveis.
Comecei por exercer funções de software developer, passando a acumular mais tarde também tarefas de engenharia de telecomunicações na área de UMTS [Universal Mobile Telecommunications System]. Vieram depois os primeiros trabalhos na área de gestão de projetos, tendo ficado responsável pelo desenvolvimento de algumas versões do nosso principal produto.
Em 2007 deu-se a fusão da Siemens IC com a Nokia Networks, da qual resultou a atual Nokia Siemens Networks, e com ela veio a decisão da nova empresa de se desenvolver toda uma série de novos produtos. Nesse contexto, as minhas funções passaram a ser, em 2008, as de gestor de um dos programas daí resultantes, onde tive a oportunidade de trabalhar com uma equipa verdadeiramente internacional, com pessoas localizadas em vários países europeus e também na Índia.
O meu percurso profissional durante este período foi ainda complementado por dois mestrados que me deram tanto trabalho quanto prazer de aprender e entender o mundo de uma forma diferente. O primeiro foi o Mestrado em Economia, aí na vizinha FEP [Faculdade de Economia da Universidade do Porto], o qual terminei com uma tese sobre clusters tecnológicos na região do Grande Porto. Para o segundo mestrado decidi rumar a Berlim, onde durante o ano de 2011 frequentei e concluí o MBA da European School of Management and Technology, uma escola de negócios ainda bastante jovem, mas já uma referência de qualidade a nível europeu.
Este curso serviu-me ainda como porta de entrada no mercado de trabalho alemão. À data em que escrevo estas linhas encontro-me em processo de mudança para Munique, onde irei trabalhar numa das principais empresas na área de management consulting. Consciente de que o desafio é grande, espero estar à sua altura e honrar a excelente imagem dos “knowledge workers” portugueses por esse mundo fora
Na sua opinião como é que a sua experiência no INESC Porto ajudou no novo papel?
De uma forma muito direta, o projeto no INESC Porto deu-me a oportunidade de aprofundar os meus conhecimentos no desenvolvimento de software em linguagem C/C++, experiência da qual muito beneficiei nas primeiras tarefas que tive na Siemens. Além disso, deu-me também as bases para aplicação de uma abordagem mais estruturada, mais académica, aos problemas que surgem no dia-a-dia em ambientes de trabalho industriais.
Na sua opinião, o INESC Porto mudou em quais aspectos desde a sua saída?
Não tenho opinião formada.