Fora de Série
Este espaço destina-se a prestar homenagem a um colaborador que mensalmente se distinga com especial relevo na sua atividade. A escolha final é da responsabilidade da Redação do BIP mas a colaboração das Coordenações de todas as Unidades é preciosa pois as sugestões e motivações são fundamentalmente da sua responsabilidade...
JOSÉ LINO OLIVEIRA
1. O que significa para si esta distinção?
É um reconhecimento de que o caminho seguido é o correto e que o trabalho, a dedicação e o esforço acabam sempre por compensar.
2. Como surgiu a sua ligação ao INESC TEC/USIG (Unidade de Sistemas de Informação e de Computação Gráfica) há 13 anos?
A minha ligação foi inicialmente com a USIC (Unidade de Sistemas de Informação e Comunicação). Na altura respondi a um anúncio da USIC, para integração de colaboradores na área dos Sistemas de Informação. Eu já tinha tido outras experiências anteriores de trabalho e na altura o desafio apresentado foi bastante aliciante.
3. Já passaram quase três anos desde a extinção da USIC, que entretanto deu lugar à USIG. Qual é o balanço que faz desta transição?
Penso que foi positivo, pois considero que qualquer organização deve fazer o exercício de se repensar e de adequar a sua estratégia face ao contexto em que se enquadra, pois só assim se manterá focada e no caminho certo.
4.A sua nomeação surge no âmbito da concretização de dois projetos com a empresa TRIEDE TI. Qual é o valor acrescentado que o INESC TEC oferece às empresas com as quais trabalha?
O que uma organização tem de mais precioso são as pessoas, pois são estas que de facto fazem a instituição. A isto alia-se a cultura organizacional, que no INESC TEC está bastante enraizada.
Neste sentido, o valor acrescentado que o INESC TEC oferece às empresas é uma capacidade de uma resposta multidisciplinar, com o objetivo de contribuir de forma determinante para a inovação e capacitação dessas mesmas empresas.
Penso que um INESC TEC mais forte passa pelo seu conjunto e não apenas pela soma das partes, e penso que aí ainda temos margem para melhorar.
5. Qual é a importância estratégica desta parceria com a TRIEDE TI para o INESC TEC?
Com esta parceria o INESC TEC vai consolidar a sua presença, competências e know how num setor importante, como é o caso da gestão ambiental e portuária, e que de certo modo está intimamente ligado com atividade de exportação. Por outro lado, trata-se de um mercado com um potencial enorme, visto que o número de infraestruturas Portuárias, a nível mundial, é superior a 100 mil!
6. A concretização destes dois projetos com a TRIEDE TI demorou três anos a ficar concluída. Qual foi o maior desafio que teve de ultrapassar ao longo deste processo?
Este foi, de facto, um processo bastante complicado com vários desafios difíceis e a diferentes níveis! Foi o chamado “caminho das pedras”, com muitos avanços e recuos. Mas se tivesse que eleger o desafio mais importante, ou o que teve maior impacto, diria que foi a reviravolta de fazer com que um dos projetos que foi considerado não elegível numa candidatura fosse aprovado!
7. Quais as principais mais-valias que trabalhar no INESC TEC trouxe para a sua carreira?
Tive oportunidade de ter diferentes experiências quer em projetos nacionais, quer internacionais e de poder trabalhar com pessoas fantásticas e com quem aprendi muito.
8. O que é que motiva um investigador sénior, como é o caso do Lino Oliveira, a continuar a trabalhar no INESC TEC?
A diversidade de projetos, de áreas de atuação e de desafios diferentes e constantes.
9. Que conselhos daria a um investigador em início de carreira?
Não desistir à primeira dificuldade, ter humildade e noção de que nunca se sabe tudo, e acima de tudo, ter espírito de equipa.
10. Terminaremos este questionário, pedindo que comente a sua nomeação, a qual foi feita pela coordenação por António Gaspar, coordenador da USIG.
O seu esforço e perseverança foram decisivos para a concretização recente de dois projetos com a empresa TRIEDE TI, na área da gestão ambiental portuária, cimentando uma parceria para os próximos anos, no valor de várias centenas de milhares de euros.
O processo conjunto demorou mais de três anos e envolveu submissões de candidaturas, desistências, resubmissões, avaliações desadequadas, reclamações e longas negociações. Foram inúmeras as noites e fins de semana dedicados a tentar resolver os problemas que iam surgindo e que, tipicamente, tinham sempre prazos extremamente apertados, após hiatos de meses. Uma verdadeira novela! Foi apenas graças às competências técnicas e humanas do Lino Oliveira que foi possível levar estes projetos a bom porto. Por isso, é de toda a justiça que tenha este destaque.
Gostaria de agradecer a nomeação, especialmente por ter vindo de uma pessoa com grande experiência e conhecedora dos reais desafios e dificuldades de trabalhar, no mundo real, com as empresas.