Cadê Você?

O INESC TEC lança todos os meses no mercado pessoas altamente qualificadas. Muitas vezes, essas pessoas vão ocupar lugares de destaque nas melhores empresas nacionais e internacionais ou optam por formar spin-offs. Como a melhor forma de transferir tecnologia é transferir pessoas, nesta secção a voz é dada aos colaboradores que se formaram no INESC TEC e agora brilham noutras empresas e instituições.

Pedro Rocha Almeida, Tractebel Engineering (GDF SUEZ), ENG. SISTEMAS DE ENERGIA

• Ano em que entrou e saiu do INESC TEC: 2007-2012
• Centro(s) do INESC TEC com que colaborou: CPES (atual designação da USE)
  
• Título(s) do(s) projeto(s) em que participou: MERGE, REIVE, InovGrid, plano de expansão de energia renovável em Cabo Verde, EFACEC OPF, Green Islands, (entre outros).

Testemunho relativo a sua experiência desde a sua saída do INESC TEC

O grupo GDF SUEZ desenvolve a sua atividade em três ramos principais da produção e distribuição de energia elétrica, gás natural e serviços de energia, sendo o maior produtor independente do mundo (dominando o mercado de transporte e distribuição de gás natural na Europa) e também o maior fornecedor de serviços de energia e ambiente do mundo. A Tractebel Engineering, com sede em Bruxelas, insere-se no ramo de serviços de energia e é uma empresa global de consultoria em engenharia com mais de 100 anos de experiência em projetos de energia e infraestrutura.

Eu trabalho na unidade de consultoria em sistemas de energia, que fornece serviços de consultoria e formação em operação e planeamento de sistemas elétricos, da geração à distribuição, tendo ainda uma componente forte de I&D (incluindo o desenvolvimento de software na especialidade). Há, portanto, um encontro quase pleno com as áreas de atuação e com a própria estrutura da USE*.

Pessoalmente, tenho desenvolvido a minha atividade com cerca de 70% do tempo dedicado a consultoria e 30% a projetos I&D, Europeus e no seio do grupo GDF SUEZ. Da minha atividade destacaria o projeto europeu PlanGridEV, o master plan de distribuição da Costa do Marfim, o demonstrador francês Greenlys e ainda o observatório Smart, que monitoriza projetos de relevo em smart grid e smart metering, bem como políticas energéticas em diversos países à escala mundial. Sou ainda responsável pelo desenvolvimento das especificações de negócio para novos métodos e ferramentas na subunidade de Smart Power Systems.

Na sua opinião como é que a sua experiência no INESC TEC ajudou no novo papel?

O INESC TEC, e em particular a USE, proporcionou-me um leque de experiências diversas, desde as atividades I&D até aos projetos de consultoria para clientes industriais. Esta sinergia oferecida apenas por algumas instituições de excelência como o INESC TEC preparou-me, sem dúvida, para os desafios com que hoje em dia me confronto.

Ainda que com drivers diferentes, as atividades que desenvolvo na Tractebel Engineering utilizam grande parte das competências que adquiri no INESC TEC.

Na sua opinião, o INESC TEC mudou em quais aspectos desde a sua saída?

Eu diria que o INESC TEC segue na mesma trajetória que seguia quando vim para a Tractebel Engineering. Saí num período complicado, num clima económico bastante negativo em que o INESC TEC procurava alterar as suas fontes de financiamento. Volvidos quase dois anos e na perspetiva de um observador externo, eu diria que o INESC TEC resistiu às adversidades e conseguiu alcançar os seus objetivos, devido ao trabalho de todos.
Numa tónica mais aligeirada e com um contexto bem mais agradável, devo fazer referência a uma mudança sem dúvida notável que houve na USE* e que diz respeito à taxa de natalidade. Uma boa parte dos meus antigos colegas e meus amigos são hoje em dia pais de pelo menos uma criancinha... Dos tempos do pai Seca passou-se à era do Power Systems Kindergarten! Muitos parabéns a todos!