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Quatro projetos europeus ERA-Net aprovados na área de energia são do INESC TEC

Candidaturas portuguesas destacam energias renováveis e papel ativo do consumidor

O Centro de Sistemas de Energia (CPES) do INESC TEC viu serem aprovadas as quatro candidaturas de projetos europeus que submeteu no âmbito da iniciativa ERA-Net SmartGrids+. As candidaturas colocam especial enfoque nas energias renováveis e na promoção de um papel mais ativo por parte do consumidor na gestão de energia. Com estas aprovações, o INESC TEC mostra mais uma vez que é um agente incontornável nas áreas de redes elétricas inteligentes e energias renováveis. A data prevista para o arranque dos quatro projetos é 1 de abril 2016.

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Aprovadas todas as candidaturas com nome INESC TEC

GReSBAS (Grid Responsive Society Through Building Automation Systems), SmartGuide (Defining Planning and Operation Guidelines for European Smart Distribution Systems), REStable (Improvement of Renewables-based System Services Through Better Interaction of European Control Zones), SMARES (Smart Energy-Storing Modular Technology with advanced Energy Management System for Renewable Energy Systems) – são estes os nomes das quatro candidaturas aprovadas na área da energia e que contam com a participação do INESC TEC.

As candidaturas foram submetidas à iniciativa ERA-Net SmartGrids+, um programa que pretende promover a integração de energias renováveis e tecnologias mais flexíveis a baixo custo que permitam reduzir as emissões de gases de estufa.

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Os projetos arrancam em abril e colocam especial enfoque nas energias renováveis, tecnologias de interligação e no papel ativo dos consumidores. Mais concretamente, pretende-se promover a participação ativa dos ocupantes de edifícios com recurso a técnicas de “gamificação” e “jogos sérios” (GReSBAS); adiantar um conjunto de diretrizes para um melhor planeamento de redes elétricas inteligentes (SmartGuide); promover uma melhoria dos serviços com base em energias renováveis através da partilha de experiências entre parceiros (REStable); e, finalmente, melhorar a integração de centrais de energias renováveis, através do desenvolvimento de equipamento inovador que promove a estabilidade da rede e facilita a integração das mesmas nas redes de média e alta tensão (SMARES).

O papel do INESC TEC nos projetos europeus

No GReSBAS, o INESC TEC irá especificar, desenvolver e implementar no seu edifício sede um “Building Energy Management System”, que vai incorporar algoritmos de gestão de consumos e que tem como objetivo reduzir, de forma significativa, a fatura energética do edifício. Serão ainda desenvolvidas estratégias para promover a participação ativa dos ocupantes do edifício nos programas de gestão da procura, incluindo o recurso a técnicas de “gamificação” e “jogos sérios”. A equipa do CPES envolvida no GReSBAS é constituída por Filipe Joel Soares, José Iria e Vladimiro Miranda.

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No projeto SmartGuide, elaborado por Filipe Joel Soares, Ricardo Ferreira, André Madureira e Manuel Matos, o INESC TEC vai liderar o primeiro “Work Package”, intitulado “Smart Grid Solutions and Technologies”, que servirá de base de trabalho, além de ter a seu cargo o desenvolvimento de uma ferramenta de otimização de planeamento de redes inteligentes com múltiplos objetivos, tais como minimizar investimentos e custos de operação, e maximizar a integração de fontes de energia renovável.

Já no REStable, que conta com Carlos Moreira, Ricardo Bessa, Bernardo Silva e João Peças Lopes, o INESC TEC vai desenvolver novos algoritmos para controlar a reserva primária e secundária como resposta às flutuações das energias renováveis. Além disso, será feita uma demonstração no Laboratório de Redes Inteligentes e Veículos Elétricos do INESC TEC com o objetivo de apresentar a participação de uma central virtual nos serviços de regulação de frequência, utilizando tecnologia de simulação em tempo real.

Finalmente, no projeto SMARES o INESC TEC prestará apoio científico e laboratorial para validar as funcionalidades de suporte à rede fornecidas pelos conversores desenvolvidos pela GPTech. Numa fase posterior, o INESC TEC irá supervisionar a demonstração com a instalação do produto em redes da EDP Distribuição. A equipa do CPES envolvida neste projeto é composta por Bernardo Silva, Carlos Moreira e João Peças Lopes.

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INESC TEC é nome incontornável nas redes elétricas inteligentes

De acordo com Filipe Joel Soares, investigador do CPES envolvido em dois dos projetos agora aceites, “a aprovação da totalidade das candidaturas em que o INESC TEC participou comprova a qualidade da investigação que se desenvolve na instituição, neste caso específico, na área da energia”.

Mais ainda, “demonstra que o esforço que o CPES tem vindo a fazer para se manter na ‘crista da onda’ nas suas áreas de atividade está a dar resultados, sendo hoje reconhecido internacionalmente como um centro de referência em diversas áreas de investigação, nomeadamente na área das redes elétricas inteligentes”, explica o investigador.

Prova disso são os convites de instituições nacionais e internacionais que o CPES tem vindo a receber para participar em múltiplos projetos académicos e industriais. A título de exemplo, “um projeto H2020 que comprova bem essa capacidade é o AnyPLACE, que conta com a participação de três instituições nacionais e cinco internacionais, é liderado pelo INESC TEC, e tem como objetivo desenvolver uma plataforma modular e inteligente de medição e gestão de energia (eletricidade, água e gás), que poderá permitir poupanças energéticas significativas”, revela Filipe Joel Soares.

  

Primeira colaboração com Turquia na área de energia

Por incluir algumas atividades que fogem um pouco ao ‘core business’ do CPES, nomeadamente as estratégias para promover o envolvimento dos ocupantes de um edifício nos programas de gestão da procura, “baseadas em técnicas que vamos abordar pela primeira vez, como a ‘gamificação’ e os ‘jogos sérios’, destacaria o projeto GreSBAS pela sua inovação, ainda que todos eles tenham componentes inovadoras nas diferentes áreas que abordam”, revela Filipe Joel Soares.

É, aliás, neste projeto que o INESC TEC vai colaborar, pela primeira vez na área de energia, com instituições turcas, uma oportunidade de colaboração “que surgiu a partir de um convite de Aydogan Ozdemir, docente na Universidade Técnica de Istambul, dirigido a Vladimiro Miranda, Administrador do INESC TEC, que identificou uma possibilidade de colaboração com o CPES na área da gestão de consumos, um tema extremamente importante no domínio das redes inteligentes.

  

Trilhando o caminho para uma menor dependência de combustíveis fósseis

Três dos projetos agora aprovados focam em particular os sistemas de energia de fontes renováveis e as formas de contornar o caráter variável deste tipo de energia. Questionado sobre se se justifica um investimento continuado na investigação em energias renováveis quando se verifica atualmente uma descida acentuada do preço do barril de petróleo, Filipe Joel Soares explica que o investimento nas “energias renováveis constitui uma aposta estratégica, não apenas a curto-prazo, mas sobretudo a médio e longo-prazo, que suporte a transição para uma sociedade mais sustentável, apoiada numa economia de baixo teor de carbono”.

Para o investigador, esta aposta “tem de ser necessariamente encarada em múltiplas perspetivas (quer sociais, quer ambientais) e não pode ser reduzida unicamente à vertente económica”, explica. Por outro lado, a diversificação do portefólio energético “será necessariamente um dos caminhos a seguir para garantir uma redução progressiva na dependência de combustíveis fósseis”, conclui.

Os investigadores com ligação ao INESC TEC mencionados no corpo da notícia têm vínculo ao INESC TEC e à FEUP.