A ALIANÇA CRIATIVA
Um quarto de século, bodas de prata, duas décadas e meia de contratos de inovação e desenvolvimento, 25 anos de relacionamento mutuamente benéfico – vários modos de endereçar a mesma realidade: o alinhamento estratégico entre a EFACEC e o INESC TEC.
Ainda subsiste, no discurso mediático dos lugares comuns, a afirmação de que é necessário promover a ligação entre mundo académico e empresarial. Como se não houvesse bons exemplos de que essa cumplicidade existe, afinal. Nenhuma empresa manteria 25 anos de contratos com a ciência portuguesa se não tivesse retirado benefício disso.
Mereceria esta comemoração, em boa hora promovida pela empresa na sede da ANJE (Associação Nacional de Jovens Empresários), outro destaque mediático. Ela tanto diz de positivo da ciência portuguesa como fala elogiosamente da clarividência empresarial, que nela depositou confiança para sustentar uma competitividade internacional.
Não é caso único, quando envolve o INESC TEC. No ano passado, a APDL (Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, S.A.) decidira comemorar 20 anos do mesmo tipo de relacionamento. E este ano de 2018 ocorre o 30º aniversário da continuada colaboração contratual entre o grupo EDP e o INESC TEC.
Finalmente, tal como a EDP já estabelecera, com a coragem dos pioneiros, também a EFACEC anuncia um interesse (e assina um termo de intenção) pelo modelo de um contrato-programa com o INESC TEC, plurianual, para assegurar estabilidade a uma investigação que decantará, em maior densidade e grau, resultados para a atividade industrial.
Estas alianças são casos de estudo. Merecem investigação, averiguação das razões de tanta estabilidade. Exigem que se decantem as boas práticas para reprodução noutros contextos.
Exigem que o país as conheça e as cite, mencione, refira, quando alguém aflorar o tema da cooperação universidade-indústria e exiba desdém, descrença, ceticismo, pensamento negativo.
Portugal, às vezes, é mesmo fantástico, queiram ou não.