INESC TEC assinala o "International Day of Women and Girls in Science"
Em 2016 a ONU instituiu o International Day of Women and Girls in Science, no dia 11 de fevereiro, com o objetivo de garantir mais visibilidade e conseguir mais acesso e participação igual na ciência.
Este ano não quisemos deixar de assinalar esta data. Numa campanha nas redes sociais Facebook, Twitter e Instagram, mostrámos quem são as mulheres cientistas do INESC TEC, o que fazem e as suas ideias. Na impossibilidade de mostrar todas, escolhemos 13 representantes, uma por cada centro de investigação do INESC TEC.
De referir que em Portugal as mulheres cientistas já representam 45% do total de investigadores no nosso país, mas a nível internacional, as mulheres ainda só representam 28% dos investigadores - há ainda muitos países onde a igualdade de acesso e direitos das mulheres à Ciência ainda não é um dado adquirido.
A Susana Barbosa é investigadora na área de análise dos dados geofísicos. Para estimular a participação das mulheres na ciência defende a “divulgação científica nas escolas por mulheres cientistas (dar o exemplo!)”. |
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A Joana Corte Real faz investigação em programação Lógica Indutiva Probabilística, uma técnica vocacionada para a análise de dados relacionados com um grau de incerteza associado. “O que me apaixona naquilo que faço é a possibilidade de descobrir fenómenos inesperados através da análise de um grande conjunto de dados.” refere. |
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A Nádia Silva faz investigação em neurociências. Sobre a participação das mulheres na ciência refere que “a diversidade de géneros motiva a criação de novas ideias. Condicionar a ciência aos homens seria limitar o espaço de soluções e ideias.” |
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A área em que a Cláudia Rocha faz investigação enquadra-se no domínio da robótica industrial, direcionada para projetos de modelação mecânica. “Seria interessante criar workshops, feiras, estágios, visitas de estudo que envolvam as camadas mais jovens do sexo feminino, para dar a conhecer as diferentes áreas de científicas”, afirma. |
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A Alexandra Marques faz investigação em planeamento das operações há 15 anos. “A igualdade de oportunidades e o acesso de todos à ciência são conquistas sociais recentes. Agora é um "benefício adquirido" mas é bom lembrar (e agradecer) porque não foi sempre assim, e ainda não é assim em alguns lugares do mundo. Acho que maior participação das mulheres na ciência resultará de novas medidas para fomentar esse equilíbrio entre as esferas profissionais e pessoais.” |
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A Ana Rita Ribeiro trabalha no desenvolvimento de fibras óticas com características especiais que lhes permitem aprisionar e manipular células. A investigadora nota que em Portugal, estatísticas recentes indicam que cerca de 45% dos investigadores são mulheres. Mas, realça, “é preciso estar atento a coisas que acontecem de forma inconsciente no nosso dia a dia, e que podem de alguma maneira estar a prejudicar a forma como mulheres e homens desempenham determinados papeis nas suas instituições.” |
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A Sara Freitas faz investigação na área da Robótica - Sistemas Autónomos e trabalha atualmente com uma câmara hiperespectral, um dispositivo capaz de ler a “assinatura” dos materiais que observa. A Sara acredita que “a ciência precisa de pessoas apaixonadas pela evolução e desenvolvimento constante. Essa dedicação é independente do género, e é graças a pessoas com estas características que a ciência pode progredir rapidamente como tem acontecido nos últimos anos.” | |
A Conceição Rocha faz investigação em text mining, modelação e análise estatística. Acredita que “a tendência verificada nas últimas décadas é demonstrativa de que o aumento da participação das mulheres na ciência vai ocorrer naturalmente.” | |
A Sara Neves trabalha com "Innovation", "Strategy", "Service Management" e para ela a investigação nestas áreas é um desafio diário. |
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A Ana Viana faz investigação em engenharia e gestão industrial. A Ana é da opinião que “a ciência precisa de TODOS, mulheres e homens. O que é importante é que todos tenham os mesmos incentivos e oportunidades algo que passa, indubitavelmente, por garantir a igualdade de género em todos os níveis de hierarquia.” |
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A Ana Alonso faz investigação em Sistemas Distribuídos. Para aumentar a participação das mulheres na ciência/investigação científica propõe “dar a conhecer aos mais novos que há lugar (e reconhecimento) para as mulheres na ciência, bem como das contribuições de figuras como Marie Curie, Ada Lovelace, Grace Hopper, entre outras”. |
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A Paula Viana faz investigação em Tecnologias de Comunicação Multimedia / Media Digitais. Para a investigadora o estímulo à participação das mulheres na ciência deveria começar desde cedo. “Publicar uma lei que impeça o estereótipo de ‘zona das meninas’ e ‘zona de meninos’ nas lojas de brinquedos; oferecer legos, jogos de construção e de tecnologia às meninas; dar mais visibilidade às mulheres que fazem bem ciência e investigação e levar esses exemplos às gerações mais jovens” são algumas sugestões da investigadora que tenta, sempre que pode, dar o seu contributo. “Hoje irei à escola dos meus filhos apresentar a profissão da mãe. Podia ser “Professora”, podia ser ”Engenheira”. Mas será “Cientista”. Espero contribuir para que, dentro de uns anos, a Joana, a Alexandra, a Marta, a Isabel, sejam investigadoras Portuguesas de sucesso.” |
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A Clara Gouveia Moura desenvolve soluções para as redes elétricas inteligentes, considerando a integração de energias renováveis e armazenamento de energia nas redes elétricas de distribuição. Em resposta à pergunta 'o que mais a apaixona naquilo que faz?' responde "a possibilidade de resolver problemas que já existem ou que prevemos possam acontecer a médio e longo prazo. Acima de tudo, o trabalho aqui no INESC TEC é muito dinâmico e desafiante permitindo trabalhar em conjunto com outras instituições de investigação e com as empresas". |
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