Cadê Você?
O INESC TEC lança todos os meses no mercado pessoas altamente qualificadas. Muitas vezes, essas pessoas vão ocupar lugares de destaque nas melhores empresas nacionais e internacionais ou optam por formar spin-offs. Como a melhor forma de transferir tecnologia é transferir pessoas, nesta secção a voz é dada aos colaboradores que se formaram no INESC TEC e agora brilham noutras empresas e instituições.
Nelson Knak Neto, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus Santo Ângelo, Professor dos cursos de Engenharia Elétrica, Civil e Mecânica
- Ano em que entrou e saiu do INESC TEC: 2015-2016
- Centro do INESC TEC com que colaborou: CPES, sob orientação de Vladimiro Miranda e colaboração de Leonel Carvalho e Jean Sumaili
- Título do projeto em que participou: Minha passagem pelo INESC TEC se deu através do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) da CAPES. Nesses 11 meses, tive a oportunidade de trocar experiências e aprender com os investigadores do INESC TEC de forma a desenvolver a minha tese de Doutorado, cujo título é Metodologias para modelagem de cargas de consumidores de baixa tensão considerando a integração de resposta da demanda, geração distribuída e veículos elétricos
Testemunho relativo a sua experiência desde a sua saída do INESC TEC:
Retornei ao Brasil no dia 27 de fevereiro de 2016 e já no dia 29 estava em sala de aula. Iniciei minhas atividades na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI Campus Santo Ângelo, que fica localizada no Sul do Brasil, próxima a fronteira com a Argentina. A URI é uma universidade privada, mas de carácter comunitário. Isso significa que é organizada e gerenciada pela comunidade regional, sempre atenta às necessidades sócio-econômico-culturais de uma população, na sua maioria descendentes de imigrantes italianos, alemães, poloneses, russos, judeus e, grande número de nativos. É chamada de universidade regional integrada em duplo sentido, pois de um lado, integra comunidades de uma mesma região geográfica (norte e nordeste do RS); de outro, porque seus campi (um total de 6, distribuídos em diferentes cidades da região), em sua história, têm forte integração com a comunidade regional e são comprometidos com o desenvolvimento da sua região.
Inicialmente assumi apenas duas disciplinas, em regime de trabalho parcial, para que viabilizasse a finalização da tese de doutoramento. Trabalhei nesse regime até outubro de 2016, quando fui promovido, após realização de concurso (processo seletivo público), para o regime de trabalho integral com dedicação exclusiva. No inicio de 2017 realizei a defesa da minha tese de Doutoramento, que contou com a participação do Leonel Carvalho do INESC TEC como membro da banca examinadora (através de videoconferência). Desde então, tenho atuado como professor dos cursos de Engenharia Elétrica, Civil e Mecânica, atuando também em atividades de pesquisa e extensão na URI. Tem sido um trabalho muito gratificante!
A partir de novembro de 2017, passei a fazer parte do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Geração Distribuída (INCT-GD) como investigador, através de uma parceria da URI com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Esse Instituto tem como principal propósito produzir ciência, tecnologia e inovação, formar recursos humanos e transferir conhecimentos na área de Geração Distribuída de Energia Elétrica para o desenvolvimento do setor empresarial e público, e de toda sociedade brasileira através de projetos e parcerias entre as iniciativas públicas e privadas, aproximando o ensino e a pesquisa do mercado.
Na sua opinião como é que a sua experiência no INESC TEC ajudou no novo papel?
No INESC TEC aprendi muito sobre a importância da aplicação da pesquisa. De nada adianta desenvolvermos novas tecnologias se essas não chegam ao mercado. Da mesma forma, de nada adianta haver demanda do mercado, se essas não chegam até aqueles capazes de atende-las. Para que isso ocorra é necessária uma estrutura muito bem organizada em que diferentes agentes atuam de forma dinâmica e consistente para que os projetos de pesquisa sejam elaborados de acordo com as necessidades da sociedade como um todo, ao mesmo tempo em que se cumpre um papel fundamental para o futuro, que é a formação de profissionais qualificados. O INESC TEC faz isso muito bem, pelo menos ao meu ver (risos).
Entretanto, considero ainda mais importante ter aprendido sobre pluralidade de ideias, diversidade cultural e respeito e de como isso tudo e importante para que possamos trabalhar juntos no desenvolvimento de novas tecnologias.
Na sua opinião, o INESC TEC mudou em quais aspetos desde a sua saída?
Infelizmente a rotina agitada não me permite acompanhar o INESC TEC tão de perto quanto gostaria. As notícias que recebo vêm de amigos, do BIP e do Instagram, o que de fato foi um grande acréscimo. Fiquei muito feliz de poder acompanhar o Magusto! Faltou-me as castanhas e a jeropiga para ficar completo!