Offside
Corporate

Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - Testemunho da EDP, pela voz de João Torres.

Fora de Série

"A experiência de trabalhar no INESC Porto é simplesmente fabulosa. Há nesta instituição um conjunto de características únicas que fazem com que cada dia seja diferente", Rui Barros

A Vós a Razão

"O INESC Porto participou desde o seu arranque no programa de colaboração entre Portugal e a Universidade do Texas em Austin, estando activamente envolvido em 3 das 4 áreas em que este se desenvolve: UTEN, Digital Media e Advanced Computing...", Artur Pimenta Alves

Asneira Livre

"Tantas pessoas de diferentes nacionalidades faz com que eu goste mais ainda de ter escolhido fazer parte do meu doutoramento cá em Portugal...", Rodrigo Paiva

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC Porto...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC Porto, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

 

O génio e o êxito

O INESC Porto cresceu fortemente no último par de anos. Descartou-se de complexos antigos, assumiu-se como centro de gravidade. Quatro grupos quatro (como nos saborosos anúncios de touradas!) aderiram em 2008 e 2009: LIAAD, CRACS, UGEI e Robótica: um total de cerca de novos 37 Doutores!!!

Durante uma década, nenhuma adesão, nenhum movimento centrípeto se verificou. Pareciam as fronteiras estabilizadas, pareciam as fidelidades estabelecidas. Qual então a razão para esta capacidade de atracção recente, tão surpreendente?

Temos para nós que duas ordens de razões: a avaliação da FCT e a qualidade intrínseca mantida.

O factor externo foi, claramente, a concretização do que há muito quem fosse lúcido defendia: uma avaliação externa com consequências. A perspectiva, ou a concretização, de classificações menores (como de “bom”) com a implicação de uma fortíssima redução do financiamento por parte da FCT originou, finalmente, uma consciencialização em grupos e investigadores de que haveriam de adoptar uma estratégia que os valorizasse, em vez de continuarem no embalo antiquíssimo de uma atitude sobranceira que desdenhava a avaliação do desempenho.

Grupos pequenos, sem massa crítica, com a perspectiva ou ameaça de avaliações com risco de serem modestas, viram-se confrontados com uma crise de sobrevivência. Uma solução? Juntarem-se a um Laboratório Associado, com classificação de “excelente” e, por via disso, com acesso ao triplo do financiamento que isoladamente conseguiriam com um “bom”. É criticável, isto? Não vemos porquê.

Na verdade, este movimento representa o sucesso da política do Governo – com a qual concordamos – de combate à pulverização e incentivo à agregação.

Mas seria possível este movimento se o INESC Porto não tivesse, por seus méritos próprios, acumulado um prestígio sólido?

Acreditamos que dificilmente. Acreditamos que a qualidade do INESC Porto, traduzida externamente numa avaliação de “excelente”, foi um factor catalisador do movimento. E acreditamos ainda que seria um erro focar na excelência científica, que a temos  – porque o que o INESC Porto oferece, como poucas instituições em Portugal, é uma organização, uma estrutura, um conceito de gestão da ciência e tecnologia que pede meças a qualquer alternativa.

Esse é um trunfo preciosíssimo.

Com um orçamento a rondar os 9 milhões de Euros e um financiamento plurianual, calculável  com base no per capita por doutorados de 2008, na ordem dos 450 mil Euros, seria caso para dizer: POR CADA EURO QUE O ESTADO INVESTE NO INESC PORTO, EM SEDE DE FINANCIAMENTO BASE OU PLURIANUAL, O INESC PORTO ALAVANCA 20 VEZES MAIS.

Esta afirmação não está correcta e peca por exagerada, porque o Laboratório Associado recebe efectivamente mais do que aquele valor. E ainda que fosse metade, não seria ainda espantoso? É, na verdade, impressionante. Merece reflexão. Merece, diríamos, respeito.

O INESC Porto, como outros institutos que são Laboratórios Associados em Portugal, representa o triunfo virtuoso do modelo de desenvolvimento da ciência em Portugal que rompeu com a organização académica clássica e criou um novo paradigma de gestão de ciência e tecnologia.

É de elementar justiça, neste contexto, que se releve a actuação extraordinária do Ministro Mariano Gago desde os anos noventa, sem o qual esta revolução, tranquila mas espantosa, provavelmente não teria acontecido. Todo o homem se compõe de virtudes e defeitos e nunca nenhum produz obra perfeita ou imaculada. Mas consideremo-nos afortunados por termos beneficiado da visão genial de um cientista convertido em político decidido e com genuíno sentido de serviço público.