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Um olhar sobre nós na voz dos nossos parceiros - Testemunho da EDP, pela voz de João Torres.

Fora de Série

"A experiência de trabalhar no INESC Porto é simplesmente fabulosa. Há nesta instituição um conjunto de características únicas que fazem com que cada dia seja diferente", Rui Barros

A Vós a Razão

"O INESC Porto participou desde o seu arranque no programa de colaboração entre Portugal e a Universidade do Texas em Austin, estando activamente envolvido em 3 das 4 áreas em que este se desenvolve: UTEN, Digital Media e Advanced Computing...", Artur Pimenta Alves

Asneira Livre

"Tantas pessoas de diferentes nacionalidades faz com que eu goste mais ainda de ter escolhido fazer parte do meu doutoramento cá em Portugal...", Rodrigo Paiva

Ecografia

BIP tira Raio X a colaboradores do INESC Porto...

Jobs 4 the Boys & Girls

Referência a anúncios publicados pelo INESC Porto, oferecendo bolsas, contratos de trabalho e outras oportunidades do mesmo género...

Biptoon

Mais cenas de como bamos indo porreiros...

 

Fora de Série

Este espaço destina-se a prestar homenagem a um colaborador que mensalmente se distinga com especial relevo na sua actividade. A escolha final é da responsabilidade da Redacção do BIP mas a colaboração das Coordenações de todas as Unidades é preciosa pois as sugestões e motivações são fundamentalmente da sua responsabilidade...

Rui Barros

1. No mês de Setembro viu serem aprovados dois contratos de prestação de serviços e uma rede europeia. Com tantas vitórias em simultâneo, já lhe tinha passado pela cabeça ser eleito “Fora de Série”?

As minhas vitórias são de facto vitórias da USIC e do INESC Porto. Na verdade tudo isso aconteceu porque há um grupo fantástico de pessoas que me ajuda diariamente a lutar pelas convicções que temos. Neste caso, eu sou apenas o rosto deste grupo “Fora de Série”.

2. Destes três projectos, qual foi o que lhe deu mais dores de cabeça?

Todos eles representaram grandes desafios por diferentes motivos. No caso dos contratos de prestação de serviços o desafio foi conseguir transformar o conteúdo de conversas e contactos informais em contratos com entidades com as quais não tínhamos qualquer ligação. Por outro lado, na rede europeia o desafio foi contribuir para enriquecer o conteúdo temático da rede e a procura de parceiros empenhados para integrar a parceria.

Fora de Série 2

3. Qual é a importância estratégica que estes três projectos assumem no contexto da USIC (Unidade de Sistemas de Informação e Comunicação) e do INESC Porto em geral?

Trata-se de projectos nos quais o INESC Porto terá a oportunidade de colocar ao serviço da sociedade as suas diferentes valências e competências. Num caso, o INESC Porto irá contribuir directamente para que uma região do Norte do país se torne mais competitiva e melhore a oferta em termos de serviços ao cidadão e às empresas, noutro caso a idoneidade da instituição e a competência técnica da equipa permitirão à USIC contribuir para o aumento da eficácia e da eficiência na Administração Pública de proximidade. Por fim, a possibilidade de participar numa rede europeia que inclui especialistas e se dedica ao tema da inclusão digital, a qual nos permitirá colocar toda a nossa experiência ao serviço de faixas da sociedade que se encontram excluídas ou em perigo de exclusão digital.

4. Como surgiu a oportunidade de colaborar com o INESC  Porto?

Cheguei ao INESC Porto pela mão de um professor – o Eng. Jorge Simões – que em Dezembro de 1995 me proporcionou condições no grupo TEIA (Tecnologias de Informática Avançadas) para realizar o meu trabalho de fim de curso. Foi fantástico dispor de equipamentos e condições que existiam em poucas instituições (ligação permanente à Internet, servidores de grande capacidade e até impressoras que falavam :-)). Em Setembro de 1996, por indicação de um outro professor – o Eng. José Manuel Moreira – concorri a uma oferta de trabalho para um projecto com a empresa de telecomunicações no centro CSCI que veio mais tarde a dar origem à USIC.

Fora de Série 3

5. Lembra-se de qual foi a sua primeira prova de fogo no INESC Porto? Fale-nos um pouco do seu percurso profissional nesta casa.

A primeira prova de fogo foi conquistar um espaço próprio numa equipa composta por elementos experientes e habituados a trabalhar juntos, semelhante a um elemento da equipa de júniores que tem que agarrar um lugar na equipa principal. Felizmente, mais pontapé menos cabeçada as coisas correram muito bem :-). Em termos técnicos, a prova foi pôr um formulário, apelidado de GE_7, do sistema de gestão de circuitos alugados da empresa de telecomunicações, a gerir os contratos entre essa empresa e os seus clientes prestadores de serviços de comunicações.

O meu percurso no INESC começou como aluno para realizar o trabalho de final de curso, passando depois a contratado no Centro de Sistemas de Comunicação e Informação. Nos primeiros dois anos trabalhei essencialmente em contratos de prestação de serviços para o sector das telecomunicações. Esta experiência foi fundamental para a minha formação como técnico dada a exigência por se tratar de sistemas críticos. Gradualmente fui assumindo responsabilidades, primeiro na parte técnica e posteriormente de responsável de projecto. Esta fase de atribuição de responsabilidade coincidiu com profundas alterações no CSCI e possibilitou-me trabalhar em muitos projectos de diferentes áreas aplicados a diferentes sectores de actividade (defesa, saúde, administração pública e indústria) e de diferentes âmbitos (local, regional e europeu).

Fora de Série 4

De há uns anos para cá tenho vindo a construir um espaço que tira partido do conhecimento de algumas pessoas mais experientes, assente na amizade e na confiança entre toda a equipa e que promove a integração e formação de novos técnicos. Esta estratégia tem sido implementada de acordo com a estratégia da USIC promovendo um crescimento sustentável e que permita manter uma boa relação entre a qualidade e a quantidade do trabalho produzido.

Mas acima de tudo, o passado ajuda-me a obter inspiração e perspectivar o futuro, tanto pelos bons como pelos maus exemplos.

6. Está no INESC Porto há cerca de 13 anos. Quais as principais mais-valias que trabalhar no INESC Porto trouxe para a sua carreira? O que é que o motiva a continuar a trabalhar no INESC Porto?

A experiência de trabalhar no INESC Porto é simplesmente fabulosa. Há nesta instituição um conjunto de características únicas que fazem com que cada dia seja diferente. Nas diferentes etapas da minha carreira profissional tive sempre oportunidade de fazer coisas novas, diferentes, estimulantes e com desafios permanentes. Esta dinâmica, apesar de exigir muito em termos pessoais e em termos técnicos, proporciona uma permanente sensação de mudança, de novidade e surpresa. É muito agradável!

7. Neste percurso de mais de uma década, qual foi o projecto em que lhe deu mais prazer trabalhar?

O projecto e-ASLA. Todo o projecto decorreu como um desafio pessoal permanente. Começou pela elaboração da candidatura que decorreu em período de férias num verdadeiro contra relógio e pela procura de parceiros nacionais interessados na ideia do projecto. Passada esta fase e aprovado o projecto, foi extremamente estimulante coordenar a nossa equipa, participar na descoberta de soluções para os problemas abordados, articular com os parceiros do projecto e gerir as questões burocráticas.

Toda a equipa de projecto proporcionou um fabuloso ambiente de colaboração e de partilha de conhecimento.

Deste projecto saiu muito mais que soluções de software, foram criadas oportunidades de carreira, verdadeiras amizades e novas oportunidades de projectos.

Fora de Série 5

8. A USIC é muito activa ao nível da prestação de serviços, tanto a empresas como a instituições públicas. Qual é o valor acrescentado que o INESC Porto oferece às instituições/empresas com que trabalha?

Felizmente, o INESC Porto tem uma classificação excelente em termos científicos, mas tem também a capacidade de apoiar a sociedade e em particular as empresas e as instituições a melhorar a sua competitividade e a sua eficiência. Em particular, no caso dos sistemas de informação e no software, o INESC Porto tem uma oferta que complementa o mercado uma vez que se encontra livre de qualquer relação com fabricantes, promove a inovação e o desenvolvimento de novas aplicações da tecnologia e dispõe de conhecimento em áreas muito alargadas.

9. Quem é a sua maior influência/exemplo (pessoal ou profissional) no universo INESC Porto? Porquê?

É fácil seguir os bons exemplos, difícil é evitar seguir os maus! Sou mais um daqueles que reconhece grande valor nas pessoas da geração que deu início ao INESC no Porto. Felizmente, não consigo destacar apenas uma pessoa como aquela que seja a minha “maior influência”, há vários excelentes exemplos. Aqueles que mostram lucidez e sabedoria ao abdicar a favor das novas gerações, aqueles que promovem a instituição e elevam o grau de exigência, os que transformam cada conversa numa oportunidade e por fim todos os que me fazem sentir que o INESC Porto é muito mais do que um local onde passo muitas horas da minha vida.

Fora de Série 6

10. Terminaremos este breve questionário pedindo que comente a seguinte citação de António Gaspar, coordenador da sua Unidade, a USIC.

Para “Fora de Série” do BIP de Outubro gostaria de propor o Rui Barros. Ele esteve envolvido nos últimos meses no lançamento de inúmeras iniciativas, ao nível de propostas de prestação de serviços, projectos europeus e projectos Interreg, ao mesmo tempo que mantinha a execução dos compromissos contratuais em curso, apoiava a gestão do parque informático da Unidade e terminava a sua dissertação de mestrado. Gostaria de sublinhar que teve uma postura exemplar, ao dinamizar iniciativas não só na sua área directa de actividade, mas também em áreas de outros colegas. No mês de Setembro este esforço deu frutos, com a aprovação de duas propostas de prestação de serviços (SIGAVE e SIGFREG) com um valor significativo, da aprovação de uma rede europeia (ADDME!)  e da passagem de um projecto europeu a fase negocial (CEMSDI).

 O Rui sempre foi “Fora de Série”, mas os resultados obtidos em Setembro merecem este destaque especial.

Vejo a concretização de todas estas iniciativas como uma prenda no mês em que celebro os 13 anos de contrato e as palavras do António Gaspar são o bolo, as velas e o espumante que permitem festejar com muita alegria.

Evidentemente que fico feliz pelo reconhecimento, mas acima de tudo encaro estas palavras como um novo desafio – o de não desapontar aqueles com quem trabalho diariamente valorizando o nosso conhecimento e gerando novas oportunidades.