INESC TEC aumenta “família” com novos polos
Novos polos na UMinho e UTAD aumentam influência do Laboratório Associado
O INESC TEC prepara-se para assinar dois protocolos que preveem a constituição de novos polos do Laboratório Associado na Universidade do Minho (UMinho) e na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). A UMinho junta-se agora aos polos da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e do Instituto Politécnico do Porto (ISEP/IPP), todos sob a chancela do polo principal, o INESC Porto. Já no caso da UTAD trata-se apenas de um enquadramento mais formal dos docentes daquela Universidade que já estão integrados em Unidades do INESC TEC. Esta expansão geográfica traz para o INESC TEC um leque de competências ainda mais vasto.
Um alargamento natural
A “família” INESC TEC está a crescer. São dois os grupos que agora se juntam ao Laboratório Associado e vêm assim alargar o seu âmbito das competências. Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro são as regiões que vão acolher os novos polos do Laboratório Associado, uma união que ficará formalizada em breve com a assinatura de dois protocolos. Com a UMinho, que ficará associada ao INESC TEC através do HASLab – High Assurance Software Laboratory (Laboratório de Software Confiável), trata-se de agregar uma nova Unidade com competências próprias, numa área específica que é a do software confiável, e que contribui para o reforço da estratégia Minho – Aveiro – Porto do programa doutoral conjunto MAPi, no qual o INESC TEC participa.
Para Vladimiro Miranda, diretor do INESC Porto (entidade coordenadora do INESC TEC), “no Minho os investigadores já têm uma tradição de trabalho connosco no âmbito do MAPi, um programa que conta com o nosso apoio. Esta é, portanto, uma aproximação natural”, declara. Mais do que isso, esta nova ligação “é um regresso à família de um núcleo que já fez parte do INESC Norte, por volta de 1990, liderado pelos professores José Manuel Valença e José Nuno Oliveira. Portanto, é um reagrupar de pessoas que comungam uma história pioneira connosco”, acrescenta.
Já com a UTAD, trata-se de enquadrar de um modo mais formal os docentes daquela Universidade que já estão integrados em Unidades do INESC TEC, nomeadamente na Unidade de Sistemas de Informação e Computação Gráfica (USIG) e na Unidade de Optoeletrónica e Sistemas Eletrónicos (UOSE). Portanto, este protocolo “oferece a possibilidade de seletivamente alguns docentes, de diversas áreas científicas, poderem ser acolhidos nestas ou noutras unidades INESC TEC. Ou seja, não haverá para já uma unidade de investigação na UTAD”, esclarece Vladimiro Miranda. O que se espera é um compromisso por parte da UTAD de que o núcleo de docentes que formam o polo observe as exigências de qualidade e índices de produção científica compatíveis com o Laboratório Associado - enquanto que reforçando a contribuição para a própria UTAD. “Para nós, a exigência é boa para os dois lados”, completa.
Associar-se aos melhores
A UMinho e a UTAD vêm agora associar-se a um grupo já de si reconhecido pela sua excelência. Para além do INESC Porto, há ainda que referir os polos da FCUP e do ISEP/IPP. A Faculdade de Ciências constitui o mais antigo membro do Laboratório Associado, acolhendo há vários anos a Unidade de Optoeletrónica e Sistemas Eletrónicos (UOSE), e é reforçado pelo Centro de Investigação em Sistemas Computacionais Avançados (CRACS) e por uma parte do Laboratório de Inteligência Artificial e Apoio à Decisão (LIAAD). Por isso, na opinião de Vladimiro Miranda, “as relações com a FCUP são excelentes”.
A formalização da constituição do IPP como associado é igualmente recente, remontando a 2006. Tratou-se de um processo que veio na sequência da colaboração que diversos docentes vinham mantendo há já vários anos com o INESC Porto, uma situação semelhante ao que agora se verifica com a UTAD. Este foi, portanto, um reforço institucional que constituiu “mais um passo numa caminhada que se iniciou há vários anos e que culminou em 2011 com o reconhecimento formal de um polo no ISEP”, com a presença de duas Unidades – uma parte da Unidade de Robótica e Sistemas Inteligentes (ROBIS) e o Centro de Investigação em Sistemas Confiáveis e de Tempo-Real (CISTER).
Entretanto, iniciou-se já também um processo de conversação com a Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) para a formalização de um polo nessa Faculdade, “derivando daí o reconhecimento formal, por parte da FEP, de que o LIAAD constitui uma das Unidades de investigação mais proeminentes na componente de inteligência artificial e apoio à decisão”, acrescenta o diretor.
Com mais capacidades, maiores responsabilidades
Para Vladimiro Miranda, esta expansão geográfica constitui um cenário “deveras aliciante, mas também causa problemas que antes não se colocavam quando o INESC Porto ‘vivia’ apenas num único local”. É preciso, então, “reinventar a imaginação” e encontrar outras formas de manter a coesão, “contrariando o efeito centrífugo da dispersão”. O desafio agora é vencer a distância geográfica, promovendo e mantendo uma comunicação eficaz entre os diferentes polos.
Para isso é muito importante a excelência, esforço e reconhecimento por parte de quem dirige o Laboratório Associado, e colaboradores que aceitem assumir parte das responsabilidades de coexistir neste espaço apesar das barreiras geográficas. “É importante verificar que, para além do acessório, o sonho é comum”.
Em discurso direto
Jorge Sousa Pinto, Diretor do HASLab
“É com imenso entusiasmo que o HASLab vê a sua associação ao INESC TEC. São grandes as expectativas de integrar uma instituição com a massa crítica, a multidisciplinaridade e a experiência na gestão de ciência do INESC TEC, com a consciência plena das nossas competências, complementaridade e vontade de contribuir ativamente para o protagonismo do Laboratório Associado na área das tecnologias de informação.”