INESC TEC vê concedida a sua primeira patente no Japão
Depois dos Estados Unidos, o Japão aprovou o pedido de patente relativo à tecnologia “Sound Processing Device, Sound Processing Method, and Sound Processing Program”, a qual foi concedida com o número JP2014052630. É a primeira vez que o INESC TEC vê uma tecnologia, da qual é titular, protegida por patente em território nipónico.
Na base da invenção que promete inovar o modo como robôs e humanos interagem através do som e da linguagem corporal está o antigo investigador do Centro de Telecomunicações e Multimédia (CTM), João Lobato Oliveira, que começou a estudar o desenvolvimento de métodos de audição robótica para processamento de sinais musicais captados ao vivo quando ainda era aluno de doutoramento da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e investigador no INESC TEC.
Dois estágios no Honda Research Institute – Japão ajudaram a aperfeiçoar o método que permite otimizar e mediar a “capacidade auditiva” de um robô durante a interação com um ser humano, através da fala e da dança, e ao som de música. Aplicando o método, foi possível testar o modo como robôs podem comunicar com os humanos, dimensionando o seu comportamento de modo a que ousem, efetivamente, interagir.
Esta tecnologia aumenta significativamente a capacidade de um robô interpretar com maior precisão a fala de um ser humano enquanto, ao mesmo tempo, consegue responder-lhe através da fala e “processando eficazmente sinais musicais enquanto sincroniza movimentos de dança”, explica João Lobato Oliveira.
A inovação tem aplicações no domínio da robótica e da melhoria das capacidades de robôs humanoides que sirvam ou complementem ações humanas, nomeadamente no ensino, segurança e prevenção.
Além de João Lobato Oliveira, outros seis investigadores estão registados como inventores da tecnologia. Dois são do INESC TEC: Luís Paulo Reis (Centro de Robótica Industrial e Sistemas Inteligentes) e Fabien Gouyon (antigo investigador no CTM). A titularidade da invenção dividide-se entre o INESC TEC, a Universidade do Porto e a Honda Motor Co. Ltd.
O investigador mencionado na notícia tem vínculo à UMinho.