Cadê Você?
O INESC TEC lança todos os meses no mercado pessoas altamente qualificadas. Muitas vezes, essas pessoas vão ocupar lugares de destaque nas melhores empresas nacionais e internacionais ou optam por formar spin-offs. Como a melhor forma de transferir tecnologia é transferir pessoas, nesta secção a voz é dada aos colaboradores que se formaram no INESC TEC e agora brilham noutras empresas e instituições.
Carlos Gouveia, Cientista Principal, EQS Global
- Ano em que entrou e saiu do INESC TEC: 2008-2016
- Centro do INESC TEC com que colaborou: CAP
- Títulos dos projetos em que participou: Amdraphid (2008/2009), Optic-Algae (2008/2009), Aquamonitor (2011/2013), Winebiocode (2012/2014), GOPA (2013/2014) e TECCON2 (no INESC P&D Brasil, 2015/2016).
Testemunho relativo a sua experiência desde a sua saída do INESC TEC
Embora só tenha deixado de ser colaborador do INESC TEC recentemente (final de 2016), no período 2014-2016 tive a oportunidade de colaborar com o INESC P&D Brasil. Primeiro estive como investigador pós-doc no Laboratório de Alta Tensão da Universidade Federal de Campina Grande e posteriormente no Laboratório de Planejamento de Sistemas Elétricos de Potência da Universidade Federal de Santa Catarina. Adicionalmente, nesse período fui corresponsável pela área de investigação de Ambiente e saúde do IB. Nesse período tive a oportunidade de participar no projeto TECCON2 da empresa TBE, projeto que contou também com a participação do INESC TEC. No final do ano passado, regressei a Portugal para me juntar à EQS Global.
A EQS Global é uma empresa portuguesa com sede na Maia, que atua como prestadora de serviços de engenharia, no domínio da gestão de ativos críticos ao longo de todo o seu ciclo de vida, desenvolvendo serviços de ensaios, inspeção, certificação, monitorização e consultoria. Recentemente, como resultado da aposta ao longo dos últimos anos em investigação e desenvolvimento, a EQS recebeu financiamento da Comissão Europeia no âmbito do programa H2020, para o desenvolvimento de uma plataforma de monitorização e gestão de ativos baseados em tecnologia magneto-ótica – Projeto NANO. O projeto NANO visa, entre outras coisas, a instrumentação de ativos críticos para mapeamento da corrosão em estruturas. Neste contexto, o meu papel é liderar a equipa de desenvolvimento de hardware, trabalhamos, de entre outras tecnologias, com sensores óticos, atuadores magnetoestritivos e piezoelétricos.
Tendo em conta o âmbito de operação da EQS e a abrangência (multi-disciplinaridade) da gestão de ativos, existem diversas áreas em comum com o INESC TEC, nomeadamente: física, sensores, processamento de sinais, desenvolvimento de software, análise de dados, entre outras.
Na sua opinião como é que a sua experiência no INESC TEC ajudou no novo papel?
A minha formação de base é Engenharia de Telecomunicações (Universidade da Madeira), cheguei à antiga UOSE (agora CAP) em janeiro de 2008, para concluir o trabalho de mestrado, e foi nessa altura que comecei a trabalhar com o desenvolvimento de instrumentação baseada em sensores óticos. Estive mais de 6 anos na UOSE, nesse período concluí o doutoramento nessa área e acumulei uma experiência valiosa através da participação em diversos projetos de I&D.
Na sua opinião, o INESC TEC mudou em quais aspetos desde a sua saída?
Saí oficialmente há muito pouco tempo, pelo que não noto muitas mudanças. Mas estando no Brasil, acompanhei o INESC TEC através das redes sociais, e notei maior divulgação, recordo em particular, que me agradei muito dos documentários relativos aos 30 anos.