Fora de Série
A Série dos fora de série
Num universo de mais de 1200 colaboradores, são muitos os meses em que há mais de um colaborador com um desempenho “Fora de Série”. Prova disso mesmo é o facto de, em vários meses, recebermos mais do que um nomeado. Isto determinou uma mudança de política editorial: o BIP passou a destacar todos os nomeados em cada mês, sem opção de mérito (porque todos o têm muito!). Adicionalmente, tendo por base critérios de oportunidade noticiosa, é desenvolvida uma entrevista a um dos nomeados.
ESTE MÊS FALAMOS COM Maximino Bessa (CSIG)
1. Em algum momento o MASSIVE lhe pareceu um objetivo “virtual”, ou seja, impossível de concretizar o laboratório de realidade virtual mais avançado da Península Ibérica?
Desde a sua idealização, aquando da escrita da proposta a uma candidatura FCT, que o objetivo de criar um laboratório para investigação e desenvolvimento de ambientes virtuais multissensoriais se revelou uma tarefa massiva. Foi necessário ultrapassar vários desafios, e não fosse a colaboração de muitos investigadores, colaboradores do INESC TEC e da UTAD, não teria sido possível concretizar este “real” laboratório de realidade virtual único na Península Ibérica.
2. O MASSIVE foi inaugurado pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, que o descreveu como um potencial centro de atração de jovens e uma ajuda para criar mais emprego. Com uma inauguração destas, e com tanta visibilidade mediática que o laboratório teve, a pressão para devolver à sociedade o investimento feito é maior?
Todos os investimentos devem ter o seu retorno. As entidades que financiaram os projetos, que permitiram a construção do laboratório, acreditaram nas nossas ideias e permitiram-nos construir uma infraestrutura de referência. A visibilidade que foi dada ao MASSIVE mostra que a área da realidade virtual está a ganhar importância, sendo na minha opinião uma área com forte possibilidade de ter um grande impacto em diversas áreas num futuro próximo. Dito isto, e respondendo à questão colocada, sim, a pressão é maior... agora é a nossa vez de estarmos à altura das expectativas que têm sobre nós e de fazermos do MASSIVE um laboratório de excelência reconhecido a nível mundial pela investigação que produz e pelos produtos que cria/ajuda a desenvolver.
3. Quais são os maiores desafios de gestão de um espaço destes?
O maior desafio de gestão é o de fazer com que continue a ser o laboratório de realidade virtual mais avançado da Península Ibérica e torná-lo no mais avançado da Europa. É necessário assegurar que o laboratório consegue manter investigadores talentosos e, por outro lado, garantir que os equipamentos disponíveis, muitos deles dispendiosos, são renovados regularmente.
4. O que mais o estimula a fazer investigação em computação gráfica e ambientes virtuais?
Acredito que a realidade virtual irá ter um impacto profundo em diversas áreas, como por exemplo, saúde, treino e certificação, ensino, entretenimento, etc.. Investigar nesta área irá permitir-nos participar na descoberta de como a realidade virtual pode ser utilizada para resolver problemas do nosso dia a dia, melhorar a nossa produtividade e até mesmo ajudar a resolver problemas societais.
5. Terminaremos este questionário, pedindo que comente a sua nomeação, feita pela coordenação do CSIG: "Gostaríamos de propor Maximino Bessa, e através dele toda a equipa do projeto MASSIVE, nomeadamente Augusto Sousa, como IP do projeto, para Fora de Série, pelo foco, entusiasmo e dedicação, fora de série, na criação do Laboratório MASSIVE, que culminou com a sua recente inauguração."
De facto, foco, entusiasmo e dedicação são adjetivos que descrevem bem os quatro anos de trabalho que culminaram com a inauguração do laboratório. Aproveito esta oportunidade para destacar os contributos valiosos do Prof. Augusto de Sousa e do Prof. José Vasconcelos Raposo na concretização da visão do que deveria ser o laboratório. Como membro da equipa MASSIVE, tenho de dizer que foi um privilégio trabalhar com todos os que contribuíram para este resultado.
fora de série - mês de outubro
- Sílvia Pina, CRAS
"No ano de grande atividade fora de portas, em que as demonstrações de vários projetos coincidiram no tempo, a Sílvia conseguiu acompanhar e suportar, em simultâneo, toda a logística associada a mais de 20 investigadores e transporte de equipamento (conseguiu que toda gente dormisse debaixo de um teto e ninguém ficou perdido num Ferry, autoestrada ou avião), em algumas situações com estadias superiores a 30 dias em locais remotos. Particularmente no mês de setembro, em que tinha equipas em Lee Moore na Inglaterra, Creta na Grécia, La Spezia na Itália e para complicar alguns outros investigadores em conferências como o Oceans em Anchorage, Alaska."
- Maximino Bessa, CSIG
"Gostaríamos de propor Maximino Bessa e através dele toda a equipa do projeto MASSIVE, nomedamente Augusto Sousa, como IP do projeto, para Fora de Série, pelo foco, entusiasmo e dedicação, fora de série, na criação do Laboratório MASSIVE, que culminou com a sua recente inauguração."
- André Silva, CPES
"O André Silva faz parte da equipa do CPES desde 2015 e tem vindo a desenvolver e programar módulos para gestão e controlo da rede elétrica. Desde o início adquiriu um ritmo de trabalho notável, mostrando grande autonomia, capacidade de trabalho em equipa e resultados de grande qualidade. Relevante no mês de outubro foi o papel crucial que teve no projeto europeu Integrid na conclusão da elaboração de um caso de uso, na especificação e na definição do plano de testes e na implementação quase concluída de uma funcionalidade altamente inovadora e de valor amplamente reconhecido por vários operadores de rede de distribuição (MV Multi-Period Optimal Power Flow). Será também de destacar o trabalho que tem efetuado no desenvolvimento, ensaio e validação de algumas das aplicações de energia no âmbito do contrato com a EFACEC, onde tem lidado de forma muito profissional na resposta a um grande número de pedidos que têm ocorrido durante este ano, com especial incidência em outubro, muitos deles relacionados com os FATs para o DSO da Grécia (região de Attica e das ilhas), incluindo muito trabalho fora de horas, com as exigências de um produto que está no mercado. A atitude e a dedicação do André julgamos merecer especial destaque."
