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InSignals Neurotech é o nome da nova spin-off do INESC TEC

Spin-off nasce da investigação feita na área da engenharia biomédica

InSignals Neurotech é o nome da mais recente spin-off do INESC TEC. Nascida em fevereiro de 2019, esta nova empresa da área da saúde é resultado da aposta feita pelo INESC TEC, com o apoio do Hospital Universitário de São João, na área da Engenharia Biomédica. Tem também participação na InSignals Neurotech o grupo Frontier IP do Reino Unido, especialista em comercialização de propriedade intelectual universitária, que tem agora a sua terceira spin-off em Portugal.

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Como surgiu a InSignals Neurotech?

Um grupo de investigadores do Centro de Investigação em Engenharia Biomédica (C-BER) do INESC TEC, liderados por João Paulo Cunha, um dos coordenadores do centro, criaram um dispositivo wireless vestível que avalia a rigidez do pulso para apoio a procedimentos neurocirúrgicos de estimulação cerebral profunda. Esta tecnologia foi já testada em pacientes de Parkinson e pode vir também a ser útil em doentes de Epilepsia ou outras doenças do foro neurológico.

O aumento da rigidez muscular é um dos principais sintomas da doença de Parkinson, que é frequentemente tratada com o implante de elétrodos de estimulação cerebral profunda quando as drogas não têm mais efeito. Durante a cirurgia, os médicos avaliam a rigidez do pulso, de forma a decidir qual a melhor posição e parametrização do implante.

Esta cirurgia, hoje em dia, é feita por dois cirurgiões que manipulam manualmente o pulso para chegarem a uma avaliação por acordo do ponto ótimo, o que significa que a avaliação subjetiva que fazem é influenciada pela sua experiência e perceção. Existem ainda alguns sistemas que ajudam a fornecer uma avaliação objetiva e quantitativa, mas que são, no entanto, complicados de configurar e impraticáveis para uso durante procedimentos cirúrgicos. A tecnologia desenvolvida pelos investigadores responde, assim, a estas necessidades, sendo fácil de configurar e de utilizar pelos médicos durante uma cirurgia.

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Esta tecnologia do INESC TEC, com pedido internacional de patente, deu agora então origem à mais recente spin-off do INESC TEC, a InSignals Neurotech, que a vai agora comercializar.

Quais os objetivos da InSignals Neurotech?

Aplicações potenciais desta tecnologia comercializada pela InSignals Neurotech incluem ajudar instituições farmacêuticas a monitorizar ou a avaliar o impacto de medicamentos novos ou aprovados na redução da rigidez durante os ensaios clínicos.

A InSignals Neurotech já recebeu o interesse por parte de potenciais parceiros industriais e está a tentar celebrar alguns acordos de colaboração para aumentar o número de ensaios clínicos para testar as suas tecnologias – atualmente já realizou dois – em Portugal, Reino Unido e Alemanha.

Para João Paulo Cunha, “a criação da InSignals Neurotech, juntamente com os parceiros da Frontier IP, vai funcionar como um forte veículo de inovação para consolidar as tecnologias relacionadas com o cérebro que os investigadores do INESC TEC têm vindo a desenvolver desde há vários anos com a Universidade do Porto – através da FEUP e do Hospital Universitário de S. João – e, assim, dar um passo para o mercado internacional”.

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Tecnologia desenvolvida recebeu um prémio de 5 mil euros

A tecnologia foi reconhecida, também em fevereiro, com o prémio do i3S Hovione Capital Health Innovation Prize, que tinha como objetivo distinguir trabalhos inovadores na área da saúde.

A equipa do INESC TEC é liderada por João Paulo Cunha e composta por Catarina Maia (responsável do Serviço de Apoio ao Licenciamento – SAL – do INESC TEC) e pelos investigadores Elodie Lopes, Maria do Carmo Vilas-Boas, Sofia Assis e Pedro Costa. Esta equipa tem trabalhado de perto com a equipa dos investigadores  Rui Vaz e  Maria José Rosas, do Grupo de Doenças do Movimento do Hospital Universitário de S. João, no Porto.

Promovido pelo i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto e pela Hovione Capital, este concurso é uma iniciativa anual e de âmbito internacional, que visa reconhecer projetos inovadores que resultem em dispositivos médicos ou tecnologias de monitorização de diagnósticos nas áreas da saúde e da biomedicina. 

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Para além do prémio final, os projetos finalistas puderam ainda receber recompensas adicionais, atribuídas por entidades parceiras do projeto, entre as quais se destacam o Aescuvest (EIT-Saúde) e a ANI (Agência Nacional da Inovação), que também atribuiu o prémio BfK (Born From Knowledge).

A cerimónia de escolha dos vencedores e entrega dos prémios decorreu no dia 4 de fevereiro, no i3S, e contou com apresentações dos oito projetos finalistas perante um júri internacional, composto por Peter Villax e Ricardo Perdigão (Hovione Capital); Hugo Prazeres e João Cortez (i3S); Jorg Diehl (Ascuvest); Alípio da Torre e André Faustino, bem como vários parceiros e outras entidades do ecossistema de inovação.

 

Os investigadores do INESC TEC mencionados na notícia têm vínculo ao INESC TEC e à UP-FEUP.