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"Sinais dos tempos e dos novos deuses e ai de mim que vou ser excomungado, mas não me converti ao deus-mercado, nem ao deus-dinheiro.", João Ferreira (CAP)

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Já que estamos a falar de insólitos, podia dar um livro a quantidade de pedidos estranhos que chegam aos serviços do INESC TEC.

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Despiste da contaminação por antibióticos através de dispositivos móveis

Investigadores do Centro de Telecomunicações e Multimédia (CTM) do INESC TEC deram início, no mês de julho, ao projeto S-MODE, que procura encontrar técnicas de baixo custo para análise in-situ da contaminação por antibióticos em águas, visando o rápido diagnóstico e intervenção imediata.

Co-líder do projeto e colaborador do CTM, Hélder Oliveira, lembra que “a resistência a antibióticos é um assunto preocupante dada a sua existência ubiquitária, sendo uma ameaça que pode fomentar o aparecimento de epidemias”.

Assim, explica o investigador do INESC TEC, o objetivo do S-MODE é o “desenvolvimento de metodologias analíticas baseadas no uso de smartphones”. “Os analitos-alvo serão concentrados em membranas de extração em fase sólida a partir de amostras de água, seguido da avaliação da quantidade de composto retido após a adição de um reagente de desenvolvimento de cor ou por análise direta da fluorescência intrínseca através da análise de imagem”, explica Hélder Oliveira.

O baixo custo desta metodologia (menos de um euro por análise) deverá tornar viável a sua aplicação em campo usando um pequeno volume de amostra. Outro fator importante é a possibilidade de “avaliação da resistência antimicrobiana ambiental através da escolha de locais de amostragem contaminados”.

Com final previsto para 2021, e um orçamento na casa dos 240 mil euros, o projeto colocará ao dispor duas aplicações para smartphones para a implementação de procedimentos analíticos validados visando o despiste de duas classes de antibióticos: sulfonamidas e fluroquinolonas.

Além de Hélder Oliveira e Sílvia Bessa do CTM, o S-MODE tem na equipa investigadores da Rede de Química e Tecnologia (REQUIMTE), do Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar (ICBAS) e da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP).

Este trabalho é financiado por Fundos FEDER através do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização - COMPETE 2020 e por Fundos Nacionais através da FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito do projeto POCI-01-0247-FEDER-031756.

 

Os investigadores mencionados na notícia têm vínculo ao INESC TEC.